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sábado, 17 de maio de 2025

O INSTANTE QUE RESUME UMA VIDA

O  OLHAR  DO  ESCRITOR


Passei boa parte da noite mergulhado em pensamentos. As lembranças da minha trajetória profissional ainda estavam vivas na memória, como se ecoassem no silêncio da madrugada. Ao despertar no dia seguinte—bem depois do horário habitual—percebi que aquele não era um dia qualquer. As homenagens recebidas na véspera, marcando minha aposentadoria, ainda pulsavam em meu coração, transbordando emoção.

O canto dos pássaros matinais misturava-se com as palavras de apreço que ecoavam na minha mente. Por tantos anos, dediquei-me ao trabalho com empenho e determinação, garantindo não apenas minha subsistência, mas também o bem-estar da minha família. O sucesso que alcançamos foi fruto do esforço conjunto, e essa certeza enchia-me de orgulho e satisfação.

Mas e agora? Qual caminho deveria seguir? Essa pergunta me acompanhou ao longo do último ano da minha atividade profissional. Eu precisava encontrar algo que preenchesse minha mente e me proporcionasse um lazer criativo. Após muitas reflexões, compreendi que a escrita era a resposta—uma paixão que já cultivava nos momentos de folga. E que melhor maneira de começar do que contar a saga do meu avô italiano, que desbravou terras brasileiras com coragem e esperança? Talvez essa história pudesse, um dia, se tornar um livro.

À medida que escrevia, memórias do cotidiano e aventuras ao redor do mundo começaram a emergir. O desejo de registrar essas experiências me levou a colecioná-las em contos, prosas, poesias e poemas, muitos dos quais naturalmente se transformaram em crônicas.

Foi então que recebi um convite para compartilhar meus textos em um site. O retorno positivo, com um número expressivo de leitores, abriu novas portas. Passei a contribuir para antologias, revistas e jornais, tornando-me, sem perceber, um cronista.

Mas afinal, o que é uma crônica? Minhas pesquisas revelaram que o termo vem do latim chronica e, segundo estudiosos, nos tempos medievais, era utilizado para narrar eventos em ordem cronológica. Dessa forma, servia como um registro documental, preservando acontecimentos para a posteridade.

Com o passar do tempo, a crônica adquiriu uma essência literária mais leve e dinâmica, entrelaçando elementos poéticos, líricos e até fantasiosos. Hoje, está presente em jornais, revistas e, cada vez mais, no universo digital, mantendo sua essência vibrante e conectada aos acontecimentos do dia a dia.

Diferente de uma notícia, a crônica não precisa ser escrita por um jornalista; ela pertence ao olhar do escritor, que dá vida aos fatos com uma narrativa envolvente e imaginativa. Os personagens podem ser reais ou fictícios, e o cronista é, acima de tudo, um observador atento, que traduz a sociedade com sensibilidade e criatividade—sempre em busca de um tema que desperte a curiosidade dos leitores.

💢 

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Às vezes, basta abrir a janela para viver uma história. E é essa uma jornada de aprendizado e aperfeiçoamento. 

📌 Acesse abaixo, links para os meus espaços de cultura e amizade:
🔗 YouTube


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

BEM-VINDO A LISBOA PORTUGAL


BEM-VINDOS A LISBOA


A bordo do transatlântico seaview, que nos trouxe desde a cidade francesa de Marselha (até ao Brasil) em uma jornada de vinte dias, pude contemplar, ao passar sob a ponte 25 de abril, cuja altura é de 70 metros, o embarque em movimento, do piloto (prático), que nos levou até o Rio Tejo. Trata-se de um Rio, que atravessa cidade de Lisboa/Portugal, levando-nos até o Terminal de Cruzeiros, onde atracamos de forma majestosa.

A cidade fica na parte ocidental da Península Ibérica, perto do estuário do Rio e, além disso, a parte mais ocidental da sua área urbana é a área geográfica mais ocidental da Europa Continental.
A cidade fica em sete morros: São Jorge, São Vicente, Sant’ana, Santo André, Chagas, Santa Catarina e São Roque.


DESCUBRA LISBOA!



É uma cidade charmosa e deslumbrante. Você poderá visitar seu centro histórico bem pequeno facilmente em um dia, (período em que o navio fica atracado), perdendo-se nas ruas estreitas do bairro de Alfama.

Construída numa série de colinas com vista para o amplo estuário do Tejo. Lisboa é a capital mais ocidental da Europa e a única que oferece vista para o Oceano Atlântico.

Visite o espetacular castelo de São Jorge: de estilo mourisco, seu muros em ruínas tem vista para outra colina, o Bairro Alto, famoso por seus bares e por sua vida noturna. (Como já estive por lá varias vezes, descrevi esse deslumbramento em crônicas que foram exibidas em sites portugueses) e em formatações em meu site: 


A torre de Belém é o símbolo de Lisboa: localizada no Rio Tejo, o monumento apresenta janelas de estilo manuelino e escadaria adornada com arcos e símbolos decorativos em memória da exploração portuguesa ao Novo Mundo.

Apresentando um estilo gótico tardio, o Monastério dos Jerônimos foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade.



QUEM NÃO VIU LISBOA, NÃO VIU COISA BOA.
Proverbio português.

Clique na frase e será remetido ao meu site, com fotos e crônicas de viagens realizadas mundo afora

terça-feira, 19 de setembro de 2017

ANOS DOURADOS DE UMA ÉPOCA VIVIDA



ANOS DOURADOS 
DE UMA ÉPOCA VIVIDA





Repassando algumas fotos e recortes de jornais, armazenados em uma caixa de papelão no meu armário de guardados, pude trazer, para o presente, algumas lembranças que estavam esquecidas nas paredes da memória.

Comecei a imaginar aqueles belos tempos, contemplando registros de uma época que muitas pessoas rotularam como “anos dourados”, da qual eu e muita gente da minha roda de amigos fazíamos parte.

Um recorte chamou mais atenção, pois trazia minha fotografia, tocando bateria na orquestra animadora das domingueiras matinais que funcionavam no Clube Grêmio dos Ferroviários. O início ocorria logo após a missa das nove horas, da tradicional igreja da Matriz.

A garotada que não ia ao cine Ypiranga assistir aos desenhos do Tom e Jerry corria para o Grêmio na rua logo abaixo da praça central para dançar o tal de rock, ritmo delirante daqueles tempos. A sensação era as músicas do Elvis Presley, astro americano que esbanjava categoria, e que eram tocadas nas rádios incessantemente; e nós, da orquestra, reproduzíamos loucamente, nessas domingueiras.

O nosso “Elvis” era o Ted Milton que tinha uma voz forte e parecida com a do famoso cantor. Ele estufava o peito e soltava a garganta e se requebrava todo nas músicas; Tutti Frutti, Blue Sued Shoes e, depois, as mais amenas, como Love Me Tender e Always On My Mind.

Depois de algum tempo, as domingueiras foram interrompidas, porque alguns membros da orquestra, que tocavam em baile do sábado, chegavam muito cansados. Eu, que só podia atuar aos domingos, gostava muito. Foi uma tristeza o fim daquilo tudo, porque já tinha virado um acontecimento regional, com pessoas vindas de vários lugares, para brincar e dançar o ritmo frenético.

Com isso veio a ideia de formar um conjunto musical que virou um trio, para tocar nas chamadas “brincadeiras dançantes”, copiadas dos filmes americanos. A primeira foi na casa de uma garota de quem nem me lembro mais do nome; fomos chamados pelos pais para saber o que era “aquilo”. E, depois de muita conversa, foi autorizada.

O local (uma grande garagem) era o ideal, porque havia por lá um piano, condição principal para juntar o acompanhamento (bateria e saxofone).

O trio não tinha nome, mas íamos sempre de camisa vermelha, calça e sapatos pretos. Dos componentes, eu era conhecido por Tony Vendra, cujo nome ficava estampado no surdo de pedal da bateria, comprado por meus pais, de tanto insistir para ter aquela parafernália maluca dentro de casa. Os outros dois, o Joel das “Candongas” ao piano e Joãozinho “Boa-Pinta” ao saxofone.

No dia marcado para “as dançantes”, meu pai pacientemente transportava em seu Ford os apetrechos da “batera” no porta-malas, que parecia uma “barca” de tão grande.

Já nessa época, imperavam as canções Italianas e as músicas eram as menos barulhentas, condição “imposta” pelos pais da moça; então, ficávamos nas músicas lentas, próprias para as danças de rosto colado, com muita “conversa fiada” ao pé do ouvido das meninas.

Na abertura, tinha uma música muito especial intitulada “Non Ho L’età” (“Não tenho idade”) cantada por uma menina do grupo, imitando a Gigliola Cinquetti, que, em seu conteúdo, falava que a garota ainda não tinha idade para namorar; e isso agradava os pais das meninas.

Começamos a ficar famosos, porque até os nossos professores mais jovens vinham assistir e também dançar. Na segunda-feira, na escola, era um falatório geral; ficávamos rodeados de meninas que vinham conversar sobre o que iríamos tocar nas próximas.

Em outras ocasiões, lá pelo meio da festa, era servido pela mãe da moça, para os mais grandinhos, o tal de “ponche”, uma bebidinha meio sem graça; então, “do nada”, aparecia uma garrafa de vodka com o conteúdo despejado na vasilha que continha a bebida (sem que ninguém percebesse).

Aquela bebida “ia para as cabeças” e muita gente começava a ficar alegre; muitas “declarações” eram faladas ao som do nosso trio. Desse momento, surgiu à idéia de, nos intervalos, fazer declamação de poemas e poesias, o que as meninas faziam com magistral postura poética.

No final, tinha muita gente que vinha de outros lugares; então, metade da turma ia para a rua e ficava dançando por lá, com muitos vizinhos gostando, e outros nem tanto, daquele movimento alegre e jovial. Havia “alguns” que “melavam o pé” e caíam no jardim da casa, depositando, nos vasos de flores, as comidas e bebidas sorvidas durante a festa.

Num desses eventos, fui convidado para me apresentar na rádio Difusora, aos sábados pela manhã, em um programa que tocava músicas a pedido de ouvintes, através de carta ou telefonema. Eu deveria atender aos telefonemas (tudo previamente combinado) e dizer que a música escolhida seria complementada com alguns versinhos (selecionados em conjunto com o programador), baseados naqueles feitos por mim e declamados pelas mocinhas, nas brincadeiras dançantes.

Eu topei logo de cara sabendo que a minha recompensa era receber entradas para os cinemas, oferecidas pelos cines Ypiranga e Marabá.

Antes de o programa ir para o ar, eu conversava com o locutor e programador para colocar somente músicas Italianas, que era a “coqueluche” do momento, com cantores maravilhosos da época, destacando alguns:


  • John Foster – Amore Scusami;
  • Lorella Vital – Se Non Avessi Piu Te;
  • Pino Donaggio – L’ultimo Romântico;
  • Sérgio Endrigo – Canzone Per Te.
  • Peppino Di Capri – Roberta;
  • Luigi Tenco – Ho Capito Che Ti Amo.
  • Domenico Modugno - Legata A Um Granello Di Sabbia, Piove e, Tu Si’Na Cosa Grande (Letra abaixo):
Canta Modugno:

Tu si’’na cosa grande per me. – Você é uma coisa grande para mim.
‘Na cosa Ca mi fà’nnamurà. – Uma coisa que me deixa apaixonado.
‘Na cosa Che si tu guarda a me. – Uma coisa que você olha para mim.
Me ne moro accussì guardanno a te. – Posso até morrer, assim, só olhando para você.
Vurria sapé na cosa da te. – Queria saber uma coisa de você.
Percchè cuanno te guardo accussì. – Se quando te olho assim.
Si pure tu te siente morì. – Você também se sente morrer.
Nom me o dice a num me fai capi. – Por que então não fala para mim?
Ma percchè. – Por quê?

Esse foi o grande Modugno que eu apreciava tanto, com belíssimas composições e um magnífico cantor. Chegou a vir ao Brasil onde se apresentou em São Paulo e Rio com grande sucesso. Todas essas músicas e astros marcaram o fim dos anos 50 e início dos 60, cuja época vivi, com muita alegria, sentindo, agora, uma saudade imensa dos Anni Moderni.

   


terça-feira, 8 de agosto de 2017

CAMINHOS PERCORRIDOS PARA CHEGAR ATÉ O MEU PRIMEIRO LIVRO


ANTOLOGIA LITERÁRIA
Há um tempo, lá pelos idos de 2010, participei de minha primeira Antologia  Literária, cujo título foi editado como “Cidade” 

Não se trata de um livro individual, como eu gostaria, mas estou ali como um escritor neófito e na companhia de vários outros já consagrados.

A inserção de textos em uma antologia não é uma tarefa fácil; os caminhos são abertos, se você está circulando com alguma frequência no meio literário, visitando feiras de livros, participando de encontros de poetas, onde, então, temos a oportunidade de conhecer escritores, editores e divulgadores; e ainda, esteja com trabalhos em evidência, seja em revistas, jornais ou nos sites especializados.

Desta forma, fiz o meu “debut” no mundo literário, que, tendo seguimento no sábado, dia 09 de Outubro de 2010, estive presente no II Encontro de Poetas, de várias partes do Brasil, em Salto - SP, para o lançamento do livro, do qual participo; e os autografamos, em um Sarau ao ar livre, na Praça do Memorial do Tietê.

Depois, em dezembro, recebi agendinhas de bolso, para o ano 2011, editada pela Antologia Cidade Word Press, onde anunciava meu trabalho no rodapé das páginas (quintas e sextas-feiras).

Em março de 2011, estive em Florianópolis para participar do lançamento de um livro de que faço parte, com quatro contos, em noite de autógrafos; livro editado pelo Grupo de Escritores Lagunenses Carrossel das Letras. 

Em abril de 2011 iniciei os preparativos para escrever meu primeiro livro solo 'VOZES NO SILÊNCIO DA NOITE, lançado em fevereiro de 2012 e assim, sucessivamente.

Recorro agora, ao livro citado, para rever uma frase que coloquei no final, sinalizando como foi difícil essa jornada.

JOGO DE LUZES
Quando terminei os preparativos para a edição desse livro, fiquei pensativo:
A gente poderia nascer sabendo...
Quantos esforços inúteis e erros de interpretação, que começam muitas vezes com a luz de uma lamparina e terminam, melancolicamente, sob a luz de quatro velas de cera.  

quinta-feira, 20 de abril de 2017

ESCRITOR, UMA EXPERIÊNCIA APAIXONANTE


Dançando com as Letras
Veneza uma inspiração apaixonante
Aventuras pelas estradas da vida

O TEMA DESTA CRÔNICA

Em uma ocasião, dentro de um programa criado especialmente para que os alunos das Escolas tivessem oportunidade de conversarem com os ESCRITORES, fui a uma sala de aula, a convite de um estabelecimento de ensino.
Durante a explanação sobre um dos 

contos do meu livro VOZES NO SILÊNCIO DA NOITE, solicitava, aleatoriamente, para um dos alunos ler um trecho e interpretar o conteúdo. Em um dado momento, um deles me perguntou: Como se tornou um escritor?

A pergunta me deu a oportunidade de oferecer uma resposta, que, até a mim mesmo, me surpreendeu, pois me percebi realizado com minha vocação de escritor.

Em síntese, foi uma conversa em que dei tudo de mim, tentando ajudar os alunos a desenvolver a capacidade de entender a criatividade do escritor, utilizando a imaginação fértil em um romance, e, em outros momentos, em um conto, às vezes, até por uma situação pessoal.

Todos os relatos foram para mim e os ouvintes uma experiência apaixonante. E pude concluir dizendo ter-me transformado em um escritor, com alguns livros publicados.

A bem da verdade, nascemos com o dom de escrever. A pessoa pode ser um morador de rua ou até mesmo um empresário. A consolidação vem com muita leitura, esforço mental e até físico, no desenvolvimento da montagem da história e, depois, no arcabouço na confecção de um livro.

A vida mostra que existem talentos nos mais diversos seguimentos da sociedade e que poderiam ser aproveitados. Isso, então, é um convite a pensar que, para escrever, não existem barreiras sociais ou econômicas. 

O que importa é deixar que o medo com o desconhecido não o atrapalhe ao expor suas ideias; o detalhe de cada texto, cena, e a criação de um ou vários personagens, leva a criar situações fictícias, em sua grande maioria, no mundo que o cerca. O escritor, na verdade, é um grande inventor.

Infelizmente, hoje em dia, já não existe tanto interesse pela leitura. Tal condição faz com que se destaquem os contos, minicontos e micro-contos, nascendo assim o livro ‘antologia’, realizado em parcerias, publicando apenas um pequeno conto ou um poema. A palavra é de origem grega e tem como tradução, “coleção de flores”, que são trabalhos literários agrupados por temática, usada para categorizar coleções de histórias e romances curtos, agrupados em um único volume para publicação.  

Mas, acima de tudo, vale a pena registar a origem da escrita, este processo simbólico que possibilitou ao homem expandir suas inspirações para muito além do seu próprio tempo e espaço, criando mensagens que se manteriam inalteradas por séculos e que poderiam ser proferidas a quilômetros de distância. Acredita-se que tenha se originado a partir de um simples desenho de duas pernas que poderia representar o conceito de andar ou ficar em pé, terminando por evoluir em símbolos como os hieróglifos egípcios por exemplo.

Dentro desse contexto, coloco aqui uma das minhas criações poéticas que participaram de várias antologias.



LA PERRA GORDA


Aproximou-se, de forma suave, na varanda.
Veio ao meu encontro com passos lentos.

Cansada, sentou-se ao meu lado.
Seduziu-me com um olhar!

Acompanhei o seu caminhar!
Notei que o seu corpo estava diferente.

Caminhou para sua casinha!
Embaixo da janela da cozinha.

La dentro continha...
Três perritos!!!
Negrito, Pedrito e Marquito.



Clique na frase e será remetido ao meu site, textos formatados com fundo musical.

terça-feira, 28 de março de 2017

PADROEIRO DE UMA NAÇÃO

Diz uma lenda que, por volta do século dois, uma princesa do país Líbio, incrustado no continente africano, seria dada como oferenda a um dragão que atemorizava a cidade. Todos os outros recursos para combatê-lo foram feitos à custa de muitos sacrifícios, não surtindo resultados satisfatórios, uma vez que seus ataques mortíferos vinham dizimando a população. Essa proposta foi alardeada ao povo por um dos súditos do rei, informando que essa alternativa saciaria a sede da fera, em razão de uma visão na noite anterior, como a mais apropriada, e assim, a população seria salva por mais algum tempo. O rei não achou nenhuma graça da situação e não queria perder a sua bela filha; lembrou, então, que, em suas fileiras de soldados, havia um guerreiro de nome Jorge, homem de sua inteira confiança e ferrenho admirador da princesa, e tudo faria por ela. Foi, então, escalado, no time do rei, para aniquilar o monstro que incomodava o povo e que vivia próximo a uma caverna e, à noite, lá se escondia. Jorge chegou ao local com um ar de quem não queria nada; pesquisou a situação, analisou sua estratégia guerreira, procurando um lugar para atacar e depois defender-se do animal. Senhor de si, montou em seu cavalo e com um escudo sobre o peito nas cores branco, preto, e de contornos vermelhos, entrou por uma abertura da caverna e foi logo “atiçando” o monstro com a sua espada pontiaguda, convidando-o a sair. Fala a lenda que a luta foi infernal! O vento assoprado por suas narinas misturava-se com as labaredas que soltava pela boca e iam sendo lançadas por onde o guerreiro Jorge estava se protegendo. Mas, não deu outra: Jorge avançou mais um pouco e, meio sorrateiro, chegou à retaguarda do bicho e fincou sua lança, ferindo-o mortalmente. Muito se fala de animais cuspidores de fogo, mas sem dúvida o mais famoso é o dragão. E, na escalada de emoções do povo daquela época, surgiu o guerreiro Jorge que, depois de salvar a donzela daquela situação de morte, entrou para a história como um símbolo de coragem, acabando com o monstro, exibindo toda a sua efervescência de um nobre lutador por amor à princesa, e que, por sua bravura e tenacidade, acabou virando um santo. Desde então, passou a ser adotado como um ideal de coragem e abnegação. Fato que é transportado até os nossos dias, onde é tido como o padroeiro do nosso glorificado e sagrado time de futebol, chamado Corinthians, a paixão de mais de trinta milhões de brasileiros. Acredita-se que a devoção e a fidelidade à princesa fez com que se tornasse venerado por muitas pessoas; e o nosso ‘coringão’ adotou o termo fiel, para expressar a paixão de uma nação. Em 2009, a chegada do Ronaldo foi um baluarte na conquista do Paulistão e da Copa do Brasil; mas não conseguiu ajudar, no ano seguinte, conquistar a sonhada ‘Libertadores’. Após sua aposentadoria, tornou-se um torcedor fanático pelo ‘timão’, sendo considerado por alguns, como um “guerreiro, discípulo de São Jorge”, entrando para a história do clube também como um embaixador, levando o nome do Corinthians aos quatro cantos do mundo. Os mais alucinados disseram que viram Ronaldo, após os jogos, em noites de conquistas, cavalgar no cavalo branco de São Jorge, pelas ruas do Parque, saudando as estátuas de Claudio, Luizinho, Baltazar, Idário, Gilmar e outros craques do passado e acenando para a imensa nação de torcedores, que foram lá reverenciá-lo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Escrever é uma Arte




O êxito de um escritor, tanto em prosa como em verso, está na felicidade da expressão verbal, que em alguns casos, podem realizar-se por meio de uma fulguração repentina, ou ainda de uma pesquisa intensa, implicando sempre na paciente procura de uma frase que se encaixe no contexto, em que todos os elementos são conjugados de forma insubstituíveis, encontrando o “som das palavras” que se formam em seu pensamento e também dos conceitos que sejam os mais coerentes e eficazes.

POEMAS E SEUS FUNDAMENTOS

A função de uma flor é a de produzir sementes utilizando a reprodução sexuada. Para as  plantas, as sementes representam a próxima geração e servem como principal meio através da qual as espécies se perpetuam e propagam.


SOL FLORES E AGUAS

Rompe a madrugada.
Abre uma flor!
Som de pássaros.
Musica no ar!
Vontade de viver.
Alegria contagiante.
O sol se aproxima!
Calor da manhã.
Sorte incessante!
Fonte cantante.

Sonhos presentes.
Águas cristalinas!
Soltura de amarras.
Entrada do esplendor!

Cultive o amor.
Com sol, cantos, flores e águas!
Na manhã que é infinita


O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vinculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para sua motivação e manutenção.



OS DOIS SENTIMENTOS

As lagrimas brotaram violentas nos olhos.
Rolaram pela face em louvor das crenças mundanas.
Caíram no chão vazio sem vida e incrédulas.
Semearam incertezas e atitudes profanas.


A vontade de viver veio a galope.
Com soberba, espontânea e em pleno trote.
Escutou o clarim e o rufar dos tambores.
Despertou para a vida e novos amores

Os marca-passos cardíacos devolvem vida normal para as pessoas, tanto na sua qualidade quanto na relação ao tempo de sobrevida, monitorando constantemente o ritmo dos batimentos, estimulando ininterruptamente o coração.

O DESPERTAR

Passos incertos e sem compasso...
Arritmia galopante e incessante.
Coração desenfreado e disparado.
Tormentos angustiam as duras sensações...


Rastros deixados nas calçadas e jardins.
Jasmins com cheiro de alecrins.
Caminhos de flores que chora por uma vida.


Caminhar sofrido, cansado e combalido.
Carregando um corpo de sentimentos profundos.
Marca-passo no pulsar de uma alma.



O uso do espantalho como meio de afugentar aves é relativamente antigo, e está presente em diversas culturas. Tem, contudo, o inconveniente de perder sua cultura e eficácia, pois as aves terminam por habituarem-se a eles.



JOÃO E HORTÊNCIA


Dona Hortência abriu a janela e chamou o seu caseiro:
- João! Plante essas sementes no canteiro vazio.
- Mas não está estercado.
- Então remexa a terra coloque adubo e semeie, quero ter alface viçosa para a salada do patrão.
Passado uma semana foi ver se as sementes haviam germinado.
O que ela viu foi às pequenas mudas, todas ceifadas pela fome voraz dos pássaros.
- João! Veja o que aconteceu, você não fez nada?
– Pois é dona, se a gente não atrapalhar as aves, não vai ter o que comer.
- Coloque então no canteiro alguma coisa.
João fez um boneco e colocou um chapéu de palha todo furado e em cima da cabeça, uma bola de pano.
No dia seguinte foi verificar o resultado.
Ficou espantada, o espantalho não espantou.

A INSENSATA MORDAÇA

  O SUPLÍCIO DE UM EXÍLIO Uma crise se instalou. Povo assustado! Revolta estudantil. Para mudar o país. A força da caserna se apresentou. Av...