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terça-feira, 30 de setembro de 2025

ÉCOS DOURADOS DE UMA JUVENTUDE INESQUECÍVEL


A  FESTA  CRESCEU


 Era uma tarde qualquer, dessas em que o tempo parece pedir uma pausa. Mexendo numa velha caixa de papelão esquecida no fundo do armário, encontrei um tesouro: fotos amareladas, recortes de jornais, bilhetes dobrados com cuidado. Cada item parecia sussurrar histórias que o tempo tentou apagar, mas que a memória — teimosa e afetiva — insistia em guardar.

 E ali, entre lembranças e poeira, revivi os chamados “anos dourados”, uma época vibrante em que a juventude pulsava em cada esquina, e eu, junto com minha turma, éramos protagonistas de uma cena que hoje parece saída de um filme retrô.

 Um recorte em especial me fez sorrir: minha foto, atrás da bateria, animando as domingueiras do Clube Grêmio dos Ferroviários. A festa começava logo após a missa das nove, e quem não ia ao Cine Ypiranga ver Tom e Jerry corria para dançar o frenético rock’n’roll. Elvis Presley reinava nas rádios, e nós, da orquestra, fazíamos questão de reproduzir seus sucessos com toda a energia que cabia em nossos instrumentos.

 Nosso “Elvis tupiniquim” era Ted Milton, dono de uma voz potente e um rebolado que arrancava suspiros. Ele cantava Tutti Frutti, Blue Suede Shoes, e depois suavizava com Love Me Tender. Era impossível não se contagiar.
 
Quando as domingueiras cessaram — por cansaço dos músicos dos bailes de sábado — nasceu a ideia de formar um trio para animar as “brincadeiras dançantes”, inspiradas nos filmes americanos. A primeira foi numa garagem espaçosa, com um piano que nos deu o tom perfeito. Eu era Tony Vendra, estampado no surdo da bateria. Ao meu lado, Joel das Candongas no piano e Joãozinho Boa-Pinta no sax. Uniforme? Camisa vermelha, calça e sapatos pretos. Estilo era essencial.
 
Meu pai, sempre paciente, levava os apetrechos no porta-malas do seu Ford, que mais parecia um barco. As músicas italianas dominavam, e os pais das moças exigiam canções suaves, próprias para danças de rosto colado e conversas ao pé do ouvido.

 A abertura era sempre com “Non Ho L’età”, cantada por uma menina do grupo, imitando Gigliola Cinquetti. A letra dizia que ela ainda não tinha idade para namorar — e os pais, claro, adoravam.

Ficamos conhecidos. Professores jovens vinham dançar, e na segunda-feira, a escola fervilhava de comentários. As meninas nos cercavam, curiosas sobre o repertório da próxima festa.

E tinha o famoso “ponche”, servido pela mãe da anfitriã. Meio sem graça, até que alguém despejava uma vodka sorrateira. A alegria se espalhava, e as declarações de amor surgiam ao som do nosso trio. Nos intervalos, declamações de poemas encantavam — as meninas eram verdadeiras artistas.
 
A festa cresceu. Gente de fora vinha, e a dança se espalhava até a rua. Alguns exageravam no ponche e acabavam “plantando” lembranças nos vasos de flores. Era uma alegria contagiante, mesmo que alguns vizinhos torcessem o nariz.

 Um dia, fui convidado para participar de um programa na rádio Difusora. Atendia telefonemas e lia versinhos antes de tocar músicas italianas — minha paixão. Em troca, ganhava ingressos para os cines Ypiranga e Marabá. Era o auge.

 Modugno, Peppino Di Capri, Luigi Tenco, Lorella Vital… todos embalavam nossos corações. As letras falavam de amor com uma intensidade que hoje parece rara. E eu, ali, vivendo tudo com intensidade, sem saber que estava colecionando memórias para uma vida inteira.

 Hoje, ao revisitar essas lembranças, percebo que os “Anni Moderni” não ficaram presos no passado. Eles vivem em cada música que toca no rádio, em cada dança improvisada na sala, em cada sorriso que surge ao lembrar de uma juventude que soube viver com leveza, paixão e ritmo.

 E quem sabe, com um bom streaming e uma playlist nostálgica, a gente não revive tudo isso — agora com luzes de LED, vídeos no TikTok e declarações por mensagem de voz. O espírito é o mesmo. Só mudou o cenário.

🎶

Este meu blog não tem capa dura nem páginas numeradas.

Ele vive nas entrelinhas do tempo.

Cada texto é uma fresta — por onde escapa o que ainda pulsa.

Escrevo como quem conversa com o silêncio.

Como quem guarda o mundo em palavras pequenas.

Como quem acredita que lembrar é uma forma de amar.

💯

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É simples, mas ajuda muito.

 Toninho Vendramini

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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

ESCRITOR, UMA EXPERIÊNCIA APAIXONANTE

Dançando com as Letras

Palavras que Me
 Habitam

Desde criança, as palavras exercem sobre mim um fascínio que nunca se dissipou. Lembro-me das tardes silenciosas em que me perdia entre livros antigos, imaginando histórias que ainda não haviam sido escritas. A literatura, para mim, sempre foi um refúgio — um universo paralelo onde podia criar mundos, dar voz às emoções e transformar experiências em narrativas.

Foi desse encantamento que nasceu meu desejo de escrever.

No início, eram apenas anotações soltas, pensamentos guardados em cadernos que, com o tempo, se transformaram em pequenas histórias. E então percebi: escrever não era apenas um passatempo — era uma parte essencial de quem eu sou.

Esse amor pelas palavras me proporcionou momentos inesquecíveis. Um deles ocorreu quando fui convidado, por meio de um projeto que conectava escritores e estudantes, a visitar uma escola para falar sobre meu livro Vozes no Silêncio da Noite.

Era uma manhã serena. Ao entrar na sala de aula, senti-me envolvido por uma energia especial — uma mistura de expectativa e nostalgia. Os rostos jovens diante de mim carregavam aquela curiosidade genuína de quem está prestes a descobrir um novo mundo.

Enquanto discutíamos um dos contos, pedi que os alunos lessem trechos e tentassem interpretar seus significados. Era uma troca viva, cheia de olhares atentos e frases que revelavam o despertar do encantamento literário. Foi então que um deles me lançou uma pergunta inesperada:

— Como o senhor se tornou escritor?


Por um instante, silenciei.

“Enquanto o mundo corre, eu caminho — e escrevo o que tropeça.”

A pergunta era simples, mas provocou em mim uma reflexão profunda. Nunca havia realmente parado para pensar na dimensão dessa jornada. Ali, diante daquelas mentes sedentas por inspiração, compreendi com mais clareza o sentido da minha vocação.

Ser escritor não é apenas colocar palavras no papel. É sentir profundamente, reviver experiências, dar forma ao invisível e permitir que outros enxerguem o mundo através de novas perspectivas.

Expliquei a eles que cada autor carrega histórias que se entrelaçam com a própria vida. Alguns se inspiram em romances, outros em contos, outros ainda nas pequenas coisas do cotidiano. No fundo, o escritor é um artesão — alguém que molda emoções em palavras.

A conversa fluiu como um rio tranquilo. E ao final, compartilhei um pensamento que sempre me acompanha:

Nascemos com o dom de escrever, independentemente de nossa origem. Podemos ser empresários, moradores de rua, professores ou estudantes — o talento reside na vontade de transformar sentimentos em palavras.

Com esforço, leitura e entrega, cada escritor constrói seu próprio universo. Dá vida a personagens, a paisagens e a vozes que atravessam o tempo e tocam outras almas.

Ainda guardo na memória o brilho nos olhos daqueles alunos. Saí da escola naquele dia com mais do que a satisfação de ter falado sobre literatura. Levei comigo o prazer de, talvez, ter despertado o sonho de futuros escritores.

Meu Poema

La Perra Gorda

(Uma cena singela, capturada com olhos contemplativos)

Aproximou-se, de forma suave, na varanda.
Veio ao meu encontro com passos lentos.

Cansada, sentou-se ao meu lado.
Seduziu-me com um olhar!

Acompanhei o seu caminhar...
Notei que seu corpo estava diferente.

Caminhou até sua casinha,
bem debaixo da janela da cozinha.

Lá dentro, guardava um segredo:
três perritos!

Negrito, Pedrito e Marquito.



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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

TONINHO VENDRAMINI - UM CAMINHANTE DAS PALAVRAS




A literatura sempre foi mais que expressão: é travessia. E foi nesse espírito que iniciei minha jornada como escritor, movido por inquietações silenciosas e pela vontade de dar voz ao que pulsa no invisível. Desde os primeiros passos em antologias até a publicação de obras autorais, cada página escrita é um reflexo da minha busca por sentido, beleza e verdade.

Primeiros Passos: A Antologia “Cidade”

Em 2010, dei meu primeiro passo no universo literário ao participar da antologia Cidade, publicada pela Word Press. Embora não fosse uma obra individual, estar entre autores consagrados foi um marco simbólico — uma estreia que me apresentou ao calor dos encontros literários e à vibração dos saraus.

O lançamento ocorreu no II Encontro de Poetas, em Salto-SP, no dia 9 de outubro de 2010. Ali, sob o céu aberto da Praça do Memorial do Tietê, autografei exemplares ao lado de poetas vindos de diversas partes do Brasil. Foi um momento de celebração e pertencimento.

Ainda em dezembro daquele ano, recebi uma edição especial de agendinhas de bolso para 2011, onde meu nome aparecia no rodapé das páginas de quintas e sextas-feiras — uma delicada forma de divulgação que me trouxe alegria e motivação para seguir escrevendo.

O Primeiro Livro Solo: Vozes no Silêncio da Noite

Em abril de 2011, comecei a preparar meu primeiro livro solo, Vozes no Silêncio da Noite, lançado em fevereiro de 2012. A obra nasceu da necessidade de aprofundar temas que me habitavam e de construir uma narrativa mais íntima e autoral. Foi um processo intenso, marcado por descobertas e revisões profundas.

No final do livro, deixei registrada uma reflexão que sintetiza bem essa travessia:

 Um Convite à Curiosidade

Cada livro, cada participação, cada encontro literário é uma peça de um mosaico que ainda está sendo formado. As fotos dos lançamentos — que guardo com carinho — são testemunhos visuais dessa caminhada. E há muito mais por vir.

Se você chegou até aqui, talvez esteja pronto para descobrir o que há nas entrelinhas. 

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sexta-feira, 11 de julho de 2025

ESCREVER É UMA ARTE - PALAVRAS QUE FLORESCEM




📖 Capítulo 1

Entre Flores, Sentimentos e Poesia: Ecos da Alma no Cotidiano

A arte de escrever, seja em prosa ou verso, é um exercício de busca — paciente, intensa e por vezes iluminada. Um escritor realiza sua missão quando consegue alinhar palavras, sons e significados de modo que se tornem expressão legítima de seu sentir. É nesta harmonia verbal, onde forma e conteúdo se entrelaçam, que habita o êxito literário.

Neste espaço, apresento reflexões poéticas e textos que emergem da sensibilidade do cotidiano, do amor, da natureza e dos sentimentos que nos atravessam. Que cada palavra aqui plantada possa florescer em você, leitor, como semente de contemplação e emoção.


📖 Capítulo 2

Sol, Flores e Águas: Uma Manhã Infinita

A flor tem por função a perpetuação da espécie, gerando sementes por meio da reprodução sexuada. No ciclo das plantas, as sementes são o futuro — o recomeço e a permanência.

De maneira análoga, a poesia também planta sementes no leitor: sensações, ideias, conexões.

Sol, Flores e Águas

Rompe a madrugada.
Abre uma flor!
Som de pássaros,
Música no ar!

Vontade de viver,
Alegria contagiante.
O sol se aproxima,
Calor da manhã,
Sorte incessante,
Fonte cantante.

Sonhos presentes,
Águas cristalinas.
Soltura de amarras,
Entrada do esplendor!

Cultive o amor
Com sol, cantos, flores e águas,
Na manhã que é infinita.


📖 Capítulo 3

Lágrimas e Clarins: A Travessia dos Sentimentos

O conceito mais popular de amor envolve a formação de um vínculo emocional com alguém ou algo que possa acolher esse afeto e devolvê-lo com estímulos que mantenham essa conexão viva. Entre dor e paixão, há sempre um movimento do sentir.

Os Dois Sentimentos

As lágrimas brotaram violentas dos olhos.
Rolaram pela face em louvor das crenças mundanas.
Caíram no chão vazio, sem vida e incrédulas.
Semearam incertezas e atitudes profanas.

A vontade de viver veio a galope,
Soberba, espontânea, em pleno trote.
Escutou o clarim e o rufar dos tambores,
Despertou para a vida e novos amores.


📖 Capítulo 4

O Despertar: Quando a Alma Pede Passo

Os marca-passos cardíacos devolvem ritmo e vida ao coração. Também nós, diante da exaustão emocional, precisamos de algo que nos religue ao compasso da esperança.

O Despertar

Passos incertos e sem compasso...
Arritmia galopante e incessante.
Coração desenfreado e disparado,
Tormentos angustiam as duras sensações.

Rastros deixados nas calçadas e jardins,
Jasmins com cheiro de alecrins.
Caminhos de flores que choram por uma vida.

Caminhar sofrido, cansado e combalido,
Carregando um corpo de sentimentos profundos.
Marca-passo no pulsar de uma alma.


📖 Capítulo 5

João e Hortência: O Espantalho que Não Espantou

O uso do espantalho para afastar aves é uma tradição ancestral. Mas o tempo e a natureza tratam de ensinar que nem sempre nossos métodos humanos são suficientes para conter o curso das coisas.

João e Hortência

Dona Hortência abriu a janela e chamou o caseiro:

— João! Plante essas sementes no canteiro vazio.
— Mas não está estercado...
— Então remexa a terra, coloque adubo e semeie. Quero alface viçosa para a salada do patrão.

Passada uma semana, foi ver se as sementes haviam germinado. O que encontrou foram pequenas mudas ceifadas pela fome dos pássaros.

— João! Veja o que aconteceu... Você não fez nada?
— Pois é, dona... Se a gente não atrapalhar as aves, não vai ter o que comer.
— Coloque então no canteiro alguma coisa!

João improvisou um boneco com um chapéu de palha furado e uma bola de pano na cabeça. No dia seguinte, voltaram ao canteiro. Para surpresa de Hortência, o espantalho... não espantou.

👀

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🔹

Empolgante com gratidão
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sábado, 17 de maio de 2025

O INSTANTE QUE RESUME UMA VIDA

O  OLHAR  DO  ESCRITOR


Passei boa parte da noite mergulhado em pensamentos. As lembranças da minha trajetória profissional ainda estavam vivas na memória, como se ecoassem no silêncio da madrugada. Ao despertar no dia seguinte—bem depois do horário habitual—percebi que aquele não era um dia qualquer. As homenagens recebidas na véspera, marcando minha aposentadoria, ainda pulsavam em meu coração, transbordando emoção.

O canto dos pássaros matinais misturava-se com as palavras de apreço que ecoavam na minha mente. Por tantos anos, dediquei-me ao trabalho com empenho e determinação, garantindo não apenas minha subsistência, mas também o bem-estar da minha família. O sucesso que alcançamos foi fruto do esforço conjunto, e essa certeza enchia-me de orgulho e satisfação.

Mas e agora? Qual caminho deveria seguir? Essa pergunta me acompanhou ao longo do último ano da minha atividade profissional. Eu precisava encontrar algo que preenchesse minha mente e me proporcionasse um lazer criativo. Após muitas reflexões, compreendi que a escrita era a resposta—uma paixão que já cultivava nos momentos de folga. E que melhor maneira de começar do que contar a saga do meu avô italiano, que desbravou terras brasileiras com coragem e esperança? Talvez essa história pudesse, um dia, se tornar um livro.

À medida que escrevia, memórias do cotidiano e aventuras ao redor do mundo começaram a emergir. O desejo de registrar essas experiências me levou a colecioná-las em contos, prosas, poesias e poemas, muitos dos quais naturalmente se transformaram em crônicas.

Foi então que recebi um convite para compartilhar meus textos em um site. O retorno positivo, com um número expressivo de leitores, abriu novas portas. Passei a contribuir para antologias, revistas e jornais, tornando-me, sem perceber, um cronista.

Mas afinal, o que é uma crônica? Minhas pesquisas revelaram que o termo vem do latim chronica e, segundo estudiosos, nos tempos medievais, era utilizado para narrar eventos em ordem cronológica. Dessa forma, servia como um registro documental, preservando acontecimentos para a posteridade.

Com o passar do tempo, a crônica adquiriu uma essência literária mais leve e dinâmica, entrelaçando elementos poéticos, líricos e até fantasiosos. Hoje, está presente em jornais, revistas e, cada vez mais, no universo digital, mantendo sua essência vibrante e conectada aos acontecimentos do dia a dia.

Diferente de uma notícia, a crônica não precisa ser escrita por um jornalista; ela pertence ao olhar do escritor, que dá vida aos fatos com uma narrativa envolvente e imaginativa. Os personagens podem ser reais ou fictícios, e o cronista é, acima de tudo, um observador atento, que traduz a sociedade com sensibilidade e criatividade—sempre em busca de um tema que desperte a curiosidade dos leitores.

💢 

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

BEM-VINDO A LISBOA PORTUGAL


BEM-VINDOS A LISBOA


A bordo do transatlântico seaview, que nos trouxe desde a cidade francesa de Marselha (até ao Brasil) em uma jornada de vinte dias, pude contemplar, ao passar sob a ponte 25 de abril, cuja altura é de 70 metros, o embarque em movimento, do piloto (prático), que nos levou até o Rio Tejo. Trata-se de um Rio, que atravessa cidade de Lisboa/Portugal, levando-nos até o Terminal de Cruzeiros, onde atracamos de forma majestosa.

A cidade fica na parte ocidental da Península Ibérica, perto do estuário do Rio e, além disso, a parte mais ocidental da sua área urbana é a área geográfica mais ocidental da Europa Continental.
A cidade fica em sete morros: São Jorge, São Vicente, Sant’ana, Santo André, Chagas, Santa Catarina e São Roque.


DESCUBRA LISBOA!



É uma cidade charmosa e deslumbrante. Você poderá visitar seu centro histórico bem pequeno facilmente em um dia, (período em que o navio fica atracado), perdendo-se nas ruas estreitas do bairro de Alfama.

Construída numa série de colinas com vista para o amplo estuário do Tejo. Lisboa é a capital mais ocidental da Europa e a única que oferece vista para o Oceano Atlântico.

Visite o espetacular castelo de São Jorge: de estilo mourisco, seu muros em ruínas tem vista para outra colina, o Bairro Alto, famoso por seus bares e por sua vida noturna. (Como já estive por lá varias vezes, descrevi esse deslumbramento em crônicas que foram exibidas em sites portugueses) e em formatações em meu site: 


A torre de Belém é o símbolo de Lisboa: localizada no Rio Tejo, o monumento apresenta janelas de estilo manuelino e escadaria adornada com arcos e símbolos decorativos em memória da exploração portuguesa ao Novo Mundo.

Apresentando um estilo gótico tardio, o Monastério dos Jerônimos foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade.



QUEM NÃO VIU LISBOA, NÃO VIU COISA BOA.
Proverbio português.

Clique na frase e será remetido ao meu site, com fotos e crônicas de viagens realizadas mundo afora

terça-feira, 28 de março de 2017

PADROEIRO DE UMA NAÇÃO

Diz uma lenda que, por volta do século dois, uma princesa do país Líbio, incrustado no continente africano, seria dada como oferenda a um dragão que atemorizava a cidade. Todos os outros recursos para combatê-lo foram feitos à custa de muitos sacrifícios, não surtindo resultados satisfatórios, uma vez que seus ataques mortíferos vinham dizimando a população. Essa proposta foi alardeada ao povo por um dos súditos do rei, informando que essa alternativa saciaria a sede da fera, em razão de uma visão na noite anterior, como a mais apropriada, e assim, a população seria salva por mais algum tempo. O rei não achou nenhuma graça da situação e não queria perder a sua bela filha; lembrou, então, que, em suas fileiras de soldados, havia um guerreiro de nome Jorge, homem de sua inteira confiança e ferrenho admirador da princesa, e tudo faria por ela. Foi, então, escalado, no time do rei, para aniquilar o monstro que incomodava o povo e que vivia próximo a uma caverna e, à noite, lá se escondia. Jorge chegou ao local com um ar de quem não queria nada; pesquisou a situação, analisou sua estratégia guerreira, procurando um lugar para atacar e depois defender-se do animal. Senhor de si, montou em seu cavalo e com um escudo sobre o peito nas cores branco, preto, e de contornos vermelhos, entrou por uma abertura da caverna e foi logo “atiçando” o monstro com a sua espada pontiaguda, convidando-o a sair. Fala a lenda que a luta foi infernal! O vento assoprado por suas narinas misturava-se com as labaredas que soltava pela boca e iam sendo lançadas por onde o guerreiro Jorge estava se protegendo. Mas, não deu outra: Jorge avançou mais um pouco e, meio sorrateiro, chegou à retaguarda do bicho e fincou sua lança, ferindo-o mortalmente. Muito se fala de animais cuspidores de fogo, mas sem dúvida o mais famoso é o dragão. E, na escalada de emoções do povo daquela época, surgiu o guerreiro Jorge que, depois de salvar a donzela daquela situação de morte, entrou para a história como um símbolo de coragem, acabando com o monstro, exibindo toda a sua efervescência de um nobre lutador por amor à princesa, e que, por sua bravura e tenacidade, acabou virando um santo. Desde então, passou a ser adotado como um ideal de coragem e abnegação. Fato que é transportado até os nossos dias, onde é tido como o padroeiro do nosso glorificado e sagrado time de futebol, chamado Corinthians, a paixão de mais de trinta milhões de brasileiros. Acredita-se que a devoção e a fidelidade à princesa fez com que se tornasse venerado por muitas pessoas; e o nosso ‘coringão’ adotou o termo fiel, para expressar a paixão de uma nação. Em 2009, a chegada do Ronaldo foi um baluarte na conquista do Paulistão e da Copa do Brasil; mas não conseguiu ajudar, no ano seguinte, conquistar a sonhada ‘Libertadores’. Após sua aposentadoria, tornou-se um torcedor fanático pelo ‘timão’, sendo considerado por alguns, como um “guerreiro, discípulo de São Jorge”, entrando para a história do clube também como um embaixador, levando o nome do Corinthians aos quatro cantos do mundo. Os mais alucinados disseram que viram Ronaldo, após os jogos, em noites de conquistas, cavalgar no cavalo branco de São Jorge, pelas ruas do Parque, saudando as estátuas de Claudio, Luizinho, Baltazar, Idário, Gilmar e outros craques do passado e acenando para a imensa nação de torcedores, que foram lá reverenciá-lo.

ILHÉUS: ENTRE CACAU E MISTÉRIOS

VOCÊ VAI VER DETALHES DOS BORDEIS DOS CORONÉIS. ´   estátua de Jorge Amado Nossa jornada nos levou a Ilhéus , a cidade que respira caca...

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