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quarta-feira, 23 de julho de 2025

CINQUE TERRE E OS ECOS DA ETERNIDADE




Uma Odisséia pela Riviera Ligure

Algumas viagens são meros deslocamentos; outras, transformam-se em encontros com o tempo, com a natureza, e consigo mesmo. Este relato é uma celebração dos instantes em que o mar sussurra segredos antigos, as pedras falam de história, e os aromas da terra despertam emoções esquecidas. É também um tributo à beleza silenciosa das vilas italianas, onde cada passo parece traçado por mãos invisíveis que desenham poesia na paisagem.

 Uma visão e um contexto

Ao despedirmo-nos da efervescente Roma, o trem nos levou ao coração da Ligúria, onde o tempo corre lento e as paisagens parecem sonhadas por deuses antigos. Gênova foi nosso ponto de partida — e também de contemplação — para as vilas que pontuam a costa com cores vivas e histórias profundas.

Baseados ao lado da estação Brignole, nos lançamos, em dias intercalados, ao curso da ferrovia La Spezia. Cada viagem era um rito: o deslizar sobre trilhos, a curva do litoral, o olhar fixo nas encostas que sustêm vinhedos centenários, como se a terra tivesse sido moldada para o prazer de quem passa.

Monterosso, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore não são meras vilas — são versos que se encontram com o mar. Em cada uma, descobrimos sabores, texturas, vozes e silêncios. O vinho branco Sciacchetrà embalava os almoços sob tendas acolhedoras, acompanhando frutos do mar e o dourado do pesto genovês, enquanto o sol fazia o mar brilhar como ouro líquido.

Vernazza foi uma canção: sob um promontório guardado por um castelo, caminhamos entre vielas e igrejas góticas, ouvimos ecos de piano, e vimos mãos depositarem sonhos em forma de euros num chapéu velho no chão. Em Corniglia, o mundo parecia suspenso — uma vila encravada no rochedo, onde o trem ecoa como um sussurro no subterrâneo, e o horizonte se estende como um abraço.

Em Manarola, os vinhedos em terraços eram versos na encosta, e os barcos repousavam nas ruas estreitas como personagens adormecidos. Riomaggiore, escondida entre rochas, guardava a Via dell’Amore — caminho que não percorremos com os pés, mas que sentimos no espírito.

Santa Margherita Ligure surgiu depois, como uma pausa vibrante entre a contemplação e o movimento — ali tomamos café sob risos italianos e almoçamos no Ristorante Antonio, envoltos por praças monumentais e mares que refletem palácios. E então veio Portofino — o suspiro final, o promontório que divide dois golfos e une memórias. Ali, sentados diante do Golfo Paradiso, vimos o tempo aquietar-se, como se todo o universo pedisse licença para repousar.

Nossa viagem terminou, mas não acabou. A Riviera Ligure continua em nós, como uma página que se escreve ao vento, na lembrança das rosas desenhadas nas janelas, nos vinhos sorvidos à sombra dos vinhedos, e na certeza de que há lugares onde a alma reconhece o eterno.

🌟

Há paisagens que não se explicam — apenas se guardam no coração.

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domingo, 20 de julho de 2025

O TREM QUE FICOU NA SAUDADE, EM: BANHARÃO E JAÚ-SP.


Hoje, os trilhos estão cobertos de mato

Às vezes, o tempo não nos permite reviver os lugares que amamos, mas nos concede o privilégio de guardar memórias como relíquias. Escrevo para preservar uma delas — a de um primo que, mesmo tendo partido, permanece presente nos gestos, nas histórias e nas lembranças de uma geração que viu o trem passar... e parar por amor.

Este texto é uma homenagem àquele que viveu intensamente cada chegada e partida. Um retrato vivo do Banharão — um bairro que hoje é apenas topografia, mas outrora pulsava como estação de encontro, sonhos e pandeiro. Que essa história sirva de afago à sua família, e ao Brasil que silenciou suas ferrovias, mas não suas lembranças.

A História

Era fim de tarde, céu tingido em tons laranja queimado. O trem da cidade onde residia e que levaria o jovem ao Banharão estava quebrado. O compromisso, no entanto, não era negociável: a amada o aguardava na estação de tijolos e madeira, de olhar ansioso e coração acelerado lá no Banharão.

Perguntou ao chefe da estação se havia outro trem. O homem, de boné gasto e olhos de quem já vira muitos amores passarem por ali, respondeu:

— Há, sim. Mas ele não para no Banharão. Vai direto pra Jaú.

O jovem olhou para os trilhos como quem procura resposta em linhas paralelas.

— Então vou. Depois me viro.

O chefe hesitou, depois soltou um suspiro longo:

— Boa sorte, rapaz. Que São Bento guie seus passos.

Durante a viagem, cada rangido dos trilhos soava como um lembrete da distância. Ao se aproximar do vilarejo do Banharão, correu pelos vagões como quem carrega pressa e esperança. Encontrou o maquinista na cabine dos controles.

— Senhor! Preciso que pare na estação do Banharão. Minha noiva está lá, esperando. Não há outro meio de chegar. É só por hoje.

O maquinista olhou o rapaz com olhos de compaixão.  Um aceno breve. O trem, então, freou diante da estação. Só ele desceu.

— Ei! — gritou o guarda da estação, espantado — Como conseguiu descer aqui? Não é parada programada.

O jovem ergueu a cabeça, sorriu com ironia e respondeu:

— Sou o presidente.

O guarda soltou uma risada cansada e acolhedora.

— Vá com paz, meu irmão.

 Agora, em silêncio, presto minha homenagem: 

Banharão é mais do que um ponto no mapa — é o lugar onde nasci. E toda vez que falo sobre ele, é como se voltasse aos trilhos da minha própria origem. Talvez por isso essa história mexa tanto comigo: ela não é só do Nego, é também um pouco minha.

Hoje, os trilhos estão cobertos de mato, a estação virou memória... mas quem teve o privilégio de viver aquele tempo sabe: algumas histórias não precisam de cimento para permanecerem erguidas. Meu primo — o Nego — não era apenas alguém que pegava o trem. Ele era o próprio apito da locomotiva, o som do pandeiro nas festas, a gargalhada que ecoava nos corredores da vida.

Ele se foi, sim. Mas segue entre nós, sempre que alguém se apaixona com coragem, enfrenta obstáculos por amor, ou faz do impossível um motivo pra sorrir.

Eu desejo a ele — como o guarda lhe disse naquela noite — que vá com paz, meu irmão. E que o Banharão o receba lá em cima, como estação que acolhe quem chega depois de longa viagem.

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quarta-feira, 16 de julho de 2025

ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS, UM SIMBOLO DE MINHAS MEMÓRIAS


As estações ferroviárias, hoje silenciosas, foram em outros tempos o coração pulsante das pequenas cidades do interior. 

Reuniam negócios, encontros e sonhos — e às vezes, até o cinema se rendia ao seu charme. Este relato é uma janela aberta para essa era perdida, vivida e recordada com afeto por quem cresceu entre trilhos e amizades genuínas. Uma história que mistura juventude, futebol, encontros improváveis e um toque de Hollywood em Louveira. Que este texto desperte nas novas gerações o encanto pelo passado e a curiosidade pelo que já foi cenário de filmes e histórias reais.

 Estação de Memórias

Em tempos antigos, quando eu cursava o antigo ginásio escolar, formamos uma turma de rapazes da mesma idade que adorava conversar. Era uma época sem celulares — hoje tão inseparáveis — e as amizades se construíam no olho no olho, nas conversas longas e nas caminhadas pelas ruas.

Entre nós, havia também algumas mocinhas que moravam em Louveira, uma pequena cidade vizinha a Jundiaí, onde resido até hoje. Louveira, conhecida por sua produção de frutas, especialmente uvas e morangos, sempre teve um charme interiorano, com suas paisagens bucólicas e a famosa estação ferroviária de arquitetura inglesa.

Certa vez, por falta de um professor, fomos dispensados mais cedo das aulas. Aproveitamos para acompanhar os colegas luverdenses até a estação, onde pegariam o trem de volta para casa. Essa caminhada rendeu boas conversas e, com o tempo, uma bela amizade entre nós.

 Um dos rapazes nos convidou para visitar Louveira. Como tínhamos um time de futebol — cheio de pernas de pau, diga-se — fomos desafiados a jogar contra o time local, o Primavera. Chegando lá, descobrimos que o adversário era quase profissional. Levamos uma surra memorável e voltamos no trem da tarde para Jundiaí, sob muitas gozações.

 A estação de Louveira era o coração da cidade. Coberta por uma estrutura inglesa, com detalhes arquitetônicos que lembravam estações europeias, ela se tornava ponto de encontro aos domingos. Ali aconteciam feiras de legumes, artesanato e o tradicional footing — o desfile das moças pela plataforma, enquanto os rapazes observavam e paqueravam.

Como estávamos quase sem dinheiro, o pai de uma das meninas, o senhor João — gerente do único banco da cidade — nos alocou em casas de conhecidos. Fui parar na casa de uma jovem simpática, e ali ouvi histórias fascinantes contadas pelo próprio senhor João.

 Ele nos falou sobre um filme americano que teve cenas gravadas na estação de Louveira. O longa era estrelado por Glenn Ford, ator canadense naturalizado americano, famoso por papéis em clássicos como Gilda (1946), Blackboard Jungle (1955) e 3:10 to Yuma (1957). Segundo o senhor João, a estação foi transformada em um cenário de faroeste, com cavalos e apetrechos trazidos de São Paulo por trem. Glenn Ford e outros artistas vieram pessoalmente para as filmagens, e a cidade parou para assistir.

O filme em questão era The Americano (1955), dirigido por William Castle. Nele, Glenn Ford interpreta Sam Dent, um cowboy texano que viaja ao Brasil para entregar touros Brahman a um fazendeiro chamado Barbosa. Ao chegar, descobre que Barbosa foi assassinado e se vê envolvido em uma trama de traições e perigos. A estação de Louveira foi usada como cenário para representar uma cidade brasileira fictícia, com ambientação típica de faroeste.

 Anos depois, já aposentado e atuando como consultor, passei a trabalhar em Valinhos, cidade vizinha que também preserva seu charme interiorano. A estrada velha que liga Jundiaí a Valinhos passa ao lado da estação de Louveira, e sempre que eu cruzava por ali, minha mente voltava àquelas cenas e lembranças.

Um dia, ao encerrar minhas consultorias em Valinhos, parei na estação de Louveira. Hoje, ela funciona como espaço cultural da prefeitura, já que os trens de passageiros deixaram de circular em 2001. A estrutura foi restaurada, mas conserva sua alma. Na bilheteria, quadros com fotos dos artistas americanos que ali estiveram decoram as paredes, como testemunhas silenciosas de um tempo que não volta.

 Assim, essa estação se tornou um símbolo das minhas memórias — de amizades, descobertas, derrotas futebolísticas e histórias de cinema. Um passado que vive apenas nas lembranças de quem teve o privilégio de vivê-lo.

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segunda-feira, 12 de maio de 2025

A FOGOSA LOCOMOTIVA DO TEMPO


FOI COMO EM UM PASSE DE MÁGICA



PRÓLOGO

Como em um passe de mágica, desprendeu-se de seu passado. Toda imponente e barulhenta surgiu na curva do tempo com o som aturdido e abafado, espantando algumas aves que permaneciam à beira da estrada e, para impressionar ainda mais, soltou um apito estridente anunciando a chegada à estação da recordação.

Tudo isso vinha acompanhado de uma fumaça um pouco enegrecida que saia pela chaminé como se fosse um imenso rolo, resultado do esforço descomunal de seu corpo que se apresentava como uma fornalha incandescente, produzindo vapor para alavancar as rodas e movimentar aqueles vagões pelas cidades e sertões em busca do relacionamento entre as pessoas e o progresso produtivo que transportava.

O maquinista e o seu ajudante com o tradicional uniforme sujo de graxa e óleo observavam os manômetros e outros medidores de pressão, espalhados sobre a caldeira e, através do buraco de entrada do combustível, o ajudante ia jogando pequenas toras de lenha na fornalha, para saciar a sede e a fome da imensa máquina obcecada na produção do vapor.

AS LEMBRANÇAS...

Tudo isso remete ao meu tempo de menino, quando na estação de trem da velha Banharão, (hoje não existe mais), tive a oportunidade de ver uma composição capitaneada por uma Maria-Fumaça, ainda operando naquela época, transportando gado naqueles vagões fedorentos, mais bonito de se ver.

Esse passado jamais se apagará de minha memória. Eram as férias que passávamos na fazenda de café do meu avô Giuseppe, situada na cidade de Jaú, onde nasci. Essa época, não muito distante, foi extremamente nostálgica para mim, fez-me divagar e caminhar um pouco pelas estradas de ferro.

Esse tipo de transporte trouxe muitos acontecimentos importantes da nossa história, ajudando a colocar o nosso glorioso Estado de São Paulo, como um dos pioneiros dessa imensa nação.

Assim sendo, durante muitos anos, São Paulo foi forte por causa do café, e chegou onde está porque as ferrovias foram projetadas e baseadas nesse produto, e até hoje, o Brasil é um dos grandes produtores.

Não poderia deixar de mencionar também o transporte de outros materiais e de passageiros, importantíssimos como fator de colonização e oportunidade para que as pessoas pudessem viajar de um ponto a outro, trazendo novos horizontes, de forma a aumentar suas oportunidades de melhoria de vida, baseadas nos interesses dos barões do café.

Após o declínio dessa cultura, a modernização das ferrovias ficou para trás e, aliada ao custo de manutenção, deu lugar a indústria automobilística que levou a degradação muito rápida, o que é uma pena.

Hoje o Brasil está “montado sobre quatro rodas”, e as estradas de ferro foram totalmente extintas e encontram-se sucateadas em galpões e algumas peças nos museus especializados, como em Jundiaí, na antiga Companhia Paulista.

Para não esquecer esse passado, recordo-me da antiga estação de Jundiaí, de onde partíamos para aquelas férias maravilhosas, e ficávamos “arranchados” no casarão dos meus avôs maternos Giuseppe e Domingas, na velha Banharão, distrito da cidade de Jaú, (oh! quantas saudades).

Para escrever essa crônica, estive na estação de Jundiaí em busca de uma foto para ilustrar a matéria e o que encontrei foi apenas uma locomotiva da antiga sorocabana que não me entusiasmou. O que eu vi foi muita desolação, a locomotiva é hoje utilizada apenas para um trem de subúrbio que percorre a cidade de Jundiaí até arrabaldes de São Paulo.

Para enaltecer esse passado glorioso, busquei nos arquivos do Museu Ferroviário, alguma citação sobre a história da Cia Paulista e a estação de Jundiaí e, pude anotar algumas que transcrevo aqui:

A linha tronco da Cia. Paulista foi aberta com seu primeiro trecho até Campinas, em 1872. A partir daí, foi prolongada até Rio Claro em 1876 e depois continuou com a aquisição da E.F. Rio-Clarense em 1892. Prosseguiu com sua linha, depois de expandi-la para a bitola larga até São Carlos em 1922 e Rincão em 1928.

Com a compra da seção leste da São Paulo-Goiaz em 1927, expandiu a bitola larga por suas linhas, atravessando o rio Mogi-Guaçu até Colômbia, cruzando-a de volta até Bebedouro em 1929, chegando finalmente, no Rio Grande em 1930, onde estacionou. Em 1971, a FEPASA passou a controlar a linha, e tudo se acabou...

Os últimos trens trafegaram pela linha até março de 2001, apenas no trecho Campinas-Araraquara.

Com relação à estação, foi inaugurada em 1898, aproveitando um prédio já existente no local, que ficava no final dos terrenos das oficinas da ferrovia, hoje ao lado de um dos viadutos (Ponte São João).

OS PASSEIOS...

Para lembrar ainda mais esse período, recordo-me agora de dois passeios efetuados através de um comboio, carreados por Maria-Fumaça, denominados turísticos, encantando os passageiros até nos dias de hoje, esbanjando muita categoria. O Primeiro foi partindo da estação de Anhumas até Jaguariúna, que nos tempos antigos era o caminho percorrido pelos Bandeirantes, tropeiros e boiadeiros, rumo a Goiás e Mato Grosso.

Para não fugir à regra, esse ramal ferroviário floresceu com os engenhos de cana-de-açúcar e, depois, das enormes plantações de café.

Foi um dia maravilhoso, com muitos componentes da família e amigos dirigindo-se em um microônibus para a estação, onde o mano Luizinho nos aguardava com a Geralda, para iniciarmos a maravilhosa viagem naquele comboio até a cidade de Jaguariúna, culminando com um almoço espetacular no chamado “Bar da Praia”.

Pude ver e sentir com emoção a velha Maria-Fumaça expelindo fogo e brasas pela chaminé que caiam sobre os vagões que acompanhavam a paisagem em uma marcha lenta, mas muito elegante, enquanto ao meu lado um guia da viagem ia contando fatos daquela época.

O pensamento naquele momento foi transportado para a fundação da cidade, onde, por de trás de tudo, havia sempre um coronel; no caso em questão foi o Amâncio Bueno (primo de Campos Salles, que foi presidente da República), que cedeu o terreno para construir a estação em suas terras, atualmente Fazenda Serrinha.

Outro passeio não menos espetacular foi com minha esposa Dijanira La pelas bandas do Rio Grande do Sul, mais precisamente no trecho que vai de Bento Gonçalves a Carlos Barbosa, passando por Garibaldi.

Esse trecho foi recuperado, incluindo toda a composição, em especial a velha Maria Fumaça, que estava abandonada como uma sucata ferroviária. Faz o trajeto referenciado de 23 km, com uma velocidade de 30 km em uma hora e trinta minutos.

O passeio é todo animado por músicos e artistas, com muita degustação de vinho e champagne (na parada em Garibaldi), além de corais Italianos.

Muitos turistas fazem essa viagem. A Maria Fumaça da Serra Gaúcha é o maior sucesso ferroviário de um país que não anda mais nos trilhos!     


The End

🔅Acredito que a escrita é uma arte em constante evolução, refinada pelo hábito, pela observação e, principalmente, pelo desejo de transmitir emoções e ideias de forma mais autêntica. 

O retorno de vocês, leitores, me motiva a buscar sempre o melhor.

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