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terça-feira, 28 de março de 2017

PADROEIRO DE UMA NAÇÃO

Diz uma lenda que, por volta do século dois, uma princesa do país Líbio, incrustado no continente africano, seria dada como oferenda a um dragão que atemorizava a cidade. Todos os outros recursos para combatê-lo foram feitos à custa de muitos sacrifícios, não surtindo resultados satisfatórios, uma vez que seus ataques mortíferos vinham dizimando a população. Essa proposta foi alardeada ao povo por um dos súditos do rei, informando que essa alternativa saciaria a sede da fera, em razão de uma visão na noite anterior, como a mais apropriada, e assim, a população seria salva por mais algum tempo. O rei não achou nenhuma graça da situação e não queria perder a sua bela filha; lembrou, então, que, em suas fileiras de soldados, havia um guerreiro de nome Jorge, homem de sua inteira confiança e ferrenho admirador da princesa, e tudo faria por ela. Foi, então, escalado, no time do rei, para aniquilar o monstro que incomodava o povo e que vivia próximo a uma caverna e, à noite, lá se escondia. Jorge chegou ao local com um ar de quem não queria nada; pesquisou a situação, analisou sua estratégia guerreira, procurando um lugar para atacar e depois defender-se do animal. Senhor de si, montou em seu cavalo e com um escudo sobre o peito nas cores branco, preto, e de contornos vermelhos, entrou por uma abertura da caverna e foi logo “atiçando” o monstro com a sua espada pontiaguda, convidando-o a sair. Fala a lenda que a luta foi infernal! O vento assoprado por suas narinas misturava-se com as labaredas que soltava pela boca e iam sendo lançadas por onde o guerreiro Jorge estava se protegendo. Mas, não deu outra: Jorge avançou mais um pouco e, meio sorrateiro, chegou à retaguarda do bicho e fincou sua lança, ferindo-o mortalmente. Muito se fala de animais cuspidores de fogo, mas sem dúvida o mais famoso é o dragão. E, na escalada de emoções do povo daquela época, surgiu o guerreiro Jorge que, depois de salvar a donzela daquela situação de morte, entrou para a história como um símbolo de coragem, acabando com o monstro, exibindo toda a sua efervescência de um nobre lutador por amor à princesa, e que, por sua bravura e tenacidade, acabou virando um santo. Desde então, passou a ser adotado como um ideal de coragem e abnegação. Fato que é transportado até os nossos dias, onde é tido como o padroeiro do nosso glorificado e sagrado time de futebol, chamado Corinthians, a paixão de mais de trinta milhões de brasileiros. Acredita-se que a devoção e a fidelidade à princesa fez com que se tornasse venerado por muitas pessoas; e o nosso ‘coringão’ adotou o termo fiel, para expressar a paixão de uma nação. Em 2009, a chegada do Ronaldo foi um baluarte na conquista do Paulistão e da Copa do Brasil; mas não conseguiu ajudar, no ano seguinte, conquistar a sonhada ‘Libertadores’. Após sua aposentadoria, tornou-se um torcedor fanático pelo ‘timão’, sendo considerado por alguns, como um “guerreiro, discípulo de São Jorge”, entrando para a história do clube também como um embaixador, levando o nome do Corinthians aos quatro cantos do mundo. Os mais alucinados disseram que viram Ronaldo, após os jogos, em noites de conquistas, cavalgar no cavalo branco de São Jorge, pelas ruas do Parque, saudando as estátuas de Claudio, Luizinho, Baltazar, Idário, Gilmar e outros craques do passado e acenando para a imensa nação de torcedores, que foram lá reverenciá-lo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Perolas Futebolísticas do Chicão Batata

                           A GORDUCHINHA BEIJOU A REDE...


Chicão foi um jogador de bola mediano, daqueles que na gíria esportiva do futebol é chamado de “boleiro”, Jogou em um dos times “grandes” da capital do Estado de São Paulo. Com o tempo e a idade chegando, decaiu de produção e acabou jogando no final de sua carreira em um time pequeno, de uma cidade do interior, que fazia parte da divisão principal.

Nesse time, jogava de médio volante, distribuindo as jogadas no meio de campo. Tinha inúmeros admiradores, inclusive o do público feminino que aos domingos assistiam emocionadas as suas jogadas.

Antes de entrar em campo, atendia a toda criançada que corria atrás pedindo um afago e um carinho e ele fazia com a maior boa vontade. Recebia também ramalhetes de flores das moças que elegantemente agradecia com um beijo na face e pedia licença para distribuir para uma torcida especial que ficava na curva da arquibancada, composta de senhores e de senhoras, moradores tradicionais da cidade.

Após os jogos quando o time ganhava, desfilava todo garboso pela praça principal, onde tinha um cinema, e as pessoas na fila de espera sobre a calçada, aguardando a entrada, lhe pedia autógrafos, que ele rabiscava em qualquer tipo de papel que lhe forneciam.

 Tinha uma escolaridade muito básica e se expressava com alguma dificuldade, fosse às entrevistas dentro e fora do campo, mas com o seu carisma esportivo, tudo superava e, tinha uma presença de espírito muito boa, que arrancava muitas gargalhadas das pessoas.

Era uma figura muito conhecida, e candidatou-se a vereador, elegendo-se com uma quantidade enorme de votos, mas nem sempre podia comparecer às seções da câmara, uma vez que privilegiava os jogos de futebol à noite.

Em um dos seus últimos jogos, foi entrevistado por uma emissora do time da outra cidade que fazia um jogo local e era no período noturno. O repórter com o microfone móvel na mão chegou até o Chicão e disse:

- Mas que maravilha vê-lo aqui meu companheiro, diga uma boa noite para o nosso microfone.
Ao que Chicão com a maior simplicidade desse mundo respondeu:
- Boa noite microfone!

O repórter deu uma disfarçada e foi entrevistar outro jogador. Mas o fato não passou em brancas nuvens, foi alvo de muita exploração jocosa na radio e no jornal local, ficando então, um mote esportivo, o fato dessa pérola que o Chicão soltou nessa noite.
Passado algumas semanas outro jogo importante aconteceu, com o time da cidade precisando ganhar de qualquer jeito, se perdesse o jogo, seria rebaixado para a segunda divisão. Mas o astro maior do time o valoroso Chicão, estava contundido e não podia jogar aquela partida.

Desgostoso compareceu ao estádio para incentivar os companheiros e, ficou junto ao alambrado falando palavras de ordem ao time que estava em campo, um pouco antes do inicio da contenda. Gritava em especial ao jogador que o substituiu, falando sem parar para que ele desse de tudo, até a alma, para ganhar o jogo.

Nessa altura, o repórter que estava dentro do campo, vendo o Chicão lá no alambrado, veio correndo com o microfone, colocando-o em frente a sua boca e fez a seguinte pergunta:

- E aí Chicão, o time vai sentir muito a sua falta?
- De forma nenhuma, comigo ou “semmigo” o time vai ganhar.

Novamente foi comentado na rádio e jornal, mais uma pérola do repertório do valente jogador. Mas as coisas não pararam por aí, em uma temporada de amistosos, o time foi jogar em Belém do Pará. E lá no campo, antes da partida, respondeu a uma pergunta do intrépido repórter.

- Olá grande Chicão, é uma alegria muito grande ver você jogando aqui em Belém, diga algumas palavras para a nossa emissora.

E o Chicão soltou mais uma de suas celebres frases:

- É uma satisfação muito grande vir jogar aqui nessa terra de Belém aonde nasceu Jesus Cristo!
  
 Depois dessas e muitas outras, chegou o momento do final da carreira. Quanto à de político, não decolou, e foi até eliminado, porque não apresentava projetos e comparecia esporadicamente às reuniões semanais.  O presidente do time, para ajudá-lo, uma vez que não tinha família e morava na concentração do estádio, “ajeitou” um trabalho na emissora local, para livrar-se da fera.

O dono da emissora não teve como recusar o pedido, pois era um torcedor fanático do time e gostava dele como jogador. Ficou com aquele “abacaxi” e “arrumou” um serviço para ele ser ajudante de repórter, o que ele gostou muito, porque não saiu do meio esportivo, e para complementar o trabalho e fazer jus aos mirrados trocos que recebia, durante a noite, tinha que ficar de vigia no prédio da emissora. Durante o dia ele dormia em um quartinho dos fundos do edifício, sempre com umas “cachaças na cabeça”. Nos dias de jogos quando ele tinha que “trabalhar, o faxineiro assumia seu posto de vigia.

Então ele foi fazendo os serviços de auxiliar ao titular dentro do campo. A alegria era grande, e até brincava de entrevistar os jogadores enquanto o repórter fazia anotações para a transmissão da partida. No decorrer do jogo, o repórter sentiu uma fisgada na barriga e precisou correr para o vestiário, para aliviar a pressão intestinal e lá ficou não conseguindo voltar para o trabalho.

O locutor de nome Amaral, muito famoso por suas narrações e com um grito de gol de dar inveja a qualquer um, no alto da cabine de transmissão, ficou desesperado, pois não tinha informações do campo, foi quando mandou um recado para o Chicão, assumir no lugar do cagão. Ele fazia tudo o que lhe mandavam; aumente o som do amplificador, regule o volume da sintonia, cuidado para não chegar perto e dar microfonia etc.

O jogo se desenrolava com muita intensidade em um momento agudo do ataque do time da casa, em um chute muito forte do lateral direito, a bola explodiu na trave e foi para a linha de fundo, Amaral disse:

- Agora é com você Chicão, descreva a jogada em que a bola bateu no travessão.
- Pois é Amaral, o nosso lateral tem pé de bosta, se fosse eu teria marcado o gol.

O coordenador da equipe correu para dentro do campo e deu uma “dura”, dizendo:

- Você não pode falar bosta no microfone, tenha cuidado.

De repente começou uma chuva torrencial, era daquelas de dar medo em gente grande, muita água por todos os lados do campo. A drenagem não dava vazão e o jogo teve que ser paralisado.

Para entreter os ouvintes, o locutor Amaral falou da cabine:

- Chove torrencialmente pelos quatro cantos do gramado.

- Chicão entrou no ar e falou:

- Inclusive do meio!

Foi um silencio total, o coordenador correu novamente lá para o campo e disse:

- O Chicão, cuidado com as besteiras, estamos no ar, aquele negocio da bosta já esta dando o que falar. O presidente da rádio já ligou e esta uma fera com você.

Ao que ele respondeu.

- Ué, mas foram vocês que me colocaram aqui, porque o Jarbas foi cagar no vestiário e ainda não voltou.

- Está bom, fique mais um pouquinho até terminar o primeiro tempo.

A chuva castigava o estádio, o Amaral já quase não tinha mais o que falar e estava apreensivo, pois se chamasse o Chicão, poderia sair mais besteira. Mas a voz dele começou a ficar em tom baixo. O jogo estava parado e então pediu para o Chicão ver se dava uma “arrumada” no aparelho.

Pois é minha gente vou pedir para a nossa equipe técnica verificar o que está acontecendo, para restabelecermos logo o bom tom para a transmissão ficar legal, no momento que o jogo recomeçar.

- Alô equipe, (era só o Chicão), é só mexer no amplificador, que o som vai melhorar.

Chicão “entendeu” a mensagem e começou a “fuçar” nos botões do amplificador.

Nessa altura a chuva tinha parado e o jogo iria recomeçar.

Amaral soltou a voz e pediu a “equipe” para melhorar o som.

- Alô meus técnicos de som, como está o amplificador?

Chicão que era a “equipe” falou em pleno ar:

- Amaral, está tudo uma merda aqui em baixo, é choque para tudo quanto é lado, não agüento mais, até o meu rabo esta pegando fogo.

Nessa altura o presidente da radio já estava no estádio “espumando”, chamou o Chicão no alambrado e pediu para ele se retirar do campo e mandou-o embora e mais o cagão. No dia seguinte o Amaral, também recebeu o bilhete azul.

O prejuízo foi grande, todos os patrocinadores desligaram-se da radio e foram para a estação rival e nunca mais ouviram falar do Chicão. Ficou então como um anedotário na cidade, em termos de transmissões esportivas, repercutindo até na capital e teve até matéria esportiva em jornais falando dessas frases e a passagem do Chicão pela cidade, que virou uma lenda, com as pessoas atribuindo outras perolas ao Chicão que ninguém sabe aonde foi parar.
                                              

A CIÊNCIA ADIVINHATÓRIA

Desde os tempos imemoriais, tem o homem procurado antever os efeitos de origem física, biológica e de inúmeras outras, surpreendendo as leis...