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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

ALGUMAS REMINISCÊNCIAS DE MINHA VIDA PROFISSIONAL/ARAÇATUBA-SP.

ALGUMAS REMINISCÊNCIAS DE MINHA VIDA PROFISSIONAL/ARAÇATUBA-SP.
HISTÓRICO
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ESTAÇÃO RODOVIÁRIA ARAÇATUBA/SP.

A VOLTA DE QUEM NÃO FOI

Em um determinado momento de minha vida profissional, quando desempenhava a função de Recursos Humanos em uma empresa de Conservas Alimentícias, sediada na cidade de Cajamar SP, onde funcionava a Matriz, fui designado acompanhar por um período, o desenvolvimento de implantação na minha área, de uma filial na cidade de Araçatuba, no mesmo Estado. O projeto era levar alguns setoristas/colaboradores até a cidade, localizada cerca de 550 km da capital.

Naquela época, nos idos de 1980, não era tradicional o deslocamento por via área, segundo normas da empresa, seria por via rodoviária/ônibus leito. Então, partimos da capital às 22:00 horas, com destino à Araçatuba – (Eu, Oscar, Jorginho Carvoeiro, - também conhecido por Carioca, e outros dois colegas).

No trajeto da viagem, houve uma parada técnica em Bauru, para reabastecimento geral. Após um rápido lanche, todos ainda com muito sono, já eram 2:30 do dia seguinte, entramos no ônibus, que saiu rapidamente. Na próxima parada, percebemos a ausência do Oscar. O que teria acontecido? Soubemos, após estarmos já na cidade mencionada, que entrou em ônibus errado, todos eram da mesma cor e ficavam perfilados de igual forma na estação rodoviária. Foi um acontecimento hilário, muito comentado por nós, o Gerente da nova fábrica e os companheiros que trabalhavam em Cajamar.

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HISTÓRIAS DO COMPANHEIRO JORGINHO CARVOEIRO/ARAÇATUBA


MALA QUASE IGUAL E SEM ALÇA


Chegando ao destino final, fomos apanhar nossas malas e também a do Oscar que ficou sem o dono. Naquela altura da madrugada, e meio no escuro, pegamos as ditas cujas, e deixamos na plataforma para depois seguirmos em direção ao ponto de táxi que nos levaria até uma residência, alugada pela empresa, para acomodar as pessoas que vinham da matriz com diversas finalidades. O Jorginho querendo ser o primeiro a chegar ao ponto de táxi saiu segurando nas mãos a sua “mala”, pois naquela época não existiam as famosas rodinhas.

De repente, ouvimos uma gritaria pelo corredor e uma pessoa de aparência asiática gritando sem parar, MARA MIA, MARA MIA? - Chegou próximo ao Jorginho e falou: Mara Mia! 

Resumindo, o Jorginho pegou mala do asiático. Foi uma confusão dos diabos, parecia que havia algum assalto, pois, as poucas pessoas que estavam presentes, corriam atrás do asiático, e o Jorginho vendo aquela cena, também igual a nós, começamos a correr pelo corredor.  Foi uma confusão. Um bate-boca tremendo, Jorginho alegando que a mala era parecida, quase igual, até que finalmente, conseguimos apaziguar a situação, com uma imensa plateia nos observando. Ele não cansava de repetir MARA QUASE IGUARO NÉ? Nesse ínterim, voltamos para apanhar as nossas malas na plataforma. Chegamos lá não havia mais ninguém e tampouco o ônibus. Resultado; nossas malas tinham ido junto com o ônibus para a garagem. Tivemos que buscá-las alugando dois táxis.



sexta-feira, 13 de outubro de 2017

O ANDARILHO


Em um dia desses qualquer, o Prefeito de uma cidade grande parou o seu carro, por pouco tempo, em um cruzamento, aguardando o sinal de abertura para seguir o seu caminho habitual.
Sobre a calçada oposta, avistou uma pessoa maltrapilha e de idade avançada, parecendo ser da raça oriental, caminhando com dificuldade, sem um calçado para aqueles pés sujos, encardidos e machucados.

Estendia a mão para as pessoas e pedia uma ajuda, tinha fome e necessitava de um pedaço de pão ou de outra substância qualquer, para acalmar a dor.

Seu andar era lento, carregava sobre as costas um saco contendo quinquilharias, que um dia, certamente, fora de alguma utilidade. O Prefeito seguiu o seu caminho e ficou durante o trajeto, pensando naquela figura que, pelo espelho do retrovisor, foi ficando cada vez menor, até que, virando à esquina, não o viu mais.

Depois de alguns dias, iria passar no mesmo local e logo veio a sua mente a figura daquele homem: estaria ainda lá? Logo chegando, avistou-o. Desta feita, não seguiu;

Estacionou o carro no meio-fio e ficou observando suas atitudes.

Quando recebia uma atenção de uma pessoa caridosa, alisava a barbicha branca quase rala e fazia uma reverência, própria da raça oriental. Usava um capote marrom até os joelhos, uma calça preta e os pés continuavam sem calçados e aquelas feridas estavam em uma condição pior.

Outra pessoa ao seu lado também observava aquele personagem, que intrigava com seus gestos; logo mais, se acercou outra e já eram cinco indignados com a situação.

Trocaram algumas ideias e, no final, o prefeito solicitou a presença do SOS. Depois de uma meia hora, chegou uma assistente social, que se dirigiu ao senhorzinho.

O recolhimento foi feito sob os olhares de muitas pessoas. Entre os presentes, um senhor, que se chamava Salvador, foi consultado pela assistente se poderia acompanhá-lo até a entidade, para dar um apoio e conversar com o velhinho. Chegando ao recinto, foi explicado que o ancião poderia permanecer por lá, no máximo, dois dias.

No dia seguinte, comovido com o fato, Salvador foi até o local para conversar e verificar suas condições, encontrando-o com uma aparência melhor, sem aquele capote horrível e com calçados.

Começou então a ouvir a sua história...

Tinha uma família, esposa e seis filhos, que foram se casando e deixando o seu lar, até que o último, que era um filho adotivo, também se foi. Ficou com a mulher até a sua morte, o que o deixou em depressão e foi se sentindo muito sozinho; os outros filhos moravam distante, não vinham visitá-lo.

De vez em quando, o adotivo, que morava na mesma cidade, fazia uma visita, mas não podia ajudar, porque não tinha posses, diferente dos outros irmãos, que estudaram e estavam bem de vida.

Já doente e com depressão, não conseguia mais pagar o aluguel, até que, um dia, foi despejado e não teve outra opção a não ser viver pelas ruas; falou bem sobre o adotivo, mas reconheceu que ele não tinha recursos para cuidar dele.

Perguntado sobre sua religião, disse que frequentava um templo budista na cidade onde constituiu a família, onde estão os seus filhos legítimos.

Salvador solicitou uma conversa com o responsável pela entidade, para que pudesse permanecer mais um tempo, enquanto ele verificava se podia resolver melhor aquela situação e foi-lhe respondido que só com autorização do prefeito. Ele não teve dúvidas: solicitou uma audiência e obteve a permissão para mais alguns dias, pois o prefeito se lembrou do caso.

Com o desenrolar dos dias, Salvador foi à procura do filho adotivo, descobrindo que ele, Felício, trabalhava em sua própria fábrica de móveis, como ajudante, e não podia trazer o pai porque não tinha renda suficiente.

Salvador melhorou sua condição financeira, porque era um ótimo funcionário; e lhe deu uma cama para acomodar o Pai.

Depois de uma semana, foi até a casa de Felício para ver como estava a situação e se deu conta de que o velhinho ainda permanecia com aquele saco de quinquilharias que tinha quando vivia pelas ruas. De lá, tirou uma estatueta de um monge budista e entregou a Salvador, como prova de gratidão.

Neste momento, falou: “Eu me chamo Kenzo; agora, estou contente aqui com o meu filho adotivo, que me acolheu com sua ajuda”.



A CIÊNCIA ADIVINHATÓRIA

Desde os tempos imemoriais, tem o homem procurado antever os efeitos de origem física, biológica e de inúmeras outras, surpreendendo as leis...