STADEN, O
AVENTUREIRO EUROPEU NO BRASIL
Doses exageradas de sorte e azar fundem-se na
louca história do alemão Hans Staden, um dos inúmeros aventureiros europeus que
protagonizaram o início da colonização do Brasil.
Depois de sobreviver a naufrágios em várias viagens, o errante Staden encontrara certa paz por aqui.
Amigo dos índios tupiniquins e do governador-geral Tomé de Souza, servia como arcabuzeiro numa fortaleza na Ilha de Santo Amaro, onde fica hoje, o Guarujá, litoral de São Paulo.
Tudo ia bem até que em janeiro de 1554, ele foi capturado pelos tupinambás, inimigos dos tupiniquins.
Para o alemão, tais índios não passavam de seres selvagens, praticantes de cerimônias profanas, canibais de devoravam seus prisioneiros em lautos banquetes.
Seu destino óbvio, portanto, era o caldeirão. Mas, levado para a região de Ubatuba, Staden resistiu graças à fé inabalável e a um surpreendente talento de interpretação: dizia ser francês (eles eram amigos dos tupinambás), fingia estar sempre doente, apontava pequenos fenômenos naturais como obra de seu Deus zangado.
Os índios o desprezavam e o temiam.
Foram nove meses e meio de horror, até se safar num barco de franceses. De volta à Europa, escreveu;
A Verdadeira História dos Selvagens, Nus e Devoradores
de Homens.
O sofrimento de Staden, a fé e a fuga em um
barco francês.
Hans Staden foi um
viajante, marinheiro, escritor (cronista) e aventureiro alemão do século XVI.
Ainda é um testamento de um período da história brasileira que, mais de 500 anos depois, pouca gente conhece.
Nasceu na cidade alemã de Homberg em 1525 e faleceu
na também cidade alemã de Wolfhagen, em 1579, aos 54 anos.
Seu nome foi emprestado para uma das ruas da
cidade de Ubatuba.