Essa rua desembocava numa praça em frente à igreja. Nela, havia um casarão pertencente a um comerciante. Sua filha, muito bonita, era mantida reclusa em casa, observando a vida pela janela.
Mantinha esse mirante sempre florido, nutrindo a esperança de que algum rapaz viesse cortejá-la.
Antes mesmo do dia clarear, já se encontrava pronta, regando as flores da soleira e recebendo cumprimentos e saudações dos moradores que passavam.
Nesse mundo que lhe foi imposto, viu sua vida transcorrer em silêncio, e registrava suas ansiedades e aspirações numa caderneta encontrada entre seus pertences após sua partida para outra dimensão.
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