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terça-feira, 30 de setembro de 2025

CLEÓPATRA: A RAINHA QUE ENFRENTOU IMPÉRIOS COM SEDUÇÃO E ESTRATÉGIA

CLEÓPATRA"O Egito Depois de Cleópatra: 
O Legado da Rainha"

Em tempos em que o poder feminino ainda é subestimado, a figura de Cleópatra ressurge como um símbolo de inteligência, ousadia e influência. Mais do que uma mulher bela e vaidosa, ela foi estrategista, diplomata e protagonista de uma das histórias mais fascinantes da Antiguidade. Sua trajetória, marcada por alianças políticas e paixões intensas, continua a inspirar debates sobre liderança, ambição e o papel da mulher na história.

A Ascensão de uma Rainha

Cleópatra VII foi a última soberana da dinastia ptolomaica, que governou o Egito após a conquista grega. Filha de Ptolomeu XII com sua irmã, ela ascendeu ao trono aos 17 anos, após a morte do pai. Contudo, o poder não veio sozinho: teve que dividir o trono com seus irmãos, Ptolomeu XIII (com quem se casou, como era costume dinástico) e, posteriormente, com Ptolomeu XIV.

Luxo, Vaidade e Inteligência Política

Cleópatra era conhecida por sua paixão pelo luxo. Adornava-se com joias de ouro e pedras preciosas — diamantes, esmeraldas, safiras e rubis — encomendadas de artesãos ou recebidas como presentes. Mas por trás da vaidade, havia uma mente afiada. A instabilidade política causada pela disputa com seus irmãos a levou ao exílio, onde arquitetou um plano audacioso: enrolou-se em um tapete e enviou-se como presente a Júlio César, em Roma.

Ao se desenrolar diante do general romano, Cleópatra não apenas surpreendeu pela ousadia, mas também conquistou César com sua inteligência e charme. Tornaram-se amantes, e com sua ajuda, ela eliminou Ptolomeu XIII, consolidando seu poder. Em Roma, deu à luz Cesarion, filho de César.
Ambição e Alianças

Após o assassinato de César em 44 a.C., Cleópatra retornou ao Egito. Ambiciosa como nunca, voltou seus olhos para Marco Antônio, governador da porção oriental do Império Romano. Em 37 a.C., iniciou com ele um relacionamento que misturava paixão e política. Tiveram dois filhos, e Marco Antônio, rendido à influência da rainha, devolveu-lhe territórios antes dominados por Roma.

Essa atitude provocou a ira do Senado romano, que declarou guerra ao casal. Derrotados por Otávio na batalha naval de Ácio, Marco Antônio e Cleópatra escolheram a morte ao invés da submissão. Ela, fiel à sua imagem dramática e simbólica, deixou-se picar por uma serpente em Alexandria, encerrando sua vida em 30 a.C.

Final:

Cleópatra não foi apenas uma mulher bela — foi uma líder que desafiou impérios, manipulou alianças e deixou um legado que resiste ao tempo. Sua história é um lembrete de que o poder pode vir em muitas formas: pela força, pela inteligência, pela sedução — e, acima de tudo, pela coragem de ser quem se é, mesmo diante dos maiores impérios.
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quinta-feira, 27 de junho de 2013

O PASSADO E O PRESENTE


 Toninho Vendramini e crianças egípcias
Todo ano, por volta de julho, o rio Nilo rompe o deserto do Egito com uma grande enxurrada. A cheia decorrente de apenas cinco dias de chuva, invade suas margens, depositando um lodo fértil e depois sai aos poucos, deixando uma terra mais produtiva, que soma apenas 13% de solo cultivável, sendo o restante um deserto.

O sedimento depositado rico em nutrientes é o bastante para fertilizar as duas margens do rio ao longo de 900 quilômetros. Aos camponeses, basta esperar a água drenar naturalmente, lançar as sementes e esperar a colheita.

No tempo dos faraós esse rio sempre foi generoso, porem inconstante e entregue à lógica da natureza. Os camponeses estavam condenados a sofrer enchentes devastadoras ou longas temporadas de seca. A enxurrada sempre vinha, mas com que vazão não se sabia.

Para que não houvesse mais essa situação, o governo egípcio teria que construir uma barragem, represando suas águas, para adequar à vazão conforme a necessidade do povo. Assim sendo, foi necessário desenvolver um projeto que dentre outras coisas, seria necessário retirar alguns morros e montanhas.

Em uma das montanhas, estava o templo de Abu Simbel, com as majestosas estátuas do faraó Ramsés II e alguns membros de sua família. A situação tomou ares de grandeza cultural, envolvendo mexer com um local sagrado. O governo recrutou os mais renomados egiptólogos, que mergulharam de cabeça, para resolver dois problemas: um de sobrevivência do povo campesino e outro de cunho religioso e cultural, envolvendo um templo, tombado pelo patrimônio mundial. Depois de muitos estudos, a remoção foi autorizada, e a operação foi considerada a mais sofisticada e técnica da época, sendo o templo cortado em gigantescos pedaços de pedras e granitos e colocadas em outro local, para que não fossem engolidas pelas águas.

Desta forma, o presente respeitou o passado, fazendo com que depois de mais de cinco mil anos, às margens do Nilo, continuassem a pertencer aos camponeses, que logram o seu sustento e a base da alimentação do país.

A represa, a maior obra em solo egípcio desde a construção das pirâmides, domou o Nilo, controlou suas águas e impôs a lógica dos homens às estranhas certezas da natureza.

Em nossa estada pelo Egito, eu e a companheira planejamos essa etapa e foi um dos pontos mais aguardados: a viagem com um trem especial, projetado para os turistas, com o qual percorremos por muitos quilômetros, a margem direita desse fabuloso rio, do Cairo até Aswan, onde está a represa.

Fomos dormir muito tarde, lendo bastante a respeito desse povo e também apreciando as paisagens do entardecer e os aspectos noturnos de algumas paradas técnicas para abastecimento. Nesses momentos, víamos todo o esplendor dessa raça de homens sofridos que respeitam o rio, pois é dali que vem o seu sustento.

Ficamos conversando e imaginando também, como teria sido a retirada do monumento, edificado por ordem de Ramsés II, se na ocasião estivesse presente, o que teria pensado vendo sua estatua ser cortada? Certamente não permitiria. Ele foi incansável e extremamente empreendedor, sua vida foi sempre cercada de altas cifras.

Em seu reinado, durante o século 13 A.C, construiu templos ao longo do Nilo, e pôs sua imagem neles, como nenhum outro, conforme pudemos constatar em um cruzeiro de vários dias pelo rio, partindo de Luxor, e passando pelas cidades de Edfu, Kom-Ombo, e Aswan, que visitamos com muita emoção, pois pudemos presenciar muita história, pois a civilização egípcia está entre as mais antigas e duradouras do mundo.   

Os faraós que o sucederam terminaram por levar o Egito à decadência. Mas sempre se lembraram dele como um exemplo de monarca.



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