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sábado, 26 de julho de 2025

FRAGMENTOS DE GIZ - UMA PROFESSORINHA NAS BORDAS DA MEMÓRIA

 


Quando o passado bate à porta e revela o que o tempo tentou esconder.


Toda volta ao lar carrega uma sombra do que fomos e do que deixamos para trás. Este relato, embora singelo, mergulha nos desvãos da memória e nas marcas que o tempo não apaga. Um reencontro com o país, com um velho conhecido, e com uma história que, sob a superfície da lembrança, revela nuances de época, desejo e transformação. Entre a burocracia de um banco e a surpresa de uma conversa inesperada, o narrador se vê diante de uma narrativa escolar que insiste em não se apagar — como marcas de giz num quadro velho.

Depois de anos colhendo invernos e verões longe das raízes, regressei ao Brasil num dezembro abafado, onde o céu parecia guardar em nuvens espessas as lembranças que só a saudade desperta. A cidade, mesmo em festa, exalava uma melancolia escondida entre fachadas envelhecidas e atendentes apressadas — como aquela do banco, que me mandou “pegar uma senha” para falar com o gerente. Costumes que me pareceram tão estranhos quanto familiares, como quem reconhece um perfume antigo sem saber de onde vem.

Na sala abafada do banco, enquanto o gerente consultava papéis e me falava de taxas e aplicações, vislumbrei um Brasil que me escapara. Um país burocrático, envelhecido pelas suas próprias regras, mas ainda vivo nos detalhes dos gestos.

Na saída, fui surpreendido por uma voz — quase um sussurro do passado. “Vendramini, é você?” disse um homem que parecia ter saído de uma fotografia desbotada. Chicão, dos tempos de ginásio. Seu rosto tinha marcas novas, mas o brilho nos olhos era o mesmo de quando o recreio parecia durar para sempre.

E foi então que ele, com entusiasmo juvenil, começou a falar de “nossa” professorinha de francês. E os olhos de Chicão iam longe, muito além da sala de aula. Falava dela como se fosse personagem de um romance proibido — as blusas transparentes, as saias ajustadas, os gestos delicados como notas musicais em uma língua que não dominávamos. Narrava cada cena com detalhes vívidos, como se aquela mulher tivesse sido escrita em sua memória com tinta indelével.

Mas nem todo encantamento é inocente. A história que ele contava culminava numa expulsão: a dele. Os limites entre admiração, desejo e desconforto se embaralhavam. E eu, ouvindo aquele relato, percebia mais do que o passado escolar — via ali os reflexos de uma época marcada por silêncios e permissividades disfarçadas de ingênua convivência.

Na despedida, Chicão ainda quis saber se percebi alguma mudança no país. E eu, com o coração cheio de memórias, disse que sim. Que o Brasil havia mudado — talvez para fora, talvez para dentro —, e que agora, mais do que nunca, os ruídos entre os poderes tentavam abafar os sons suaves da esperança.

ECOS DE OUTRORA 

Entre as vozes do presente, percebo que nossas memórias não apenas resistem — elas se transformam. A professorinha de francês talvez tenha sido mais que uma mulher: foi o símbolo de uma juventude em disputa com os próprios limites, num país ainda em busca de si mesmo.

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sábado, 6 de abril de 2019

PERFUME DE MULHER


Você Sabia?




A palavra perfume vem do latim perfumare, que significa “defumar”.
Um dos registros mais antigos de um denominado fabricante de perfumes é uma tábua cuneiforme de cerca de 1200 a.C., na Mesopotâmia, que menciona uma mulher chamada Tapputi, que destilou flores, óleo e substâncias aromáticas.




Em 2003, os arqueólogos descobriram alguns dos mais antigos perfumes sobreviventes do mundo em Pyrgos, Chipre, com mais de 4.000 anos. 






As palavras Você Sabia?, Sempre desperta curiosidade nas pessoas. Muitas outras,estão inseridas em minha página CURIOSIDADES, aqui no blog, a direita. É só clicar, que será remetido ao espaço informado. Veja quantas coisas podemos conhecer, rotuladas como curiosidades em várias partes do mundo. 


sábado, 17 de junho de 2017

CONHEÇA MAIS UM POUCO DE CLEÓPATRA

CLEÓPATRA


Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele país. Filha de Ptolomeu XII com sua irmã, ela subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade, após a morte do pai. Contudo, ela teve que dividir o trono com seu irmão, Ptolomeu XIII (com quem casou), e depois, com Ptolomeu XIV.

Biografia resumida, personalidade e atuação política

Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com joias de ouro e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas, safiras e rubis), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares.

A luta pelo poder entre ela e seus irmãos gerou uma forte instabilidade política e econômica para o Egito. Diante disso, ela acabou exilada e decidiu pedir o auxílio de Roma ( atual Itália ). Sedutora e extremamente inteligente, ela sabia utilizar-se muito bem do poder que detinha. Num plano audacioso e arriscado, ela enviou a si própria, embrulhada dentro de um tapete, como presente a Júlio César. Após desenrolar-se do tapete, seu argumento foi tão ousado quanto seu plano, ao dizer que havia ficado encantada com as histórias amorosas de César e assim queria conhece-lo. Tornaram-se amantes e ele a ajudou assassinar seu irmão em 51 A.C. Após isto, ela tornou-se a rainha e foi para Roma, onde deu a luz a Cesarion. 

A rainha retornou à terra natal após o assassinato de César, em 44 a.C. Ainda mais ambiciosa, ela tomou conhecimento da posição importante que Marco Antônio se encontrava na Anatólia, que ocupava o cargo de  governador da porção oriental do Império Romano. Estimulada pela ambição que lhe era comum, a rainha seduziu este outro romano iniciando com ele um relacionamento amoroso em 37 A.C. 

Durante o período que estiveram em Alexandria, ela deu dois filhos a Marco Antonio que, em troca, devolveu-lhe os territórios de Cirene e outros, que até aquele momento, estavam sob o domínio do Império Romano. 

A atitude de Marco Antônio, que se deixava dominar cada vez mais pelo poder de sedução da rainha, devolvendo-lhe as terras que haviam sido conquistadas pelo Império Romano, incomodou de tal forma o Senado romano, que, este, declarou guerra a ambos. Após serem derrotados por Otávio na batalha naval de Ácio, ambos cometeram suicídio, tendo Cleópatra se deixado picar por uma serpente, em Alexandria, no ano 30 a.C. Após isto, o Egito voltou às mãos de Roma. 



Foto: Escritor Toninho Vendramini entre crianças egípcias em sua estadia no país.





sexta-feira, 21 de agosto de 2015

ÊXTASE E MEDITAÇÃO

A cortina ainda estava fechada.
O espetáculo estava para começar.
Na espera, a orquestra executava melodias imortais.

Então... abre-se a cortina e tudo principia.

O maestro deixava transparecer o brilho da alma,
realizando movimentos ondulantes.

Os músicos, com uma expressão imponente.
Bailava, no ar, momentos de êxtase e meditação.

Na plateia, sentindo-se protagonista, escutava a canção que realizou em louvor a sua amada, não a tendo mais em seus braços.

A música transmitia uma profunda calma, mas o remorso machucava seus sentimentos.

 A mente produzia os devaneios do romance perdido.
O som de um prelúdio nostálgico,
era executado pelo “spalla” da orquestra.

Então, a imagem de seu amor distante tornou-se mais forte.

Fecharam-se as cortinas.
Ele aplaudiu o espetáculo.

O ambiente apurou o seu dom singular de cultivar o amor,
Mostrou-lhe sua capacidade de traduzir os sentimentos.

Levantou-se e rumou para lugares desconhecidos.
Partiu em busca da amada, cheio de criatividade lírica,
Levando uma paixão efervescente de torrentes emoções.

REFLEXÕES AO SOM DA NATUREZA

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