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terça-feira, 22 de julho de 2025

RUÍDOS DE UMA LONGÍNQUA QUIETUDE

O silêncio não é um vazio — ele é um espelho. Reflete nossos medos, revela nossas pausas e denuncia aquilo que nos falta coragem de expressar. Enxergar o silêncio é compreender que ele interfere nas relações, nos pensamentos e nos caminhos que trilhamos. É nele que moram tanto as dores ocultas quanto os sonhos não confessados. Que esta reflexão inspire mais escuta, mais presença e, talvez, mais coragem para preencher o espaço entre o que foi calado e o que merece ser dito.

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quarta-feira, 16 de julho de 2025

ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS, UM SIMBOLO DE MINHAS MEMÓRIAS


As estações ferroviárias, hoje silenciosas, foram em outros tempos o coração pulsante das pequenas cidades do interior. 

Reuniam negócios, encontros e sonhos — e às vezes, até o cinema se rendia ao seu charme. Este relato é uma janela aberta para essa era perdida, vivida e recordada com afeto por quem cresceu entre trilhos e amizades genuínas. Uma história que mistura juventude, futebol, encontros improváveis e um toque de Hollywood em Louveira. Que este texto desperte nas novas gerações o encanto pelo passado e a curiosidade pelo que já foi cenário de filmes e histórias reais.

 Estação de Memórias

Em tempos antigos, quando eu cursava o antigo ginásio escolar, formamos uma turma de rapazes da mesma idade que adorava conversar. Era uma época sem celulares — hoje tão inseparáveis — e as amizades se construíam no olho no olho, nas conversas longas e nas caminhadas pelas ruas.

Entre nós, havia também algumas mocinhas que moravam em Louveira, uma pequena cidade vizinha a Jundiaí, onde resido até hoje. Louveira, conhecida por sua produção de frutas, especialmente uvas e morangos, sempre teve um charme interiorano, com suas paisagens bucólicas e a famosa estação ferroviária de arquitetura inglesa.

Certa vez, por falta de um professor, fomos dispensados mais cedo das aulas. Aproveitamos para acompanhar os colegas luverdenses até a estação, onde pegariam o trem de volta para casa. Essa caminhada rendeu boas conversas e, com o tempo, uma bela amizade entre nós.

 Um dos rapazes nos convidou para visitar Louveira. Como tínhamos um time de futebol — cheio de pernas de pau, diga-se — fomos desafiados a jogar contra o time local, o Primavera. Chegando lá, descobrimos que o adversário era quase profissional. Levamos uma surra memorável e voltamos no trem da tarde para Jundiaí, sob muitas gozações.

 A estação de Louveira era o coração da cidade. Coberta por uma estrutura inglesa, com detalhes arquitetônicos que lembravam estações europeias, ela se tornava ponto de encontro aos domingos. Ali aconteciam feiras de legumes, artesanato e o tradicional footing — o desfile das moças pela plataforma, enquanto os rapazes observavam e paqueravam.

Como estávamos quase sem dinheiro, o pai de uma das meninas, o senhor João — gerente do único banco da cidade — nos alocou em casas de conhecidos. Fui parar na casa de uma jovem simpática, e ali ouvi histórias fascinantes contadas pelo próprio senhor João.

 Ele nos falou sobre um filme americano que teve cenas gravadas na estação de Louveira. O longa era estrelado por Glenn Ford, ator canadense naturalizado americano, famoso por papéis em clássicos como Gilda (1946), Blackboard Jungle (1955) e 3:10 to Yuma (1957). Segundo o senhor João, a estação foi transformada em um cenário de faroeste, com cavalos e apetrechos trazidos de São Paulo por trem. Glenn Ford e outros artistas vieram pessoalmente para as filmagens, e a cidade parou para assistir.

O filme em questão era The Americano (1955), dirigido por William Castle. Nele, Glenn Ford interpreta Sam Dent, um cowboy texano que viaja ao Brasil para entregar touros Brahman a um fazendeiro chamado Barbosa. Ao chegar, descobre que Barbosa foi assassinado e se vê envolvido em uma trama de traições e perigos. A estação de Louveira foi usada como cenário para representar uma cidade brasileira fictícia, com ambientação típica de faroeste.

 Anos depois, já aposentado e atuando como consultor, passei a trabalhar em Valinhos, cidade vizinha que também preserva seu charme interiorano. A estrada velha que liga Jundiaí a Valinhos passa ao lado da estação de Louveira, e sempre que eu cruzava por ali, minha mente voltava àquelas cenas e lembranças.

Um dia, ao encerrar minhas consultorias em Valinhos, parei na estação de Louveira. Hoje, ela funciona como espaço cultural da prefeitura, já que os trens de passageiros deixaram de circular em 2001. A estrutura foi restaurada, mas conserva sua alma. Na bilheteria, quadros com fotos dos artistas americanos que ali estiveram decoram as paredes, como testemunhas silenciosas de um tempo que não volta.

 Assim, essa estação se tornou um símbolo das minhas memórias — de amizades, descobertas, derrotas futebolísticas e histórias de cinema. Um passado que vive apenas nas lembranças de quem teve o privilégio de vivê-lo.

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sábado, 17 de maio de 2025

O INSTANTE QUE RESUME UMA VIDA

O  OLHAR  DO  ESCRITOR


Passei boa parte da noite mergulhado em pensamentos. As lembranças da minha trajetória profissional ainda estavam vivas na memória, como se ecoassem no silêncio da madrugada. Ao despertar no dia seguinte—bem depois do horário habitual—percebi que aquele não era um dia qualquer. As homenagens recebidas na véspera, marcando minha aposentadoria, ainda pulsavam em meu coração, transbordando emoção.

O canto dos pássaros matinais misturava-se com as palavras de apreço que ecoavam na minha mente. Por tantos anos, dediquei-me ao trabalho com empenho e determinação, garantindo não apenas minha subsistência, mas também o bem-estar da minha família. O sucesso que alcançamos foi fruto do esforço conjunto, e essa certeza enchia-me de orgulho e satisfação.

Mas e agora? Qual caminho deveria seguir? Essa pergunta me acompanhou ao longo do último ano da minha atividade profissional. Eu precisava encontrar algo que preenchesse minha mente e me proporcionasse um lazer criativo. Após muitas reflexões, compreendi que a escrita era a resposta—uma paixão que já cultivava nos momentos de folga. E que melhor maneira de começar do que contar a saga do meu avô italiano, que desbravou terras brasileiras com coragem e esperança? Talvez essa história pudesse, um dia, se tornar um livro.

À medida que escrevia, memórias do cotidiano e aventuras ao redor do mundo começaram a emergir. O desejo de registrar essas experiências me levou a colecioná-las em contos, prosas, poesias e poemas, muitos dos quais naturalmente se transformaram em crônicas.

Foi então que recebi um convite para compartilhar meus textos em um site. O retorno positivo, com um número expressivo de leitores, abriu novas portas. Passei a contribuir para antologias, revistas e jornais, tornando-me, sem perceber, um cronista.

Mas afinal, o que é uma crônica? Minhas pesquisas revelaram que o termo vem do latim chronica e, segundo estudiosos, nos tempos medievais, era utilizado para narrar eventos em ordem cronológica. Dessa forma, servia como um registro documental, preservando acontecimentos para a posteridade.

Com o passar do tempo, a crônica adquiriu uma essência literária mais leve e dinâmica, entrelaçando elementos poéticos, líricos e até fantasiosos. Hoje, está presente em jornais, revistas e, cada vez mais, no universo digital, mantendo sua essência vibrante e conectada aos acontecimentos do dia a dia.

Diferente de uma notícia, a crônica não precisa ser escrita por um jornalista; ela pertence ao olhar do escritor, que dá vida aos fatos com uma narrativa envolvente e imaginativa. Os personagens podem ser reais ou fictícios, e o cronista é, acima de tudo, um observador atento, que traduz a sociedade com sensibilidade e criatividade—sempre em busca de um tema que desperte a curiosidade dos leitores.

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Às vezes, basta abrir a janela para viver uma história. E é essa uma jornada de aprendizado e aperfeiçoamento. 

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terça-feira, 8 de agosto de 2017

LAMPEJOS NOTURNOS


LAMPEJOS NOTURNOS 



São momentos... E mais momentos...
Que passeiam pelo pensamento, 
Lembrando algo acontecido,
Gravados no fundo da alma
Que jamais serão esquecidos.

Donzela da noite...
Na vida de um mancebo

Amedrontado...
Não tem pai para lhe ensinar essas coisas...
Amargurado... Refúgio no peito da mãe...

Fala do seu estranho sentimento
Com palavras inadequadas,
Aprendidas nos cantos da vida
Palavras... Palavras... Palavras... Obscenas...
Sentiu a ausência paterna.

O conselho tem um jeito estranho,
A paixão se embrutece.
Duas mulheres em sua vida:
Dama da noite, com beijo noturno.
Mãe carinhosa, com abraço afetuoso.

aa) Antonio Toninho Vendramini Neto

segunda-feira, 10 de julho de 2017

DEUS ESTÁ PRESENTE



Entrei no escuro da noite
Conversei com Deus
Pediu que te dissesse:
Tudo está bem.

És uma pessoa destinada a ser vitoriosa
Alcançará todos os teus objetivos.

Nestes novos dias deste novo tempo
Todas as tuas agonias serão dissipadas

Esta manhã bati na porta do céu
DEUS me perguntou...
Que posso fazer por ti?

Respondi:
Pai, proteja e abençoa quem está lendo esta mensagem
DEUS sorriu e confirmou...

Leia em voz baixa...
Senhor Jesus, perdoa meus pecados.
Te amo muito! Te necessito sempre!
Estás no mais profundo de meu coração!

Cobre com teu manto precioso
Minha família, minha casa

Meus sonhos, projetos e amigos.

Texto bíblico retirado da internet e por mim adaptado.


Veja outros textos formatados em meu site clicando neste link

terça-feira, 23 de maio de 2017

VIDAS PASSADAS E PRESENTES


O MANUSCRITO DO PRIMO NORBERTO

Ele nos deixou, vitima que foi de um desastre automobilístico, causando grande consternação em toda a família porque ainda era jovem e tinha planos e sonhos pela frente.

Entendo que, ao virmos ao mundo, trazemos as consequências do que fizemos em existências passadas; as nossas características físicas, intelectuais e morais são resultantes diretas de ações pregressas.

Assim é determinada a preparação para a encarnação que se inicia logo após a alma ter saído do corpo, ficando as ações de vidas passadas para se representarem na vida presente. Com esse pensamento, acredito que sua alma esteja presente em algum lugar, iluminando os seres de sua família.

Ao ler o manuscrito que chegou às minhas mãos, encontrado sobre sua mesa de trabalho, faço uma homenagem à sua verve literária e também a sua memória:                  

“ONDE VÔ”
(Encontrado em sua mesa de trabalho)


Os lugar onde vô
Nem eu sei escolher.
Quando o zóio piscô,
Já cheguei, sem querer.

Sem querer, também não!
Eu so vô se eu gosto
E, se lá não for bão,
Curto da maneira que eu posso.

Normalmente, fica afastado
Do que se chama civilização.
Nunca vô apressado,
Presto muita atenção.

Pode sê o mato crescendo,
Ou, então, a cachoeira caindo.
Eu ali, quieto, só vivendo.
E a natureza explodindo.

O Vento batendo depressa
Como com pressa de ir embora;
A verde mata atravessa
E parte para o mundo afora,

Trazendo e levando perfume,
Arrastando as foia do chão.


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

ÊXTASE E MEDITAÇÃO

A cortina ainda estava fechada.
O espetáculo estava para começar.
Na espera, a orquestra executava melodias imortais.

Então... abre-se a cortina e tudo principia.

O maestro deixava transparecer o brilho da alma,
realizando movimentos ondulantes.

Os músicos, com uma expressão imponente.
Bailava, no ar, momentos de êxtase e meditação.

Na plateia, sentindo-se protagonista, escutava a canção que realizou em louvor a sua amada, não a tendo mais em seus braços.

A música transmitia uma profunda calma, mas o remorso machucava seus sentimentos.

 A mente produzia os devaneios do romance perdido.
O som de um prelúdio nostálgico,
era executado pelo “spalla” da orquestra.

Então, a imagem de seu amor distante tornou-se mais forte.

Fecharam-se as cortinas.
Ele aplaudiu o espetáculo.

O ambiente apurou o seu dom singular de cultivar o amor,
Mostrou-lhe sua capacidade de traduzir os sentimentos.

Levantou-se e rumou para lugares desconhecidos.
Partiu em busca da amada, cheio de criatividade lírica,
Levando uma paixão efervescente de torrentes emoções.

REFLEXÕES AO SOM DA NATUREZA

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