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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

BARCELONA, GAUDÍ E A CATEDRAL DA SAGRADA FAMÍLIA

Para quem visita a capital catalã, um dos caminhos mais percorridos é o famoso bairro Gótico, o mais antigo da cidade, assim chamado devido ao grande número de construções nesse estilo ainda existentes.

As “ramblas” são as tradicionais calçadas que movimentam a avenida central, uma das quais se desencadeia na Praça Catalunha, com suas belas fontes. Percorre-se também com muita alegria, a tradicional “Paseo de Gracia”, avenida com comércio elegante que foi construída no século passado.

Por esses caminhos, são paradas obrigatórias; as Casas Millá (La Pedreira) e Battló, obras primas de Gaudí; até chegar à Catedral da Sagrada Família.

A Catedral é uma das mais originais obras de arquitetura dos séculos, assinada pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí, a igreja mistura motivos religiosos cristãos com símbolos inspirados na natureza.

As colunas internas, por exemplo, tem a forma de palmeiras suspensas nas costas de tartaruga, enquanto, na parte externa, folhagens enfeitam as paredes. Começou a ser construída em 1882 pelo arquiteto Francisco del Villar.

O projeto inicial previa uma igreja em estilo neogótico sem grandes inovações. No ano seguinte, porém, Gaudí, então com apenas 31 anos, assumiu o projeto. No início, recebeu críticas da comunidade por sua falta de religiosidade e frieza de sentimentos. No entanto, à medida que trabalhava na arquitetura da catedral, tornava-se cada vez mais devoto.

Gaudí passou 43 anos nessa construção, 16 dos quais vivendo recluso no interior da igreja, enquanto via seu sonho se tornar realidade. Gaudí mudou completamente o projeto inicial, carregando-o com suas idéias pouco ortodoxas.

As imensas torres circulares da Catedral, por exemplo, na forma de agulhas e com até 100 metros de altura, são uma ousadia mesmo para os dias de hoje. Ao morrer atropelado por um bonde, em 1926, apenas oito das 12 torres haviam sido terminadas. 

O templo, quando estiver terminado, disporá de 18 torres: quatro em cada uma das três entradas-portais.

Crônica efetuada através de pesquisas no local e prospectos recolhidos.

Barcelona, Região da Catalunha, na Espanha, em outubro de 2011.



sábado, 17 de novembro de 2012

As Mãos de Minha Mãe



Em uma manhã de um dia sem sol observei no hall de minha casa o esplendor de um pequeno vaso de flores que proporcionou aos meus olhos uma alegria com a chegada de mais uma estação do ciclo terrestre.

A flor despertou em mim uma lembrança trazendo à minha mente a figura de minha mãe que era apaixonada por essa flor, “conhecida por maio”. Na sua candura de mulher cultivava-a em pequenos vasos em nossa antiga casa da Rua Zacarias de Góes, onde crescemos no pensamento e para a vida.

Quando meu pensamento concentrou-se na máquina de costura que era sua atividade principal, fiquei imaginando sua habilidade como costureira doméstica e depois servindo uma clientela mais refinada, entrando no mundo da moda.

Mas o que é a moda?

Conforme pesquisa realizada, a palavra significa costume e provém do latim modus. A variação da característica das vestimentas surgiu para diferenciar o que antes era igual, usava-se um estilo de roupa desde a infância até a morte.

A partir da Idade Média, as roupas eram diferentes seguindo um padrão que aumentava segundo a classe social, houve até leis que restringiam tecidos e cores somente aos nobres.

A burguesia que não era nobre, mas era rica, passou a imitar o estilo nobre das roupas iniciando um processo de grande trabalho aos costureiros que a partir de então, eram obrigados a produzirem diferentes estilos para diferenciar os nobres dos burgueses. 

Com a revolução industrial no século XVIII, o custo dos tecidos diminuiu bastante, em 1850 com a invenção das máquinas de costura, caiu ainda mais.

Mesmo após a facilidade das confecções, as mulheres ainda eram privadas da modernidade continuando a usar roupas sob medida. A partir desta dificuldade, surgiu a alta costura que produzia diferentes estilos por meio de estilistas que inventavam tendências.

Com o tempo, surgiram as costureiras domésticas que se utilizavam de modelos das revistas desenhadas pelos estilistas; criando assim, um nicho de mercado.

Aquelas que se destacavam começaram a ser solicitadas por quem não tinha essa habilidade, para realizar seus sonhos com os tecidos.





As mãos de minha mãe:

Uniram com um alinhavo as partes do molde sem esquecer que cada uma é diferente da outra e que juntas fazem um todo como a família
As mãos de minha mãe:
Fizeram bainhas para que pudéssemos crescer para que não ficassem curtos os ideais.

As mãos de minha mãe:

Juntaram retalhos para que tivéssemos uma manta única que nos cobrisse...

As mãos de minha mãe:
Seguraram presilhas e botões para que estivéssemos unidos e não perdêssemos a esperança...

As mãos de minha mãe:
Aplicaram elásticos para podermos adaptar folgadamente às mudanças exigidas pelos anos...

As mãos de minha mãe:
Bordaram maravilhas para que a vida nos surpreendesse com as suas continuas dádivas de beleza...

As mãos de minha mãe:
Coseram bolsos para guardar neles as moedas valiosas das melhores recordações de nossa identidade...

As mãos de minha mãe:
Quando estavam quietas zelavam os meus sonhos para que alimentasse os meus ideais com o pó das suas estrelas.

As mãos de minha mãe:
Seguraram-me com linhas mágicas, quando entrava na vida... Para começar a vesti-la;

As mãos de minha mãe:

Nunca abandonaram o seu trabalho... E sei muito bem que hoje, onde estiverem, fazem orações por mim.

E eu beijo-as como se recebessem bênçãos.

NOTA DO AUTOR FORMATADOR
O texto inicial é de minha autoria sendo o poema “as mãos de minha mãe” de autor desconhecido que foi extraído de uma formatação recebida e por mim adaptado.
 Se desejar ver esse texto em formatação para slides em Power Point, acesse o site: http://sergrasan.com/toninhovendraminislides/
   

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sous le Ciel de París.

Paris é a capital mais populosa da França. Se posiciona numa encruzilhada entre os itinerários comerciais terrestres e fluviais e no coração de uma rica região agrícola tornando-se uma das principais cidades da França ao longo do século X, beneficiada com palácios reais, ricas abadias e uma catedral. 

Tornou-se um dos primeiros focos europeus do ensino e da arte. Ao fixar o poder real na cidade, sua importância econômica e política não cessaram de crescer. Assim, no início do século XIV, era a mais importante de todo o mundo ocidental.

No decorrer dos séculos seguintes era a capital da maior potência política europeia e o centro cultural da Europa bem como a capital da arte e do lazer. Sua arquitetura, parques, avenidas e museus fazem-na, a mais visitada do mundo.


Abrigando numerosos monumentos, por seu considerável papel político e econômico, é também uma cidade importante na história do mundo. Como símbolo da cultura francesa atrai milhões de visitantes por ano, ocupando também um lugar preponderante no mundo da moda e do luxo.


No turismo uma das primeiras atrações foram desde 1855, uma série de exposições universais, ocasiões que serviram à edificação de numerosos monumentos que largamente contribuíram para fazer da cidade a atração na qual ela se tornou.


Nas diversas ocasiões em que eu e a companheira a visitamos desfrutamos de lugares que ficaram guardados como doces memórias, muitas delas repetidas, em decorrência da beleza, romantismo, e uma arquitetura esbanjando cultura e proporcionando um clima romântico. 


Dentre algumas destacamos:


A Torre Eiffel - construída em 1889, foi planejada inicialmente para ficar de pé por apenas 20 anos; é considerado atualmente o principal símbolo da cidade.


A Avenida Champs-Élysées, famosa e muitas vezes cheia de turistas. Uma das mais largas do mundo.


O Arco do Trinfo - construído por Napoleão Bonaparte, em 1806, em homenagem às vitórias francesas e aos que morreram no campo de batalha.


O Museu do Louvre - famoso por abrigar o quadro Mona Lisa.


O Montmartre - uma área histórica da cidade, onde se localiza a Basílica de Sacré Coeur, é famosa pelos seus cafés, estúdios e clubes noturnos.


Catedral de Notre-Dame - localizada no centro da cidade.


Museu de Orsay - Museu que reúne importante coleção de arte impressionista e foi, no passado, uma estação de trem. Com a sua desativação, foi quase demolida, mas por protestos foi transformada em museu.


O Cemitério do Père-Lachaise, onde estão enterradas pessoas famosas como Oscar Wilde, Jean-Francois Champollion, Édith Piaf e Chopin.



O Moulin Rouge - Antigo cabaré utilizado para divertimento dos franceses. Hoje usado como ponto turístico.


Assim sendo, desfilando nossas emoções por aquele solo, principalmente em Montmartre que nos cativou de maneira impar, prosseguindo com “Moulin Rouge”, símbolo maior da diversão dos franceses e dos turistas que visitam esse magnifico local.

Para enaltecer esses doces momentos, realizei o poema abaixo:



SOUS LE CIEL DE PARÍS


Cidade luz que nos seduz
Céu noturno de verão
Lugar de encantos mil


Ambiente perfumado e primaveril
Amores que chegam e que vão
Clima romântico com paixão arrebatadora

Jantar a luz de velas
Champagne borbulhante
Bateaux-mouche deslizante


Águas do Sena deslumbrante
Eifell nos emociona
Montmartre dos pintores


Sob a abençoada Sacre Coeur
Montparnasse dos escritores
Poemas e sonetos encantadores




Descanso sobre o lençol de cetim
Lábios carnudos e desnudos
Peito ofegante
Colo perfumado e provocante
Channel, Channel, Channel.

Beijo delirante
Noite apaixonante
Manhã ensolarada
A alegria está no ar

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Clique na frase, veja meu site com inúmeros textos de viagens realizadas

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

El Senõr Tango



Sua origem encontra-se na área do Rio da Prata, nas cidades de Buenos Aires e Montevidéu.

A música não tem uma origem muito clara e não dispõe de numerosa documentação; descenderia da habanera (música cubana em compasso binário) e, se interpretava nos prostíbulos. Nas duas últimas décadas do século XIX, começou a ser acompanhada de violino, flauta e violão. Nessa época inicial era dançado por dois homens, daí o fato dos rostos virados, sem se fitar. Depois, já nos anos 1910, com o sucesso em Paris foi aceito pela aristocracia.

O bandonéon (espécie de acordeon) que atualmente caracteriza o tango chegou à região por volta do ano 1900, nas maletas de imigrantes alemães. Não existem muitas partituras da época, pois os músicos não sabiam escrever a música e provavelmente interpretavam sobre a base de melodias já existentes, tanto de habaneras como de polcas.

O Tango mescla o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, é sempre e totalmente triste.

Os pesquisadores identificam duas fases de ouro do tango, a primeira nos anos 20, quando várias figuras do ambiente artístico de Buenos Aires e Montevidéu, canalizaram seus esforços no fomento da música popular, e em especial o tango.

Os cantores como Carlos Gardel (que na verdade era de origem francesa) e outros notáveis, venderam muitos discos na florescente indústria discográfica e difundiram o tango para fora da Argentina, tanto, que muitos turistas viajam para Buenos Aires para apreciar esse ritmo, com apresentações em casas noturnas e teatros, destacando-se o da “Esquina Carlos Gardel”, onde pudemos apreciar o ritmo, danças e a gastronomia.

Vimos com grande emoção um sósia (individuo muito parecido com outro, tanto no físi co como na voz) de Gardel em noite esplendorosa; um belo espetáculo que me levou a escrever um poema conforme abaixo:


O POEMA


Noite caliente, ambiente refinado.

Momento de emoção!

 Resgate magnífico do estilo de uma época.

Vislumbravam-se momentos arrebatadores.


Chegou o canto, a dança e a orquestra.

O ritmo soava em sua máxima expressão.

A sensação impulsionava os passos dos bailarinos.

Corpos ardentes, pernas entrelaçadas, rostos hipnotizados.


Cantante emocionado, voz embargada.

Falava de milongas sobre o manto de Gardel.

Se desejar ver essa versão em formatação acesse o site:
http://sergrasan.com/toninhovendraminislides

domingo, 4 de novembro de 2012

A Caminho para o Coliseu



Uma expectativa se fazia presente naquela manhã, a alegria era contagiante em nossos corações, mais uma vez percorríamos as ruas de Roma, a cidade eterna, cheia de encantos e também dos nossos antepassados; ao caminharmos pelas ruas e praças, sentíamos na pele o forte sol do verão europeu.

Tínhamos nas mãos informações obtidas do gerente do hotel, que também nos forneceu um mapa da cidade e das linhas do metrô.

Caminhamos alguns metros e, consultando o mapa, sentimos a necessidade de tomar um táxi, devido à distância até a estação.

Chegamos à praça que antecede a descida para as galerias do subterrâneo, antes apreciamos a bela paisagem que cercava os monumentos históricos fincados naquele chão, relatando um passado de conquistas através de um marco dos homens que ali viveram.

Ainda bem próximo, avistamos uma bela fonte de águas resplandecentes, proporcionando uma brisa extremamente agradável; os respingos caíam sobre nossas cabeças, refrescando nossas mentes.  

Sentíamos muita vibração e euforia e tudo ia sendo registrado na memória do tempo. O que mais ressaltava aos olhos eram as fontes espalhadas em cada praça, abastecidas ainda por águas captadas de velhos aquedutos. Era a Roma dos ”Cesares”, imperadores que conquistaram vários “mundos” da época, e constituindo o “presente” da belíssima Itália.

O nosso fóco era o Coliseu, obra monumental, mandado erigir pelo imperador Vespasiano e terminado por Tito. Simbolizava as conquistas que arrebanhavam na época. Tudo para o povo da cidade que assistia aos espetáculos por conta desse rico império, palco de festas pagãs, regadas de luxúria, paixão e morte.

Tudo era recebido com emoção! Mas uma nostalgia se fez presente, porque momentos daquele “passado” glorificado de outras pessoas estariam conosco, quando de nossa entrada no magnífico teatro, agora combalido pelo tempo.

Seguimos em frente e descemos os degraus da estação; adquirimos os bilhetes de forma automática e aguardamos a chegada do trem.


“Começava ali uma verdadeira odisséia nos trilhos daquele Metrô”.

Não havia muitas pessoas aguardando a chegada, mas percebi que o comboio se aproximou de uma forma muito rápida e com uma parada brusca. Fiquei observando por alguns segundos o itinerário no mapa e, nesse momento, a esposa Dija, entrou no seu interior.

Para meu espanto, as portas foram fechadas de forma rapidíssima, saindo em ritmo acelerado! Fiquei “paralisado” ali na plataforma, vendo a companheira distanciar-se.

Do lado de fora, via a sua figura, ficando cada vez mais pequenina na janela de vidro, até que não a enxerguei mais...

Fiquei pensando o que fazer! Como havíamos combinado anteriormente que a descida seria na estação Coliseu, esperei o próximo horário, cerca de cinco minutos, embarquei e fiquei imaginando o que ela estaria pensando. A preocupação foi tanta que comecei a sorrir alto, para o espanto de algumas pessoas que estavam próximo.
 
A cada estação, eu ia até a janela e ficava observando se não estaria por ali. E assim fui fazendo até chegar à estação do destino. Lá se aproximando, enxerguei sua presença, mas o vagão foi parar bem distante de onde se encontrava. A porta se abriu, tirei o meu boné e fiquei acenando e correndo pela estação em sua direção.
 
Abraçamos-nos e demos muitas risadas e ficamos nos perguntando o que teríamos feito se não houvesse o encontro. Tudo foi esquecido, quando de longe avistamos o colossal teatro de arena.
 
Assim sendo, registramos aqui mais uma passagem muito engraçada acontecida conosco nessa viagem até a Itália.
  

A CIÊNCIA ADIVINHATÓRIA

Desde os tempos imemoriais, tem o homem procurado antever os efeitos de origem física, biológica e de inúmeras outras, surpreendendo as leis...