A Fontana di Trevi é a maior fonte barroca de Roma e, provavelmente, a mais
famosa do mundo. Construída em 1735, está situada no cruzamento de três ruas e
faz parte da história da cidade. Antigamente, era habitual construir uma fonte onde
os aquedutos terminavam, no caso em questão, marcando o final do Aqua Virgo, um
aqueduto de grande valor simbólico.
No local você também poderá ver a magnífica estátua do deus Netuno,
representado sobre um carro em forma de concha puxado por dois
cavalos-marinhos, que foi protagonista de várias cenas da história do cinema.
Entre essas cenas, a mais famosa é, indubitavelmente, a do filme La Dolce Vita,
dirigida pelo cineasta italiano Federico Fellini.
Além disso, desde a rodagem do filme "Three Coins in the
Fountain", que em português recebeu o título de "A Fonte dos
Desejos", a tradição diz que, se você jogar uma moeda na fonte voltará a
visitar a cidade.
A
FONTANA DI TREVI SECOU?
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Após um dia repleto
de passeios pela magnífica cidade eterna, voltamos ao nosso hotel e combinamos
um jantar à italiana. Chegamos ao restaurante e o encontramos com muitas
pessoas festejando algum acontecimento especial. A noite estava agradabilíssima,
um burburinho gostoso contagiava o ambiente, era tudo estupendo!
Verificamos o
cardápio e escolhemos como “prima portata” (primeiro prato), uma massa, que
chegou com um aroma espetacular, deixando nossos olhos e o paladar satisfeitos
e com uma ansiedade em saboreá-la, provocando uma salivação borbulhante, quase
explodindo nos dentes.
O resultado não foi
outro: excelente, coisa que somente “aquela gente” sabe fazer. O vinho escolhido
foi um belo “rosso” (tinto) da região Piemontês, também perfeito.
Durante a conversa
do que iríamos fazer no dia seguinte, sorvíamos goles saborosos do precioso líquido,
fazendo a apologia ao “Dionísio”, o Deus do Vinho, que, sem duvida, estava
presente, nos inspirando embalando e elevando o pensamento para as coisas belas
da vida.
Ficamos pensando
como teria sido a sua preparação, imaginado aqueles vinhedos adorados pelos
amantes da bebida; era o Dionísio continuando a nos motivar para o assunto.
Durante o jantar,
planejamos conhecer no dia seguinte, a “Fontana di Trevi”, porque na viagem
anterior, escapou a oportunidade, já que acabamos escolhendo conhecer Nápoles,
Pompéia e a Ilha de Capri.
Saímos com aqueles apetrechos
de turistas (máquina fotográfica, óculos de sol, mapas etc.) em direção ao
combinado e traçado na noite anterior.
Os caminhos
percorridos foram aqueles de que mais gostamos, “metendo as caras”, ou seja, a
pé, de metrô e ônibus, nada rotulado, falando um pouco de italiano, inglês e
jogando umas frases em português, provocando uma balbúrdia, mas acabamos sempre
nos entendendo com as pessoas.
Percorremos as ruas
visitando lugares suntuosos, paisagens delirantes e extasiantes, deixando
nossos olhos cheios de vida, um colírio inebriante.
Ao sairmos de uma
das praças, nos deparamos mais uma vez com o Pantheon, uma visão fantástica. Vimos
com admiração, à soberba arquitetura italiana resistindo ao tempo, e que assim
de perpetue. O pensamento nos levava de imediato para dentro, mas os passos não
eram tão largos, porque nossos corpos já estavam cansados de tanto andar por
aquele centro de emoções.
Em seu interior
vimos o local onde descansam os heróis da Itália, vigiados pelas estátuas dos Mártires,
Santos, Imperadores e Deuses, engalanados por uma mitologia ainda presente na
mente das pessoas que, fervorosamente em ato de religiosidade, rezavam em todas
as suas dependências.
Saímos com a alma em
levitação. Onde estávamos? Acho que perto da Fontana. Onde fica? Ah, é por ali,
“Grazie” (obrigado), e fomos conforme o indicado.
Andamos alguns
minutos e percebemos uma verdadeira “Romaria em Roma”, era o caminho da
Fontana.
Tratava-se de uma
rua estreita, as tradicionais “vielas”. Ao caminharmos, notávamos muitas mesas
em frente aos restaurantes, com as pessoas deliciando-se com aqueles belos e
imensos copos de cerveja.
O calor era
convidativo, eu já queria ficar para saborear, mas a vontade de ver a Fontana
era imensa, todos falavam “é logo ali”. Percebia-se um clima também de euforia
daquela gente, que nos incluiu, parecia uma procissão se arrastando pelo chão.
Tínhamos a
informação que o caminho teria que ser pela “Via Del Lavatore”. Continuamos e,
então, olhamos para uma edificação em autentico estilo romana e visualizamos
uma indicação! Era a própria! Em nossa pesquisa, soubemos que esse nome foi em
razão de existir no passado, uma fonte, onde os romanos da época do império iam
lavar as mãos, banhavam-se etc., derivando daí, o nome que ostenta até hoje, a
“Fontana di Trevi”.
O vozerio aumentava
e a via não terminava. De repente, ouvimos alguns palavrões na língua italiana,
gente xingando em altos brados; parecia que tinha acontecido alguma tragédia. Apertamos
o passo para ver do que se tratava, pois a Fontana devia estar logo ali, só faltava
dobrar a última esquina. Os gritos continuavam, começamos a dar risadas sem
saber do que se tratava.
Chegamos lá e o que
enxergamos? A Fontana estava sem água! E dentro, algumas pessoas esfregando o
piso e retirando as moedas para uma posterior limpeza. Cazzo! (mas que coisa!) era
a palavra que mais ouvíamos.
Algumas pessoas
estavam decepcionadas, outras inconformadas, outras ainda xingando em seus
idiomas, uma vez que a maioria era turista de outros países.
Bom, para não
perdermos a viagem, já que a visão não condizia com o clima que nos preparamos
para ver, jogamos uma moeda de peso argentino, que estava misturada com as de
euros, na Fontana Seca! Todos queriam uma explicação, e então ficamos sabendo
que às segundas-feiras é o dia da manutenção geral e retirada das moedas (uma
grana!).
Voltamos pela Via e
sentamos de uma daquelas mesas do restaurante, tomamos uma saborosa e espumante
cerveja e pedimos um “tira gosto” para acompanhar. Depois, um excepcional
sorvete. Mas durante os petiscos, programamos voltar no dia seguinte, para ver
a Fontana com água. Vagarosamente seguimos a nossa programação da tarde
visitando as ruínas do antigo império romano.
No dia seguinte, a
alegria foi contagiante: muitas pessoas no local, os flashes das máquinas espocavam
sem parar, registrando aquela impressionante beleza. Fizemos os nossos pedidos
pensando sempre na família e jogamos moedas de euros, obedecendo àquele ritual
conhecido.
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