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sábado, 26 de abril de 2025

PALERMO A CAPITAL DA ILHA DA SICÍLIA - ITÁLIA


MAIS UMA TRAVESSIA ATLÂNTICA
Visitamos a encantadora cidade de Palermo, a vibrante capital da Sicília/Itália, marcando a primeira parada de uma emocionante travessia atlântica iniciada em Civitavecchia, um centro vital para o transporte marítimo italiano.

FONTANA PRETORIA

Após desfrutar de uma última vista do hotel, seguimos rumo ao porto, onde nosso transatlântico aguardava ansioso para dar início a uma jornada de 20 dias inesquecíveis. Durante essa aventura, exploramos diversos países até finalmente chegarmos ao nosso querido Brasil, desembarcando em Salvador, Bahia.

O Deslumbrante Porto de Palermo

A costa italiana nos recebeu com braços abertos, revelando sua beleza ímpar. Caminhamos e dirigimos por paisagens de tirar o fôlego, comprovando a fama mundial que a Itália carrega tão merecidamente. Palermo, a maior cidade da Sicília, situada ao sul da "volta da bota" no mapa, é um verdadeiro tesouro cultural e histórico que encantou nossos olhos e nossos corações.

Monte Pellegrino e o Santuário de Santa Rosália

A subida ao Monte Pellegrino foi uma experiência sublime. No topo, nos deparamos com o Santuário de Santa Rosália, padroeira de Palermo, incrustado em uma gruta deslumbrante. A vista panorâmica de lá é simplesmente de tirar o fôlego! Além disso, a história das relíquias da santa adiciona um toque místico ao local.

O Magnífico Palazzo Reale

No nosso caminho, o impressionante Palazzo Reale, também conhecido como Palazzo dei Normanni, surgiu como um marco de grandiosidade. Sede da Assembleia Regional da Sicília, sua fachada renascentista e histórias envolventes reforçaram nossa admiração por este monumento tão importante.

Teatro Massimo: Um Gigante da Ópera

Entre as muitas surpresas, o majestoso Teatro Massimo Vittorio Emmanuele brilhou como uma joia incomparável. Famoso mundialmente e o maior da Itália, sua arquitetura é de encher os olhos. Além disso, o local foi cenário de momentos marcantes do cinema, incluindo uma das cenas mais icônicas de "O Poderoso Chefão III".

Fontana Pretoria: Beleza e Controvérsias

No coração histórico de Palermo, encontramos a elegante Fontana Pretoria, adornada com estátuas nuas que foram alvo de protestos no passado, rendendo à praça o apelido de "Piazza della Vergogna". Um cenário fascinante que misturou história e beleza artística.


Encerramos nosso dia com chave de ouro: apreciamos petiscos deliciosos acompanhados de vinho branco antes de embarcar. Do alto do mirante do navio, assistimos as manobras para deixar o porto, enquanto nos despedíamos da Sicília com vistas maravilhosas e rumávamos à próxima parada: Valência, na Espanha.

sábado, 26 de janeiro de 2019

La Dolce Juventude

PARECE MAIS JOVENS DO QUE SÃO
Em Campodimele, uma vila medieval encravada nas montanhas entre Roma e Nápoles - Itália, doença é algo desconhecido e boa parte de seus aproximadamente 800 moradores, parece bem mais jovens do que são. 


A "rapaziada, na casa dos 80/90 anos e outra centena de mais de 80, continuam trabalhando no campo e em casa. 
Está faltando eu aí


                                                    Nos últimos tempos, jornalistas e médicos do mundo inteiro tem conversado com os bem-humorados velhinhos para saber qual o segredo de tal longevidade. 

"Comemos muita massa, feijão, legumes, pão integral frutas, pouco frango e jogamos cartas todas as tardes", 
diz os sorridentes moradores. 

Lá, o inverno não é rigoroso, e o verão é suavizado pela brisa, que sopra do mar distante 20 quilômetros.  

É uma comuna italiana da região do Lácio, província de Latina. 

 Faz parte da rede das Aldeias mais bonitas de Itália.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

UM CONTO ABORDANDO O FINAL DO REINADO DO PAPA JOÃO PAULO II

UM CONTO ABORDANDO O FINAL DO REINADO DE JOÃO PAULO II


Essa narração não é bem a trajetória real dos acontecimentos... Na minha visão de escritor, a imaginação campeia solta em busca de um bom motivo para escrever uma crônica ou um conto, mas o fato da morte desse grande estadista foi verdadeiro. Estou falando do Papa João Paulo II, nascido Karol Jozef Wojtyla.

O seu longo reinado estava chegando ao fim. Sua morte se aproximava rapidamente. Aquele homem, já considerado pela humanidade como um santo, necessitava contar o segredo que guardou por tanto tempo. O povo, reunido em orações na monumental praça rodeada por  estátuas de santos, aguardava, em silêncio, o momento final.

Ele já enxergava a alma em levitação, querendo deixar o corpo terreno. Sua luta neste mundo foi produto de uma jornada de muita compreensão e perseverança entre os homens do povo e os Chefes de Estado com quem se reuniu inúmeras vezes, na busca incansável pela paz entre os seres humanos providos de bons pensamentos.

Sentia uma emoção incontrolável em razão da doença e do avanço da idade, mas tinha que revelar o que guardou por muito tempo. Imaginou como seriam os esforços de seu confessor para realizar a difícil tarefa da revelação, em razão de um mundo atormentado onde as religiões andam de olhos vendados, ignorando as vidas perdidas em guerras políticas e insanas dos fanáticos.

Em sua cabeceira encontravam-se seus assessores diretos, alguns em fervorosas orações, outros já providenciando o protocolo para os dias que se seguiriam ao seu funeral. Ele estava ali, inerte, e sem forças nos intramuros de seu reduto religioso.

Na porta de seus aposentos estavam seus soldados, com uniformes bufantes e coloridos desenhados por Michelangelo, com a arma medieval, a alabarda, uma espécie de lança com uma placa de metal em forma de meia-lua na ponta. São os tradicionais guardas suíços que fazem a proteção pessoal do Sumo Pontífice, no imenso palácio, há mais de quinhentos anos.

Na parede da minha memória sobrou uma lembrança e, em forma de “momentos do passado”, voltei a esse local, onde, com a minha esposa, assistimos a uma missa campal, com ele presidindo os sacerdotes nos procedimentos religiosos, embaixo de chuva e, mesmo assim, os fiéis permaneciam naquele solo sagrado. 

Ao fundo, enxergávamos a Basílica, erguida no mesmo local onde Simão Pedro, o primeiro Papa, havia sido crucificado no ano 67 d.C.. Foi daí que a Cidade do Vaticano começou a surgir, em 313, com a conversão do Imperador Romano Constantino ao cristianismo.

Foi a primeira grande aliança política da Igreja, que, a um só tempo, livrou-se das perseguições e pôde construir a Basílica de São Pedro com ajuda oficial.

A história da instituição religiosa, uma invejável trajetória de sobrevivência e expansão ao longo dos séculos, seguiu a lógica de qualquer país ou governo em busca do poder.
Nas vezes em que lá estive, consegui arrebanhar muitas informações, por ser um assunto de que gosto muito. Soube que, com apenas mil habitantes fixos, esse pequeno grande país, que é a cidade do Vaticano, realiza o milagre de falar em nome de mais de um bilhão de católicos, rebanho formado por uma em cada cinco pessoas da população mundial.

Chefiado pelo Papa, soberano com poderes absolutos, o Vaticano é uma inusitada monarquia em que o trono não é transmitido por herança, mas disputado no voto, em eleições quase sempre dramáticas, das quais os Cardeais, e só eles, participam na dupla condição de eleitores e candidatos.

Esse é o foco desse conto, com personagens reais e fatos imaginários, que abordarei daqui em diante. O enriquecimento do assunto se fez presente nas visitas internas que fizemos aos museus e outras dependências, culminando na Capela Sistina, que, além de ser um local de peregrinação, é onde se conhece um novo Papa, após os funerais do antecessor. Assim, vislumbrei um dia escrever sobre o assunto em forma de ficção, obra da fértil imaginação de quem começa a escrever.

Antes de seu suspiro final, João Paulo II mexe a cabeça para o lado esquerdo de sua cama onde, sobre um móvel centenário, havia uma antiga bíblia. Olhando firmemente, fez um sinal com os olhos ao assessor direto, o cardeal Joseph Ratzinger.

Este, sabendo e conhecendo todos os seus gestos transmitidos ao longo do secretariado, entendeu o recado e se aproximou com delicadeza e suavidade.

Apontou para a bíblia que continha um crucifixo separando algumas anotações feitas dias antes. Conversaram em voz praticamente inaudível, aos sussurros e lágrimas; ninguém se aproximou, compreendendo o colóquio religioso daquelas duas criaturas que se entenderam perfeitamente durante os longos anos de cumprimento do dever em nome de Jesus Cristo e Deus nosso Senhor.

Criou-se e instalou-se ali, O Peso de Um Segredo e o Limiar de Uma Nova Era.

Quase sem forças para andar tamanha era a carga que lhe pesava sobre os ombros, sentiu um baque profundo, empalideceu, suas pernas tremeram, sua voz recolheu-se em estado de profunda emoção e não conseguiu proferir uma só palavra aos demais presentes. Viu seu mentor partir, ajoelhou-se em grande respeito e recolheu-se em meditação na capela Sistina, fitando o painel do Juízo Final, de Michelangelo.

Olhando aquela magnífica obra de arte no teto da capela, bailou, em sua mente, a disposição que lhe pesou quando da revelação de João Paulo II, entregando-lhe a missão e a dificuldade que teria que desempenhar para a realização.

Imaginou que se fosse eleito Papa, deveria se espelhar no “drama” que viveu Miguelangelo com o Papa Julius II, transformando aquela empreitada em “agonia e êxtase” e pôde retratar, em um grande afresco, as pinturas na abóboda da capela.

Com esse pensamento, continuou em meditação, pediu ajuda celestial aos céus e desenvolveu um plano que começou arquitetar mentalmente. Não tinha muito tempo, pois, logo em seguida, vieram ao seu encalço, os representantes da sucessão, informando-lhe que, a partir daquele momento, se tornaria o “camerlengo’, figura que toma as rédeas da igreja até a eleição de um novo papa”. 

Essa condição foi uma das revelações; João Paulo já havia recomendado aos agentes da sucessão quem seria o camerlengo, fato que o ajudaria a se desincumbir da missão, pois ele seria o condutor da sucessão que aconteceria, na capela sistina, nos próximos dias após as solenidades do funeral.

La fora, na praça, o povo entoava canções de louvores ao seu belo reinado de vinte e seis anos; ao término, ecoavam as palavras na língua italiana, “Santo Súbito”.

Passadas todas as emoções do sepultamento, os cardeais de todo o mundo, que vieram para o funeral, começaram a se reunir na capela, sob a direção de Ratzinger, seus assistentes e a cúpula sucessória composta de cardeais com menos de oitenta anos.

Após vários dias de reuniões pela manhã, tarde e noite, o povo reunido na praça viu, finalmente, a fumaça branca sair pela chaminé da Capela. Antes, o que se viu durante dias foi a fumaça preta, informando que ainda não havia nenhuma decisão, mas, na manhã do quinto dia, saiu o veredicto; o representante da sucessão informou, da janela dos aposentos papal, a frase esperada por todo o mundo, uma vez que o evento estava sendo transmitido ao vivo por todos os meios de comunicação: “Habemus Papam!”.

O Cardeal Ratzinger tornou-se Bento XVI. Após alguns minutos, Sua Santidade chegou à janela, debruçou sobre a imensa toalha vermelha que forrava o local, aproximou-se dos microfones e disse: “Espero não me atrapalhar com a língua italiana, pois a emoção de conduzir esse enorme rebanho é muita”. Vou trabalhar como o meu antecessor, o querido João Paulo II.

Recolheu-se para seus aposentos e pediu, em baixa voz, ao seu camareiro que chamasse o Papa Ângelus Nero I. Como? Alguns dos seus íntimos assessores estranharam o fato. Mas o certo é que, na Capela Sistina, foram eleitos dois papas, dentro de muito mistério e segredo.

Começava a ser cumprida, pelas mãos da igreja católica e do novo Papa, a revelação do segredo informado ao então cardeal Ratzinger, por João Paulo II.

Como poderia ser a Igreja católica conduzida por dois Papas? O que se discutiu e foi acertado durante aqueles dias de reuniões e conferências dentro da capela foi o seguinte:

- O papa Bento XVI deveria e foi eleito o novo Papa, uma vez que era o sucessor natural de João Paulo II.

- O papa Ângelus Nero I (anjo negro), depois de conversar longamente com Bento XVI, despojou-se de suas vestes sacerdotais, travestiu-se de homem comum do povo e, já falando uma linguagem universal, saiu pelos subterrâneos do Vaticano, tomando rumo ignorado, com a missão de evangelizar os povos de todo o mundo para uma única religião.

Após anos de peregrinação pelo mundo, voltou ao Vaticano e ficou sendo o assessor direto de Bento XVI, sendo que, após a sua morte, será conduzido pelas mãos de representantes de todos os governos ao centro de um poder único, como Nações Amigas e Unidas, estabelecendo, finalmente, a paz no mundo.

E assim, o último Papa católico e o primeiro da raça negra transformar-se-ão em arautos da paz mundial, como símbolo de esperança de um mundo melhor.

Em seu discurso, falará daquela janela para o mundo em um único idioma; “Povos de todas as raças, hoje começa uma nova era: é o ano “I”; sem um Papa para conduzi-los, o mundo falará um único idioma e haverá somente uma religião para os povos de boa vontade”.



sábado, 1 de julho de 2017

BANNERS DE FORMATAÇÕES.

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viagens mundo afora



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

CINQUE TERRE




Ao findar, em Roma, uma viagem pelo Leste Europeu, partimos para Gênova, a fim de conhecermos, viajando de trem, algumas cidades da Riviera di Levante e também as famosas vilas medievais denominadas de Cinque Terre.
Ficamos baseados em um hotel próximo à estação ferroviária de Brignole para facilitar nossas locomoções. Dali, partíamos, em dias alternados, da estação Gênova Brignole, através da linha La Spezia. Levávamos uma hora e meia até o primeiro vilarejo, Monterosso al Mare; as demais distam- se uma da outra uns dez minutos.
Os lugares avistados durante a viagem foram magníficos. Não cansávamos de olhar as encostas, onde ficam os famosos vinhedos, cujas uvas dão um sabor especial aos vinhos, que saboreamos em todas as refeições, nos típicos restaurantes. O Bianco Sciacchetrà é uma preciosidade que acompanhou os pratos à base de frutos do mar, típicos da cozinha Ligure, o doce de limão e o melhor pesto genovês, servidos em mesa ao ar livre e sob uma tenda amplamente confortável, proporcionando, naquelas manhãs ensolaradas, uma visão espetacular do panorama.
As vilas ainda estão intactas, transformando-se em lugares pitorescos. É um cenário que levou um milênio para se construir e sua origem se perde no tempo: eram, inicialmente, cinco castelos fortificados, próximos entre si, em torno dos quais surgiram cinco aldeias, assentadas em minúsculas baías ou encravadas no alto de rochedos.
Todas são formadas por antigos predinhos coloridos e guardam preciosidades de sua história, sobretudo nas igrejas e castelos, tornando-as, nos últimos anos, um dos mais atraentes destinos turísticos italianos. Uma das atrações interessante é a ‘estrada do amor’ (Via dell’Amore) que tem sua história ligada à ferrovia Gênova – La Spezia. Era usada no início de 1900 para depositar o material utilizado na construção da galeria ferroviária entre Riomaggiore e Manarola.
O melhor modo de visitar Cinque Terre, após Monterosso al Mare, é a pé, percorrendo assim, o chamado “Sentido Azzurro” (cerca de cinco horas), conhecendo todos os vilarejos. Mas essa empreitada é para os jovens que vêm com apetrechos apropriados e calçados especiais, etc. Para nós, bastou percorrer quinze minutos e já nos sentamos no primeiro banco do caminho e ali ficamos apreciando a paisagem até o sol afundar-se no horizonte, fazendo com que o mar ficasse dourado.
 Fizemos, em outros dias, através do trem, a ligação com outras vilas, para não nos apressarmos na volta e ficarem sem conhecer lugares imperdíveis.
Monterosso al Mare: Dentre as aldeias é a que dispõe de melhor infraestrutura turística, com a vantagem de ter uma praia de verdade e um porto, ambos pequeninos. Nas suas ruazinhas, as casas são, às vezes, ligadas entre si por passagens nos andares superiores, com ares românticos das medievais vielas. Para conhecer melhor suas encostas, entramos em um micro-ônibus, dirigido por uma mulher que nos dava informações sobre o trajeto na montanha e pudemos apreciar uma colheita de azeitonas muito interessante: as pessoas colocavam uma manta sobre o chão e um moleque chacoalhava as árvores para que caíssem e fossem coletadas.
Vernazza: Fica em um vale estreito, por onde corre um rio do mesmo nome, num ponto bem abrigado, protegido por um castelo no alto de um promontório. De sua torre se tem uma excelente vista da região. É o principal porto dos vilarejos. Com seu labirinto de pequenas ruas, escadarias e passagens cobertas, foi, para nós, a mais graciosa. Ali, pudemos entrar em uma igreja gótica para agradecer por mais essa viagem. É a mais popular e quase tão bela quanto Portofino. Possui um ar majestoso e árvores cuidadosamente colocadas, que se alinham na beirada da praça do cais. Ao passar de um local para outro através de um túnel, ouvimos ecos de uma bela canção que vinha não sei de onde. Ao contemplar o final do túnel, enxergamos um pianista que tocava canções lindas em troca de alguns euros que as pessoas depositavam em seu chapéu colocado no chão.
Corniglia: Está a 100 metros acima do mar, é a mais antiga e tranquila das vilas e tem vistas espetaculares. É a única que não possui um ancoradouro; fica encravada no alto de um rochedo, no meio de vinhedos. Do alto, escuta-se o som abafado dos trens passando pelos túneis. Aproveitando a vista exuberante, paramos para almoçar ali.
Manarola: Este vilarejo fica sobre uma falésia à beira-mar e é acessível, a pé, a partir de Riomaggiore pela via dell’Amore. Está repleta de vinhedos em terraços, sobre as colinas acima da aldeia, de onde avistávamos os barcos de pesca que, após retornarem do alto mar, paravam nas ruas estreitas, uma vez que não tem ancoradouro natural e nem edificado pelo homem.
Riomaggiore: É um minúsculo povoado no fundo de uma baía apertada entre rochedos, com uma rua principal subindo a encosta. O melhor jeito de chegar ao povoado é por mar, mas há um acesso por terra a partir de La Spezia. De lá, há o caminho “via dell’Amore” até Manarola, que pode ser percorrido em aproximadamente meia hora, passando pelos rochedos perto do mar. Uma aventura que não nos propusemos a fazer.
Após concluirmos todas as vilas de Cinque Terre, ficamos imaginando que um dos desafios das autoridades é com o declínio de residentes, pois conta com uma população antiga que, aos poucos, está desaparecendo e, os jovens não têm apego à terra, buscando novas oportunidades em outras fronteiras, sendo necessário, nas épocas turísticas, importar mão de obra temporária de outras localidades. Penso que, com o correr do tempo, existe o perigo de se perderem as tradições culturais, como ir à missa diária em uma das igrejas góticas, de que já falamos. Foi bonito ver todas as janelas com uma rosa desenhada, indicando um símbolo de prosperidade. Uma das culturas desse agrupamento de vilas é falar sobre vinhos e também degustá-los, o que fizemos nos terraços naturais cultivados, após uma pequena lição de um fabricante sobre o cultivo da uva.

Após concluirmos as visitas em todas as vilas de Cinque Terre, programamos mais dois lugares famosíssimos, sempre efetuando o percurso de ida e volta de trem.

Santa Margherita Ligure: É bastante glamorosa, diferente das pequenas vilas sossegadas de Cinque Terra.
Faz parte da região da província de Gênova, com cerca de 10.000 habitantes. Possui uma atmosfera animada, o que comprovamos em um dos bares onde tomamos um belo cappuccino e também em um restaurante onde fizemos uma pausa para um almoço, no ‘ristorante Antonio’. Possui lugarejos tranquilos exibindo uma estupenda praça com monumentos típicos aos descobrimentos. Sua orla é maravilhosa, mostrando magnificas casas de veraneio em suas encostas. Serve, para os turistas, como uma base para alcançar Portofino.
Após um breve descanso partimos para Portofino. Há apenas uma estrada que fica na ponta sul do triângulo. A viagem entre as duas cidades foi feita de ônibus e levou cerca de quinze minutos.
O PROMONTÓRIO PORTOFINO  
Esse pedaço de costa com apenas 530 habitantes compõe um triângulo que divide o Golfo Paradiso e o Tigullio. Na década de 1950, foi o lugar preferido das estrelas do cinema e as vilas onde permaneciam ainda têm um charme sofisticado, trazido pelo pessoal de Gênova que vem fazer turismo e contemplar o lindíssimo mar e sua posição geográfica. Após um breve reconhecimento do local, fomos caminhando até o pequeno cais onde está a maioria dos restaurantes. Sentamo-nos em um banco perto da igreja e, virados para o Golfo Paradiso, observamos o vai e vem de alguns poucos turistas que se aventuravam a comprar produtos nas lojas.
Caminhamos mais um pouco e, no final do cais, voltamos nossas vistas para o Mosteiro de San Fruttuoso; é o resquício mais antigo do império beneditino que administrava as igrejas do triângulo e ficou encravado na costa. O local só é acessível de barco ou a pé.
Voltamos já no período da tarde, de ônibus, pela mesma estrada, rumo a Santa Margherita. De lá, apreciamos mais uma vez a orla, enquanto aguardávamos o trem que nos levou para Gênova onde estávamos sediados, terminando assim, esses belos passeios pela Riviera Ligure, quase todo montanhoso, caindo abruptamente sobre o mar.




A INSENSATA MORDAÇA

  O SUPLÍCIO DE UM EXÍLIO Uma crise se instalou. Povo assustado! Revolta estudantil. Para mudar o país. A força da caserna se apresentou. Av...