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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

PASSAREDO

PassaredO

Aves, aves e mais aves.
Adoradoras do sol.
Estrela matutina e vespertina de grandeza maior
Revoam no momento do solstício boreal.
Gorjeios com suave sonoridade...
Que embalam nossos sonhos e enaltecem a alma...

Dançam nos galhos em voos altaneiros.
Retiram a substância volátil das flores.
Como almiscareiros, deixam perfume no ar.
Arautos da paz e da alegria.

Sinto-me envolvido pelo mágico momento.
Vem uma vontade imensa de voar
Pelos céus e a tudo contemplar.
Sou menino, sou passarinho...




sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A Lenda do Negrinho do Pastoreio




AS LENDAS DESSE NOSSO 
PAÍS SÃO AS MAIS VARIADAS.


AO LER O TEXTO SERÁ TRANSPORTADO PARA UMA OUTRA DIMENSÃO


As lendas desse nosso País são as mais variadas; estão mais acentuadas nos lugarejos distantes da nossa selva de pedra. Elas vagueiam pelos rincões, onde existe uma menor concentração de pessoas. O “contador” solta o verbo e a imaginação, fazendo a mente de quem ouve percorrer céus, terras e mares, aumentados pela crendice, perpetuando em seu bojo, caminhos inimagináveis. 

Certa ocasião, em viagem de férias pelo Sul do Brasil, mais precisamente na cidade de Gramado, na serra gaúcha, em uma noite de muito frio, após sair de um concerto musical, eu e a esposa tivemos a ideia de tomar um chocolate quente. Informou-nos uma das pessoas, a existência de um local, em uma rua que é conhecida como “A Rua Coberta”.

Era bem perto e fomos a pé, e logo percebemos a cobertura de telhas em arco em um de seus trechos, onde os turistas aproveitam a bela estrutura, cheia de bares e bistrôs, com um palco, no qual um conjunto de moças e rapazes se exibe, cantando músicas do folclore sulino. Ao lado, tinha uma fogueira; ao redor, fileiras de espetos com aquelas carnes preparadas com muito carinho e bom gosto por aquele povo, amante do churrasco e um bom chimarrão.

O alegre cantor do grupo, com vestimentas próprias da região, em um dado momento, apanhou uma espécie de vara que servia para direcionar o sapateado sobre a plataforma de madeira, e com suas longas botas, fazia um repique maravilhoso, emitindo sons de um sapateado lá dos pampas, arrancando aplausos das pessoas que estavam assistindo. 

Com aquela “vara”, que mais parecia um cajado, veio até uma das mesas e começou a “prosear”, informando que a próxima atração, seria uma música sobre uma lenda conhecida por “O Negrinho do Pastoreio”; afastou-se, em seguida, para reintegrar o conjunto no início da canção.

No decorrer dos versos, lembrei-me que seus integrantes, pareciam aquele famoso conjunto, “Os Farroupilhas”, que tanto se apresentaram em shows, teatros e muito nas redes de televisões, época que ainda existiam esses musicais.

Terminada a apresentação, o cantor, a pedido do público, veio até o centro da rua onde estavam postadas as mesas; foi solicitado então, que falasse mais sobre a lenda contida na canção. Com muita empolgação e todo vestido a caráter, foi falando com aquele sotaque peculiar:

- Olha aqui, moçada, sou gaúcho vindo lá do cafundó da fronteira, terra de índio e bugre bravo.

- Ta bom, eu sei disso, falou uma moça que estava mais perto; - queremos saber de toda a lenda desse menino negrinho, como aconteceu?

- Foi no tempo da escravidão, um senhor muito poderoso e rico, tinha em sua fazenda, uma criação de cavalos que era a sua paixão e também o seu sustento, uma vez que vendia, de quando em quando, lotes para um mercador que vinha de longe buscá-los.

- O filho desse senhor, falou o cantor/contador da lenda, era fruto de uma união com uma moça fina da cidade, que morreu no parto, e muito querido e estimado pelo pai; e ele, de desgosto, não casou mais, entregando para esse filho, tudo o que tinha.

- Mas vou dizendo: era meio que sem vergonha e de pouca vontade na lida com os animais; escolheu um negrinho esperto, em uma noite na senzala, embaixo do casarão, para tomar conta da tropa. 

O contador sorveu uma talagada de chimarrão, cortou um naco de carne do espeto, mandou que trouxesse um copo de pinga, daquelas fabricadas no pé da serra, e virou tudo de uma única vez; o líquido desceu goela abaixo, arrancando um suspiro e um forte urro, despertando os sonolentos no fundo da rua.

Nessa empolgação, colocou mais lenha na fogueira, para aquecer os ouvintes, sentados em mesas próximas ao seu palco iluminado. Contava que o patrão do negrinho, certa vez, comprou uma tropa de cavalos tordilhos, tendo como líder, um belo cavalo baio, que foi entregue ao negrinho para pastorear.

E o filho do fazendeiro, como sempre, para judiar do negrinho, espantava a manada, para ver o pai ralhar com o menino.

No prosseguimento de sua narrativa, contou que um dia o negrinho voltou para o casarão, sem a tropa. O velho senhor já com cabelos brancos, barba comprida e com um chapéu que lhe cobria a fronte, deu um berro da varanda, pedindo explicações por que estava voltando sozinho.

- É patrão, o seu filho espantou novamente os tordilhos, e o baio não conseguiu arrebanhá-los e sumiram pelas coxilhas.

- Seu desgraçado, insuportável de uma figa, venha cá que vou lhe surrar de chicote.

- Ah. Patrão eu não tenho culpa, foi o seu filho que espantou os animais.

- Vou lhe dar um castigo; hoje à noite vamos às coxilhas (campina com pequenas elevações arredondadas) e, se não acharmos os cavalos, você vai ver uma coisa, o chicote vai comer solto no seu lombo, negrinho dos infernos.

Lá nas coxilhas nada foi visto. Então o senhor, cheio de rancor, tirou as vestes do negrinho e o colocou sentado sobre um formigueiro e lascou o chicote, deixando-o todo ensanguentado para ser comido pelos insetos.

Três dias se passaram e o senhor acabou encontrando o negrinho perfeitamente são, por obra e graça de Nossa Senhora, que era a sua protetora. Estava em pé ao lado do formigueiro, tendo ali próximo a tropa desaparecida e o cavalo baio que lhe servia de montaria.

Nasceu, então, essa lenda com o nome de Negrinho do Pastoreio, que se tornou o protetor dos animais e das pessoas perdidas. Sempre que alguém perde alguma coisa no campo, pede-lhe ajuda, acendendo um toco de vela à noite em um local escuro.

De repente, naquele palco iluminado, as luzes se apagaram, o que teria acontecido? Coloquei a mão no bolso e percebi que me faltava a carteira. Rapidamente, solicitei uma vela ao garçom e a acendi, pedindo que eu a encontrasse. Nesse momento, meu pé sentiu algo embaixo da mesa: era a carteira! Seria um milagre? Lógico que não, foi pura coincidência.

Com as luzes ainda apagadas, ouviu-se então um tropel de cavalo, o som vinha em nossa direção e pudemos ver o negrinho montado no cavalo baio. Das patas do animal, no local escuro, saiam faíscas de suas ferraduras no asfalto da rua encantada, momento em que as luzes foram acesas.

No lombo do baio, o negrinho falou comigo:

- Pois é, senhor, encontrou a sua carteira, não é mesmo? Eu ouvi o seu pedido e vim aqui mostrar a minha força mental, para que o povo dessa terra continue acreditando nessa lenda.

Vou sempre ajudar as pessoas que perdem alguma coisa.

- Obrigado, mas de onde você surgiu? Quem é você?

- Faço parte do grupo de teatro que se apresentou lá onde vocês assistiram à peça teatral.

- Boa noite a todos disse o artista, continuem visitando nossa cidade e os encantos de nossa serra gaúcha. E retirou-se num galope aturdido e emocionante, saudando a todos os presentes naquele reduto de emoções, proporcionando, tenho certeza, uma bela noite de cultura, tendo como pano de fundo as lendas de nossa terra.

Foi servido, então, um belo churrasco para encerrar aquela noite maravilhosa; enfiei a mão no bolso e senti que minha carteira estava lá pronta para pagar a conta.

Foi quando acordei de um sonho... Tudo foi fruto de minha fértil imaginação. No criado-mudo, da cama do hotel, estava, ao meu lado, um prospecto de uma empresa de turismo, informando que à noite haveria uma peça teatral e depois todos iriam para a ‘rua coberta’ dar um passeio e tomar um chocolate quente, típico do local.


A nossa cultura é muito rica, os nomes podem variar em algumas regiões, mas as “estórias” e aparições nunca são esquecidas. Temos um grande repertório ligados à natureza, envolvendo pessoas, animais, rios e estrelas. As crendices populares são um tesouro cultural que não podemos deixar que desapareçam. Tudo isso, deveria ser cultuado nas escolas, pois as crianças teriam o que contar para os seus descendentes, não deixando morrer essas lendas maravilhosas.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O CAMINHO DA CRUZ

O
CAMINHO DA CRUZ









Tudo estava quieto... Naquele momento, pressentia-se que alguma coisa pudesse acontecer a qualquer instante; o ranger da porta enferrujada foi ouvido, o interruptor da luz foi acionado, um clarão esparramou-se sobre aquele cubículo fedorento; enxergou-se um piso branco e encardido, o frio gelado penetrou nos pés daquela criatura que voltava ao local e, por ironia do destino, lembrar-se do seu passado.

Ele estava incrédulo e tinha a sensação de que ainda continuava ali, encarcerado. Suas lembranças, um pouco recalcitrantes, penetraram em sua mente com um fulgor de emoções. Não conteve as lágrimas que rolaram na face e caíram naquele piso horripilante, onde as marcas deixadas eram de um destino que, em um momento de fraqueza, também estiveram em sua vida.

Retirou do seu bolso o amigo rosário, e, a cada conta que rolava entre seus dedos, lembrava-se dos antigos companheiros que habitaram aquele corredor onde vegetou como um animal, muitas vezes, em estado de cio, outras em forma de uma flor, pois a justiça o condenara a viver naquele antro de perdição.

Através das orações, a cura de seus males foi calando em sua alma e seu corpo; pediu muito perdão naqueles dias e, agora, ainda mais, principalmente pelas vidas que deixaram de existir pela estupidez de sua mente doentia. Ao abrir aquela porta, lembrou-se do capelão que veio lhe oferecer a extrema-unção momentos antes de entrar na câmara de gás, cujos procedimentos foram suspensos, por motivos que não soube ao certo.

Percebeu, naquele momento, que sua vida ainda tinha um sentido; veio, então, o desejo de tornar-se um pastor, porque a figura do religioso que ouviu sua confissão ainda repercutia. Saiu do corredor da morte com esse firme propósito: buscar a salvação de almas.
Apanhou a bíblia que tinha deixado nas mãos do capelão e que foi sua companheira durante muitos anos, enquanto aguardava a sentença de morte.

Quis o destino que, depois de muito tempo, aquele prédio teria que ser demolido. Uma implosão iria acontecer; ele foi lembrado pelo capelão do presídio por ter se transformado em um religioso e, para ele, acionar o mecanismo que colocaria abaixo aquele pardieiro, seria um presente para se livrar do passado.

Em suas preces, antes do ato final, imaginou que ali poderia ser construída uma igreja, marcando sua trajetória como um pastor de almas.


Assim, podemos enxergar com exatidão como os personagens e as situações podem ser transformadas para o bem, no convívio de Jesus, eterno pescador de almas, não importando as origens. 

terça-feira, 8 de agosto de 2017

OS SAPATOS DO VALDEMAR



SE VOCÊ GOSTA DE CONTOS, ESSE É UM DAQUELES DE FICAR IMPRESSIONADO COM O FINAL.

EM MINHA PÁGINA DE CONTOS, AQUI NO SITE, PODERÁ VER OUTROS DO GÊNERO.
 BOA LEITURA.

Valdemar era um paulistano da gema, uma pessoa muito educada e bem vivida, se trajava muito bem, mantinha sempre a barba e cabelos aparados e unhas cortadas, calçados engraxados e lustrosos. Nas suas viagens como caixeiro-viajante, antes de visitar um cliente, utilizava uma loção, mantendo sempre a postura de uma pessoa bem asseada. Muito gentil, utilizava um vocabulário impecável, devido ao seu bom grau de escolaridade.

Sabia, como ninguém, demonstrar os produtos que representava, colocando argumentos convincentes, resultantes em um belo pedido para a empresa em que trabalhava. Tinha uma ótima clientela espalhada pelo interior do Estado e uma boa parte do sul de Minas Gerais.

Em uma segunda-feira, pela manhã, quando se dirigia para o escritório da empresa, disse para a esposa, que sempre o ouvia com um sorriso nos lábios:

- Olha, hoje à noite, tenho que viajar para o sul de Minas, para fazer toda aquela região e volto na quinta-feira; prepare, então, um bom jantar, que vou sentir falta de sua comidinha gostosa.
Lá pelas vinte horas chegou apressado, querendo jantar, pois logo mais tinha um jogo de futebol do seu amado Corinthians, que seria transmitido pela televisão; e não queria perder, porque o Ronaldão Fenômeno estaria presente.  

Terminou o jantar, beijou Alzira e começou arrumar a mala de viagem; nesse momento, lembrou-se do jogo, ligou a TV que ficava em sua bela sala, toda cercada de cortinas, e a tela abriu com o timão entrando em campo. Foi uma alegria quando ouviu o repórter entrevistando o Ronaldão, que prometeu marcar dois gols.

Deu um sorriso e falou para Alzira:

- Quero ver se ele vai fazer mesmo, está muito mascarado!

Enquanto o jogo se desenrolava, nos momentos de marasmo, corria para o quarto, apanhava as roupas e ia colocando na mala que já estava na sala, para não perder as jogadas. No momento em que estava no quarto, Ronaldão marcou um gol, ele veio correndo para a sala e soltou um palavrão:

- M... Perdi o gol! Será que vão repetir a jogada?

Na repetição, se deleitou com o gol e falou para Alzira.

- Não é que o gordo está cumprindo com a palavra! Só falta mais um.

Num daqueles momentos de monotonia do jogo, pensou: “vou buscar o meu par de sapatos sobressalentes”.

Abriu a sapateira e apanhou um par, quando ouviu a voz do locutor se encher de emoção, porque Ronaldão fez mais um. Veio correndo para a sala, com o par de sapatos na mão e ficou pulando na sala que nem um moleque. Abraçou Alzira, deu uma tapa na bunda e disse:

-Sempre que faço isso dá sorte! Êta bunda boa!

Foi então colocar os sapatos na mala; começou a embrulhá-los com um pano, para não sujar a roupa e percebeu que estavam sujos. Pensou em ir trocá-los, mas, naquele momento, o jogo estava bom e ficou com aquele par na mão. Pensou então: “Vou deixá-los aqui perto da cortina; pego outro e depois eu limpo esse aqui e deixo na sapateira”. Só que o jogo estava emocionante... Ele colocou na mala o calçado limpo, esquecendo-se de guardar aquele sujo, que ficou junto à parede com a biqueira voltada para a sala, e a cortina sobre o mesmo.

Valdemar exclamou:

- Vou embora, me dá aqui um beijo, vou assistir o restante do jogo no rádio do carro; o Ronaldão já fez dois e, agora, é só alegria.
Foi embora para chegar logo pela manhã no local de destino.

Alzira, que já estava meio sonolenta, foi deitar em seu quarto, sem desligar a televisão. Acordou no meio da noite e ouviu vozes... O que seria? Será algum ladrão? E foi, na ponta dos pés, para a sala de onde vinham as vozes. Então pensou: “Aquele maluco foi embora e não desligou a televisão”. Foi mais perto para desligar, quando viu, debaixo da cortina, aqueles calçados esquecidos por Valdemar. Pensou rapidamente: “É um ladrão, e está escondido atrás da cortina; e se ele avançar para cima de mim? É melhor chamar a policia”. 

Ligou para o 190 e pediu urgência, fornecendo o endereço e tudo o mais. Depois de uns quinze minutos, bateram à porta. Foi correndo abrir e deu de cara com um homem corpulento que logo se identificou como o sargento Nepomuceno.

- Pois não, minha senhora, o bandido está ainda aí?

- É, eu desliguei a TV e vi aqueles sapatos que ainda estão lá embaixo da cortina; vá logo para prender o ladrão.

Nepomuceno sacou de seu revólver trinta e oito e foi em direção à cortina na ponta dos pés; removeu-a com um golpe rapidíssimo e... o que estava lá atrás? Ninguém! Foi tudo uma ilusão de ótica da sonolenta e medrosa Alzira.

Ela parou de tremer, ficou calma e começou a agradecer ao sargento que não “tirava” os olhos de seu corpo, uma vez que estava com roupas íntimas e nem tinha se percebido. Começou uma conversa mole do sargento ‘blábláblá’, pedindo um copo de água, que ela foi buscar; e ele viu aquele corpo bonito, coberto apenas por uma roupa transparente, deixando ver todo o contorno de uma pequena calcinha branca, contrastando com o pano preto da capa rendada.

Alzira percebeu, então, a burrada que tinha feito em atender a um estranho com aqueles trajes. Quando voltou, o sargento perguntou se tinha café e estava prolongando a conversa que ela não respondia, transformando-se em um monólogo.

Ela agradeceu e pediu que se retirasse, porque já era tarde e estava com sono. Voltou para a cama e dormiu profundamente até à tarde do dia seguinte. Passado mais um dia, escutou batidas na porta da sala. Ficou temerosa e olhou para o corpo, para ver se estava trajada decentemente e perguntou:

- Quem é?

Do outro lado respondeu:

- É o sargento Nepomuceno; vim trazer os sapatos de seu marido, posso entrar?

Ela, então, percebeu que ele tinha levado os sapatos naquela noite, com o objetivo de retornar, para ver se conseguia algum sucesso em conquistá-la.

Foi quando Alzira falou:

- Pode deixar aí fora que, depois, eu pego.

- Mas eu limpei e engraxei os sapatos, estão brilhando; abra a porta e a senhora vai ver que beleza que ficou.

Apavorada, foi ao telefone, ligou para a Delegacia e denunciou o sargentão conquistador. Quando voltou para falar com ele, percebeu que não havia resposta. Virou a chave e abriu a porta, com cuidado, percebendo que os sapatos estavam na soleira.

CAMINHOS PERCORRIDOS PARA CHEGAR ATÉ O MEU PRIMEIRO LIVRO


ANTOLOGIA LITERÁRIA
Há um tempo, lá pelos idos de 2010, participei de minha primeira Antologia  Literária, cujo título foi editado como “Cidade” 

Não se trata de um livro individual, como eu gostaria, mas estou ali como um escritor neófito e na companhia de vários outros já consagrados.

A inserção de textos em uma antologia não é uma tarefa fácil; os caminhos são abertos, se você está circulando com alguma frequência no meio literário, visitando feiras de livros, participando de encontros de poetas, onde, então, temos a oportunidade de conhecer escritores, editores e divulgadores; e ainda, esteja com trabalhos em evidência, seja em revistas, jornais ou nos sites especializados.

Desta forma, fiz o meu “debut” no mundo literário, que, tendo seguimento no sábado, dia 09 de Outubro de 2010, estive presente no II Encontro de Poetas, de várias partes do Brasil, em Salto - SP, para o lançamento do livro, do qual participo; e os autografamos, em um Sarau ao ar livre, na Praça do Memorial do Tietê.

Depois, em dezembro, recebi agendinhas de bolso, para o ano 2011, editada pela Antologia Cidade Word Press, onde anunciava meu trabalho no rodapé das páginas (quintas e sextas-feiras).

Em março de 2011, estive em Florianópolis para participar do lançamento de um livro de que faço parte, com quatro contos, em noite de autógrafos; livro editado pelo Grupo de Escritores Lagunenses Carrossel das Letras. 

Em abril de 2011 iniciei os preparativos para escrever meu primeiro livro solo 'VOZES NO SILÊNCIO DA NOITE, lançado em fevereiro de 2012 e assim, sucessivamente.

Recorro agora, ao livro citado, para rever uma frase que coloquei no final, sinalizando como foi difícil essa jornada.

JOGO DE LUZES
Quando terminei os preparativos para a edição desse livro, fiquei pensativo:
A gente poderia nascer sabendo...
Quantos esforços inúteis e erros de interpretação, que começam muitas vezes com a luz de uma lamparina e terminam, melancolicamente, sob a luz de quatro velas de cera.  

LAMPEJOS NOTURNOS


LAMPEJOS NOTURNOS 



São momentos... E mais momentos...
Que passeiam pelo pensamento, 
Lembrando algo acontecido,
Gravados no fundo da alma
Que jamais serão esquecidos.

Donzela da noite...
Na vida de um mancebo

Amedrontado...
Não tem pai para lhe ensinar essas coisas...
Amargurado... Refúgio no peito da mãe...

Fala do seu estranho sentimento
Com palavras inadequadas,
Aprendidas nos cantos da vida
Palavras... Palavras... Palavras... Obscenas...
Sentiu a ausência paterna.

O conselho tem um jeito estranho,
A paixão se embrutece.
Duas mulheres em sua vida:
Dama da noite, com beijo noturno.
Mãe carinhosa, com abraço afetuoso.

aa) Antonio Toninho Vendramini Neto

terça-feira, 1 de agosto de 2017

VINHO NÉCTAR DOS DEUSES


Venha para minha página e se delicie com muitas informações sobre o vinho.

TIPOS DE VINHOS
Branco, Rosé, Tinto, Champagne ou outro Espumante, todo e qualquer vinho combina com petisco, ora no verão ora no inverno.
Os brancos, frescos e ligeiros, nos quais a acidez predomina sobre a maciez combina muito bem com petiscos de verão e saladinhas leves. Bruschetas com shitake, queijo brie e presunto de parma, harmonizam plenamente com um Sauvignon Blanc ou um Viognier.
Se optar por petiscos mais elaborados vá de branco amadurecido em madeira, mas com pouco tempo em barricas ou um aromático, como um belo Torrontés ou um Chardonnay com madeira.
Agora os rosés, são encantadores já ao primeiro olhar, nuances de coral e rosa dão um toque sedutor. Os aromas são frescos e leves e harmonizam com petiscos de frutos do mar, tanto no verão como no inverno, os acompanhamentos é que mudam. Por exemplo uma focaccia recheada com frutos do mar ou pastéis de camarão fica muito bem com rosé até no inverno, já no verão,  você pode beber em frente a praia, com beliscos a base queijos macios, frios em laminas, pãezinhos e torradas……. a vontade.
Os tintos formam um casamento prazeroso com a chegada da estação mais aconchegante do ano. Pode parecer estranho beber vinho tinto para petiscar,mas não é nada disso. O vinho tinto leve e fresco pode ser bebido a qualquer hora, antes do jantar, para o esquenta antes da balada, um até  convidar os amigos só para uma refeição de petiscos mais encorpados. Um bom Beaujolais Nouveau , fresco e levemente ácido,  um Tempranillo Crianza, um  Chianti, são perfeitos com bruschetas elaboradas ou pastéis de carne e tábua de frios. Vinhos muito encorpados como Malbec, Cabernet Sauvignon sinceramente não combinam com petiscos.
Como diz o famoso enólogo/chef italiano Luigi Veronelli : “ todas as qualidades de um vinho vão complementar o prazer de comer”


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OS MESTRES DA SABEDORIA E COMPAIXÃO

Mahatma Gandhi foi um reconhecido ativista indiano que lutou durante as décadas de 1920 a 1940 pelo fim do regime colonial inglês e pela ind...