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sexta-feira, 10 de junho de 2016

ACALANTO


quinta-feira, 9 de junho de 2016

FANTASMAS DA ABADIA


sábado, 4 de junho de 2016

O ESCRITOR




Em uma ocasião, dentro de um programa criado especialmente para que os alunos das Escolas tivessem oportunidade de conversarem com os ESCRITORES, fui a uma sala de aula, a convite de um estabelecimento de ensino.

Durante a explanação sobre um dos contos do meu livro VOZES NO SILÊNCIO DA NOITE, solicitava, aleatoriamente, para um dos alunos ler um trecho e interpretar o conteúdo. 


Em um dado momento, um deles me perguntou: Como se tornou um escritor?

A pergunta me deu a oportunidade de oferecer uma resposta, que, até a mim mesmo, me surpreendeu, pois me percebi realizado com minha vocação de escritor.

Em síntese, foi uma conversa em que dei tudo de mim, tentando ajudar os alunos a desenvolver a capacidade de entender a criatividade do escritor, utilizando a imaginação fértil em um romance, e, em outros momentos, em um conto, às vezes, até por uma situação pessoal.

Todos os relatos foram para mim e os ouvintes uma experiência apaixonante. E pude concluir dizendo ter-me transformado em um escritor, com alguns livros publicados.

A bem da verdade, nascemos com o dom de escrever. A pessoa pode ser um morador de rua ou até mesmo um empresário. A consolidação vem com muita leitura, esforço mental e até físico, no desenvolvimento da montagem da história e, depois, no arcabouço na confecção de um livro.

A vida mostra que existem talentos nos mais diversos seguimentos da sociedade e que poderiam ser aproveitados. Isso, então, é um convite a pensar que, para escrever, não existem barreiras sociais ou econômicas. 


O que importa é deixar que o medo com o desconhecido não o atrapalhe ao expor suas ideias; o detalhe de cada texto, cena, e a criação de um ou vários personagens, leva a criar situações fictícias, em sua grande maioria, no mundo que o cerca. O escritor, na verdade, é um grande inventor.

Infelizmente, hoje em dia, já não existe tanto interesse pela leitura. Tal condição faz com que se destaquem os contos, minicontos e micro-contos, nascendo assim o livro ‘antologia’, realizado em parcerias, publicando apenas um pequeno conto ou um poema. A palavra é de origem grega e tem como tradução, “coleção de flores”, que são trabalhos literários agrupados por temática, usada para categorizar coleções de histórias e romances curtos, agrupados em um único volume para publicação.  

Mas, acima de tudo, vale a pena registar a origem da escrita, este processo simbólico que possibilitou ao homem expandir suas inspirações para muito além do seu próprio tempo e espaço, criando mensagens que se manteriam inalteradas por séculos e que poderiam ser proferidas a quilômetros de distância. Acredita-se que tenha se originado a partir de um simples desenho de duas pernas que poderia representar o conceito de andar ou ficar em pé, terminando por evoluir em símbolos como os hieróglifos egípcios por exemplo.

Dentro desse contexto, coloco aqui uma das minhas criações poéticas que participaram de várias antologias.



LA PERRA GORDA


Aproximou-se, de forma suave, na varanda.
Veio ao meu encontro com passos lentos.

Cansada, sentou-se ao meu lado.
Seduziu-me com um olhar!

Acompanhei o seu caminhar!
Notei que o seu corpo estava diferente.

Caminhou para sua casinha!
Embaixo da janela da cozinha.

La dentro continha...
Três perritos!!!
Negrito, Pedrito e Marquito.



Agradeço as oportunidades que nos são dadas diariamente para evoluir.
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A LEMBRANÇA DE UM AMIGO




U
m dia desses, remexendo os meus guardados, deparei-me com um livro de poesias; olhando o autor, veio à mente a figura de um moço, como era na época; hoje, não sei por onde trilha o seu caminho.

Seu currículo era impressionante.
No mundo literário, era comentarista da Radio/TV-Bandeirantes, onde tinha um programa semanal, no qual analisava os lançamentos dos livros de escritores iniciantes e, em especial, os renomados.

Na área política, desenvolvia assessoria no Palácio dos Bandeirantes, ao governo da época; aí se destacou de tal forma, que veio a ser contratado para coordenar a campanha política do então Vice- Presidente de um Grupo Empresarial, no qual eu trabalhava na área de Recursos Humanos. No momento em que nos conhecemos pessoalmente, já tinha recebido, como meta, ajudá-lo a desenvolver a coordenação da campanha em todo o Estado de São Paulo.

 Abrindo a contracapa, emocionei-me ao ver sua letra estampada na pagina branca, já meio amarelada, dirigindo uma dedicatória a mim e a minha esposa:

“À Dijanira para que junto com a sensibilidade do meu amigo Vendramini, possa caminhar pela estrada da minha poesia.”

Afonso Celso Calicchio
08 de Outubro de 1982.

Sempre gostei de poesias, tanto que, quando jovem, fazia e encantava as pessoas; e foi assim que conheci minha esposa e nos enamoramos e seguimos nossa vida até os dias de hoje.

Para homenageá-la, ameacei fazer uma pequena poesia, mas vi que estou meio destreinado; no momento, a minha verve está dirigida para a elaboração de crônicas e livros. Mas não faltará oportunidade, agora que estou nesse caminho...

Assim sendo, recorro ao livro do amigo Calicchio que tenho nas mãos.
Folheando as páginas, encontrei uma linda trajetória de incríveis palavras que transcrevo abaixo:


O ECO DO TEU GRITO

Alguém gritou no silêncio o meu nome, e o desespero fecundou o ventre da terra, violento, assustando os animais que dormiam a trégua dos homens, secando o leite no seio das mulheres, despertando o pranto na boca das crianças.

Alguém gritou no silêncio o meu nome, e a desesperança varreu o futuro dos encontros, agredindo o vento e profanando a verdade dos mortos, nos desertos, nos campos, nas cidades.

Ah! O desperdício do brado e do remorso, a escuridão estilhaçando o negro em mil caminhos num transbordamento de crepúsculos adormecidos em leitos sem amor e sem perdão.

Alguém gritou no silêncio o meu nome, e o arrependimento vagou pelas estradas e pelo tempo acreditando em todas as dúvidas, agigantando qualquer esperança de luz, de ruído, de sombra, de acaso.

Muito mais perdida que a aflição da verdade, perde-se a crença na indagação do talvez, do grito que verga o caule frágil dos pinheiros, levantando a poeira sem passadas, explode na vida em céu aberto, arrancando das nuvens o êxtase da luz.

A chuva desaba implacável, sobre a paisagem e, repentinamente, o gotejar das folhas nos caminhos, o silêncio dos pássaros em seus ninhos, o perfume do mato e da terra molhada, o rescender na profusão dos atalhos e na pequenez dos caminhos, traz a plenitude da paz, da calma e da harmonia.

Quando o silêncio retorna em madrugadas, o ruído exausto de teus passos levemente atemoriza.

Está toda molhada de angústias, exausta.
Teu grito adormeceu nos braços do infinito.
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Meu caro Calicchio:

Onde você estiver, receba o meu abraço de paz, harmonia e muita saúde.
  

Antonio Vendramini Neto
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