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segunda-feira, 7 de julho de 2025

SAN CARLOS DE BARILOCHE E SABORES DA PATAGÔNIA



Chegamos com neve no areroporto

Viajar é sempre especial, mas quando se compartilha cada momento com pessoas queridas, tudo ganha um brilho diferente. Nesta publicação, convido você a embarcar comigo e com meus parentes em uma jornada inesquecível pelas paisagens nevadas de Bariloche — com direito a aventuras, sabores, histórias culturais e, claro, muitas risadas em família.

Bariloche Encantada: Neve, Cultura e Chocolate Quente com Meu Clã na Patagônia

Reencontrar Bariloche foi como revisitar uma lembrança querida — mas desta vez, com neve nos acolhendo já no aeroporto. E o melhor: compartilhamos essa experiência com um grupo animado de parentes, unidos por uma viagem que se transformou em puro encantamento.

A cidade argentina, na província de Rio Negro, junto à Cordilheira dos Andes, é cercada por beleza natural e hospitalidade calorosa. Chegamos em um voo fretado por uma operadora de turismo, e junto a outros brasileiros, fomos recebidos por música brasileira e um discurso bem-humorado do representante do prefeito. O clima era de festa — e de família.

 Neve, guias e o famoso chocolate com conhaque

O frio intenso clamava por chocolate quente com conhaque, bebida tradicional que aguardamos para saborear nas famosas casas especializadas do centro da cidade. Nosso guia, apresentado com entusiasmo pela coordenadora, nos acompanharia ao longo de passeios cheios de descobertas e boas histórias.

Nos hospedamos às margens do lago Nahuel Huapi, cuja vista incrível foi palco de noites especiais com vinho local e conversa com a nossa turma. O nome do lago vem da língua Mapuche e significa “o pulo do tigre” — poético e perfeito para uma paisagem tão marcante.

 Montanhas e os tombos que viraram piada de família

Com os cerros Tronador, Catedral e López cercando a cidade, era impossível não tentar se aventurar. Eu e meu cunhado, sempre prontos para uma nova experiência, escorregamos no gelo endurecido e acabamos com dores nas costelas. Tudo resolvido com a assistência impecável oferecida pela agência de turismo — e com muitas piadas depois no almoço em família.

 Sabores da Patagônia e aromas inesquecíveis

Entre risadas e brindes, saboreamos pratos típicos e carnes exóticas como cervo e javali, acompanhados de muito vinho branco e o carisma dos argentinos. Visitamos também uma fábrica de cosméticos feita com rosa mosqueta e alfazema — e ganhamos um chá aromático que aqueceu tanto quanto os momentos compartilhados.

 Cães São Bernardo, tradições e “Brasiloche”

Os cães São Bernardo roubaram a cena (e algumas fotos no álbum da família). E como havia tantos brasileiros, a cidade foi carinhosamente apelidada por nós de “Brasiloche” — nome que encontramos até na fachada de um restaurante!

 Final perfeito, à moda da casa: chocolate com conhaque e risadas

À noite, todos encapotados, saímos em busca da chocolataria dos nossos sonhos. Brindamos com canecas fumegantes de chocolate com conhaque, celebrando não só a cidade encantadora, mas os laços que tornam qualquer paisagem ainda mais especial.

 Viajar é maravilhoso — mas viajar com parentes é criar memórias que se tornam eternas. Que venham outras Brasiloches pela vida!

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segunda-feira, 16 de junho de 2025

A LENDA DO NEGRINHO DO PASTOREIO


SOU GAÚCHO LÁ DOS CONFINS DA FRONTEIRA


As lendas do nosso Brasil são inúmeras e fascinantes, especialmente nas regiões mais afastadas do burburinho das grandes cidades. Vagueiam pelos rincões e pelas matas, onde vivem na voz dos contadores, que com imaginação fértil transportam mentes por céus, terras e mares, perpetuando saberes através da crendice popular.

Em uma viagem de férias ao Sul do Brasil, mais precisamente à charmosa cidade de Gramado, na Serra Gaúcha, vivi uma dessas experiências que parecem saídas de um livro — ou de um sonho. Naquela noite gelada, saímos de um concerto musical e, para aquecer a alma, decidimos tomar um chocolate quente. Fomos orientados por um local a caminhar até a famosa “Rua Coberta”.

Seguimos a pé. Logo percebemos a estrutura característica: telhas em arco formando uma cobertura sob a qual turistas se aconchegam em bistrôs e bares, embalados por apresentações culturais. Um grupo de jovens, trajando os trajes típicos da região, animava o ambiente com canções folclóricas. Ao lado, uma fogueira ardia lentamente, cercada por espetos com carnes suculentas — aroma inconfundível da paixão gaúcha pelo churrasco e pelo chimarrão.

Em um momento especial, o cantor — alegre e altivo, com botas altas e um cajado que mais parecia um bastão mágico — executou um sapateado vibrante sobre o tablado de madeira. Aplausos ressoaram. Depois, com sotaque carregado de chão e história, anunciou a próxima canção: “O Negrinho do Pastoreio”, uma lenda do sul que, segundo ele, jamais deveria ser esquecida.

A plateia, encantada, pediu que ele contasse mais. Com um brilho nos olhos, ele começou:

“Sou gaúcho lá dos confins da fronteira, terra de bugre bravo e de lenda forte…”

E contou. Contou que no tempo da escravidão, um senhor poderoso possuía uma tropa de cavalos que era seu orgulho e sustento. Seu filho — mimado, preguiçoso e cruel — não herdara o gosto pelo trabalho, mas herdara o capricho de judiar do mais fraco. E foi assim que o Negrinho do Pastoreio, esperto menino cativo, recebeu a ingrata tarefa de cuidar da tropa, liderada por um belo cavalo baio.

Certa vez, o filho do fazendeiro espantou os animais de propósito. O menino não conseguiu recuperá-los. Acusado e injustamente punido, foi levado às coxilhas à noite e, ao não reencontrar a tropa, foi brutalmente chicoteado e deixado nu sobre um formigueiro.

Três dias depois, o fazendeiro retornou e, para seu assombro, encontrou o menino ileso ao lado dos cavalos, protegido por Nossa Senhora. Nascia ali a lenda do Negrinho do Pastoreio — guardião dos animais e das coisas perdidas.

Naquele instante, a rua escureceu. As luzes apagaram-se. Levei a mão ao bolso e percebi a falta da minha carteira. Pedi uma vela ao garçom e a acendi, como manda a tradição. Senti então algo sob meu pé: a carteira! Teria sido milagre? Coincidência?

Foi quando um tropel de cavalo ecoou pela rua. Vimos surgir da escuridão o Negrinho montado em seu cavalo baio. As ferraduras faiscavam no asfalto. Ele parou diante de mim e disse:

“Pois é, senhor... encontrou sua carteira, né? Ouvi seu pedido. Vim mostrar minha força — para que continuem acreditando na lenda.”

“Obrigado”, respondi. “Mas... quem é você?”

“Faço parte do grupo de teatro que se apresentou na peça que vocês assistiram.”

E, montado em seu baio encantado, galopou rua afora, saudando os presentes e deixando para trás um rastro de emoção.

O churrasco foi servido. Peguei minha carteira — que estava no bolso, pronta para pagar a conta. Foi então que acordei.

Estava no hotel. Ao meu lado, sobre o criado-mudo, repousava um prospecto turístico: naquela noite, haveria uma peça teatral sobre lendas gaúchas, com passeio à Rua Coberta e chocolate quente.

Nossa cultura é feita desses mistérios. Os nomes variam, os sotaques mudam, mas as histórias sobrevivem, encantam e ensinam. São um tesouro que deve ser cultivado nas escolas, passado adiante — de geração em geração — para que não se percam no tempo.

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Como todo escritor, busco aperfeiçoar cada linha, cada texto, cada narrativa para que a experiência de leitura seja envolvente e marcante.

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