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sábado, 11 de outubro de 2025

ESTRANGEIROS FUGINDO DO FRIO EUROPEU





 Dubrovnik: Uma Escala Inesquecível no Adriático




Durante uma travessia transatlântica que partia de Veneza rumo ao Brasil, o navio fez uma parada inesperadamente encantadora: Dubrovnik, a joia da costa croata. Conhecida como “a pérola do Adriático”, essa cidade muralhada nos presenteou com história, beleza e situações tão curiosas quanto divertidas. E foi ali, entre monumentos e mal-entendidos linguísticos, que vivemos uma das experiências mais memoráveis da viagem.

O desembarque começou com um procedimento alfandegário incomum — passaportes em mãos, nos separamos do grupo principal, formado em sua maioria por brasileiros, e partimos para explorar a cidade por conta própria.

Logo nos vimos caminhando por ruas estreitas e avenidas floridas, até chegarmos a uma praça ornamentada com flores e monumentos. Um deles nos chamou atenção: uma homenagem aos heróis locais que perderam suas vidas na guerra de independência da antiga Iugoslávia, em 1991.

Enquanto admirávamos o monumento, um casal de estrangeiros se aproximou. A conversa começou tímida, impulsionada pelas sacolas com a logomarca do navio que carregávamos. Com esforço, eles nos contaram que estavam indo para o Brasil, fugindo do rigoroso inverno europeu. O destino final era uma comunidade em Mato Grosso, onde passariam toda a estação quente antes de retornar à Europa para o verão de lá. Era uma rotina anual, motivada pela idade e pela busca por climas mais amenos.

A conversa seguia entre tropeços linguísticos e boas risadas, até que o senhor tentou nos perguntar o nome das “folhas coloridas” que enfeitavam o monumento. Sem saber como dizer “flores” em português, ele balbuciava:

— Como chama esses... folhas colorridas? Como mesma?

Nesse momento, um grupo de brasileiros que também estava no navio se aproximou e, percebendo a dificuldade do estrangeiro, resolveu fazer uma brincadeira de gosto duvidoso. Um deles cochichou para o outro:

— Vamos tirar um sarro desse gringo...

E em voz alta disse:

— É bosta!

O senhor, sem entender o duplo sentido, agradeceu e compartilhou uma história curiosa: quando sua irmã foi operada, ele quis levar um presente ao hospital. E contou, com seu português improvisado:

— Eu cheguei perto da hostitale e comprou um vaso cheio de bosta, para levar parra meu irmon. Chegando na putarria da hospitale, eu falou para a mocinha de recepçon: “Gosta de bosta? Fica com um, está muito cheirroso.”

A gargalhada foi geral. O estrangeiro, percebendo que algo estava errado, lançou um olhar desconfiado ao brincalhão e quase partiu para o confronto. A tensão se dissipou e cada um seguiu seu caminho, ainda rindo do episódio.

De volta ao porto, enfrentamos outro desafio: o pelotão de fotógrafas italianas que aguardavam os passageiros nas escadarias. Mesmo sem intenção de comprar fotos, éramos alvos constantes de cliques e poses. Já cansados, recusávamos com bom humor, dizendo que todas as fotos dos cruzeiros acabavam iguais.

Uma delas, mais insistente, tentou nos convencer:
— Vieni qui, si otterrà un quadro di questo!
E, esforçando-se no português, pediu:
— Faz um sorrisada per foto!
Com 854 brasileiros a bordo, a fotógrafa não entendia por que todos riam tanto. Mas a espontaneidade do momento era irresistível.


 Gran Finale: Risos, Memórias e Marés

Assim terminou mais uma aventura em terra firme. Entre monumentos, mal-entendidos e boas risadas, Dubrovnik nos presenteou com uma história que jamais esqueceremos. E enquanto caminhávamos pelos corredores do navio, tentando evitar reencontros com os gaiatos, os estrangeiros e as fotógrafas, sabíamos que aquela escala tinha deixado marcas — não só nas fotos, mas na memória.
Porque viajar é isso: colecionar momentos que, mesmo improváveis, se tornam inesquecíveis.

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 Toninho Vendramini

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terça-feira, 26 de agosto de 2025

A BROMÉLIA DO JARDIM


DEPOIS DE MUITO OBSERVAR, ENCONTREI SUA MORADA


Embora não seja a estação das flores, hoje, no jardim, deparei-me com um resplandecente exemplar de bromélia, exibindo uma beleza arrebatadora. Para mim, parecia um milagre, pois essa espécie desafiava o ciclo comum da natureza ao florescer fora de época.

Curioso, fui pesquisar e descobri que a bromélia floresce apenas uma vez na vida. Após esse espetáculo, inicia-se um novo ciclo: a planta, em um gesto de continuidade, gera brotos laterais que tomam seu lugar.

O tempo para atingir a maturidade e florescer varia conforme a espécie e as condições ambientais. A floração segue um padrão sazonal, mas pode ser afetada por fatores como luminosidade e temperatura. Curiosamente, uma brusca mudança no ambiente pode acelerar o processo, levando uma planta adulta a florescer inesperadamente.

Isso acontece porque, ao sentir-se ameaçada, a bromélia ativa seu instinto de preservação e desencadeia a floração, garantindo sementes e brotos para perpetuar sua existência. Algumas espécies produzem inflorescências exuberantes e duradouras, persistindo por meses; outras são breves, encantando por poucos dias.

Apesar de serem vistas por muitos como parasitas, as bromélias apenas se apoiam em outras plantas para captar melhor a luz e a ventilação. Ao me aproximar para examiná-la mais de perto, notei que sua estrutura abriga também outra forma de vida: insetos em uma atividade frenética, retirando pólen de seu interior. Esse movimento incessante sugeria um elo vital com uma colmeia nas proximidades.

Felizmente, não eram marimbondos, conhecidos por sua ferroada dolorosa. Tratava-se de abelhas dóceis, ocupadas em sua missão de coletar alimento para a colmeia. Pequenos seres que, sem agressividade, produziam mel caseiro para sustentar suas crias, abrigadas nos alvéolos.

Os humanos, por sua vez, interferem nesse ciclo. Os apicultores instalam dispositivos artificiais para forçar uma produção maior, comercializando o mel e seus derivados.

Instigado pela descoberta, resolvi procurar a colmeia. Depois de muito observar, encontrei sua morada: um bloco de concreto próximo ao canil.

Que ali permaneçam, livres, dentro dos princípios da natureza. Já adverti meu caseiro, o “bicho-homem”, para que não interfira no processo e permita que os filhotes cresçam sem perturbação.


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sexta-feira, 11 de julho de 2025

ESCREVER É UMA ARTE - PALAVRAS QUE FLORESCEM




📖 Capítulo 1

Entre Flores, Sentimentos e Poesia: Ecos da Alma no Cotidiano

A arte de escrever, seja em prosa ou verso, é um exercício de busca — paciente, intensa e por vezes iluminada. Um escritor realiza sua missão quando consegue alinhar palavras, sons e significados de modo que se tornem expressão legítima de seu sentir. É nesta harmonia verbal, onde forma e conteúdo se entrelaçam, que habita o êxito literário.

Neste espaço, apresento reflexões poéticas e textos que emergem da sensibilidade do cotidiano, do amor, da natureza e dos sentimentos que nos atravessam. Que cada palavra aqui plantada possa florescer em você, leitor, como semente de contemplação e emoção.


📖 Capítulo 2

Sol, Flores e Águas: Uma Manhã Infinita

A flor tem por função a perpetuação da espécie, gerando sementes por meio da reprodução sexuada. No ciclo das plantas, as sementes são o futuro — o recomeço e a permanência.

De maneira análoga, a poesia também planta sementes no leitor: sensações, ideias, conexões.

Sol, Flores e Águas

Rompe a madrugada.
Abre uma flor!
Som de pássaros,
Música no ar!

Vontade de viver,
Alegria contagiante.
O sol se aproxima,
Calor da manhã,
Sorte incessante,
Fonte cantante.

Sonhos presentes,
Águas cristalinas.
Soltura de amarras,
Entrada do esplendor!

Cultive o amor
Com sol, cantos, flores e águas,
Na manhã que é infinita.


📖 Capítulo 3

Lágrimas e Clarins: A Travessia dos Sentimentos

O conceito mais popular de amor envolve a formação de um vínculo emocional com alguém ou algo que possa acolher esse afeto e devolvê-lo com estímulos que mantenham essa conexão viva. Entre dor e paixão, há sempre um movimento do sentir.

Os Dois Sentimentos

As lágrimas brotaram violentas dos olhos.
Rolaram pela face em louvor das crenças mundanas.
Caíram no chão vazio, sem vida e incrédulas.
Semearam incertezas e atitudes profanas.

A vontade de viver veio a galope,
Soberba, espontânea, em pleno trote.
Escutou o clarim e o rufar dos tambores,
Despertou para a vida e novos amores.


📖 Capítulo 4

O Despertar: Quando a Alma Pede Passo

Os marca-passos cardíacos devolvem ritmo e vida ao coração. Também nós, diante da exaustão emocional, precisamos de algo que nos religue ao compasso da esperança.

O Despertar

Passos incertos e sem compasso...
Arritmia galopante e incessante.
Coração desenfreado e disparado,
Tormentos angustiam as duras sensações.

Rastros deixados nas calçadas e jardins,
Jasmins com cheiro de alecrins.
Caminhos de flores que choram por uma vida.

Caminhar sofrido, cansado e combalido,
Carregando um corpo de sentimentos profundos.
Marca-passo no pulsar de uma alma.


📖 Capítulo 5

João e Hortência: O Espantalho que Não Espantou

O uso do espantalho para afastar aves é uma tradição ancestral. Mas o tempo e a natureza tratam de ensinar que nem sempre nossos métodos humanos são suficientes para conter o curso das coisas.

João e Hortência

Dona Hortência abriu a janela e chamou o caseiro:

— João! Plante essas sementes no canteiro vazio.
— Mas não está estercado...
— Então remexa a terra, coloque adubo e semeie. Quero alface viçosa para a salada do patrão.

Passada uma semana, foi ver se as sementes haviam germinado. O que encontrou foram pequenas mudas ceifadas pela fome dos pássaros.

— João! Veja o que aconteceu... Você não fez nada?
— Pois é, dona... Se a gente não atrapalhar as aves, não vai ter o que comer.
— Coloque então no canteiro alguma coisa!

João improvisou um boneco com um chapéu de palha furado e uma bola de pano na cabeça. No dia seguinte, voltaram ao canteiro. Para surpresa de Hortência, o espantalho... não espantou.

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