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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

UM CAMINHO DE TRABALHO, AMOR E HERANÇA DE VALORES


QUE DEUS ME CONCEDA MAIS TEMPO

Celebrar mais um aniversário é, para mim, mais que contar anos: é revisitar uma trajetória de lutas, conquistas e afetos. Olhar para trás me permite reconhecer as mãos que me guiaram, o trabalho que me formou e, sobretudo, a família que hoje ilumina meus dias. Este relato é um brinde aos que vieram antes e aos que hoje dão sentido ao meu presente — especialmente meus netos, que seguem escrevendo comigo a história da nossa família.


MAIS UM ANO DE VIDA

Foi com imensa satisfação que, no último mês de março, comemorei mais um ano de vida. Desde os doze anos mergulhei no universo do trabalho. Logo na flor da idade, ajudava no sustento da família, estimulado pelo exemplo firme de meu pai.

Não me arrependo: louvo, sim, a dedicação de meus pais — que Deus os acolha em um bom lugar, junto de minha querida mãe. Ambos direcionaram meu caminho para que, por meio de um trabalho honrado, eu construísse meu aprendizado e, mais tarde, minha própria família.

Cresci sob esse ideal e jamais medi esforços para ajudar na difícil missão de criar filhos em tempos de recursos limitados. Naquela época, ser pai e mãe exigia coragem e trabalho dobrado para garantir uma educação digna.

Meu início profissional foi simples: fazia pequenos serviços em escritórios, entregava livros a pé e, depois, de bicicleta. Era o autêntico “menino de recados”, como se dizia então — mais tarde conhecido como “office-boy”.

Passado um ano, minha mãe conseguiu, não sei como, um emprego para mim em uma indústria. Para começar, precisei de autorização do Juiz da Comarca, já que menores só podiam trabalhar aos quatorze anos. Fiquei lá por quatro anos e, nesse período, conheci a jovem Dijanira. Na tentativa de chamar sua atenção, escrevia bilhetinhos em forma de poesia.

Mais tarde, meu pai me arrumou trabalho no mesmo local onde ele atuava, no Departamento de Pessoal. Permaneci pouco tempo: já mais maduro e com o namoro firme, pensava em casar. Consegui então uma vaga em uma multinacional, onde cresci profissionalmente, galgando cargos de liderança até a aposentadoria.

Depois, tornei-me consultor em gestão da qualidade, introduzindo as normas ISO-9001 e, em seguida, especializei-me em auditorias para certificação. Enquanto isso, minha esposa também exerceu com dedicação a sua profissão, contribuindo para que a família se mantivesse unida e sólida.

Da nossa união vieram os filhos Alexandre e Erika, que, com o mesmo amor, cuidam dos netos queridos: Lucas, hoje com 26 anos, e Augusto, com 16 — os grandes tesouros que nos enchem de orgulho e esperança.

No meu último aniversário, estivemos todos reunidos. Foi uma celebração de alegria e gratidão, um presente maior do que qualquer outro.

Que Deus me conceda mais tempo para acompanhar o crescimento desses dois jovens — para vê-los desbravar seus caminhos, sonhar alto e, sempre que possível, continuar a brincar de avô e netos, em risadas e abraços que não têm idade.


✍️ 

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 Toninho Vendramini 

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terça-feira, 3 de junho de 2025

O RASTRO BRANCO DE UMA HÉLICE


Vozes no Silêncio da Noite

Os Meus Antepassados...

Vieram de terras distantes, guiados pelo desejo de realizar sonhos e conquistar novos horizontes. A famiglia Vendramini tem suas raízes fincadas em Treviso, na Itália, localizada na encantadora região do Vêneto, próxima à majestosa Veneza.

A Itália Daqueles Dias...

A chegada ao Brasil aconteceu em 1884, num período em que a Itália ainda tentava se recompor da unificação, enfrentando desafios severos, principalmente no que se referia à produção de alimentos. A sobrevivência de seu povo, composto por diversas etnias, era um desafio constante, levando muitos a buscar novos caminhos além-mar.

O Brasil Daquela Época

O Brasil, ainda sob um império vacilante, com D. Pedro II no trono, dependia fortemente da mão de obra escravizada para sustentar suas vastas plantações de café, o motor de sua economia. A necessidade de substituir essa força de trabalho levou à abertura das portas para a imigração, justamente no momento em que o chamado Terceiro Reinado desenhava-se, tendo a Princesa Isabel como figura central de um projeto de "embranquecimento" da população. Assim, italianos, portugueses e espanhóis foram incentivados a migrar e recomeçar suas vidas em terras brasileiras.

O Desembarque da Família

Em 1884, o porto de Santos foi o primeiro solo que sentiram ao chegar ao Brasil. Seguiram rumo ao vilarejo de Banharão, nas proximidades de Jaú, Estado de São Paulo, onde começaram sua jornada como trabalhadores nas lavouras de café.

A vida não foi fácil. Como qualquer outro imigrante italiano da época, enfrentaram dificuldades extremas para se adaptar. Costumes desconhecidos, leis estrangeiras e, acima de tudo, um idioma completamente novo — o português — tornavam tudo mais árduo.

Os primeiros anos foram marcados por contratos injustos, obrigando-os a migrar de fazenda em fazenda na tentativa de encontrar melhores condições. Com o passar do tempo e muita luta, conseguiram comprar suas próprias terras, iniciando seu próprio cultivo de café.

Com o falecimento dos mais velhos, os filhos dividiram as propriedades, traçando destinos distintos na imensidão das possibilidades da vida.

O Chamado das Raízes

Minha afinidade com meus avós sempre foi profunda. Tanto que, em uma noite silenciosa, suas vozes ecoaram nos meus ouvidos, clamando por um retorno à terra que os viu nascer.

Movido por esse chamado ancestral, junto de minha esposa, embarquei em uma viagem de navio rumo a Treviso, carregando nos corações o sentimento daqueles que um dia partiram. Durante essa travessia, nasceu o poema que segue:

Vozes no Silêncio da Noite

Vozes ecoaram na noite,
choro sussurrado ao vento...
Eram meus ascendentes,
com saudades da pátria distante.

Falaram-me das terras abandonadas,
dos campos que jamais colheram,
dos parreirais que sonham rever...
Querem voltar.

Partiram tingidos de vermelho,
manchas de sangue e vinho
em camisas que se despediam.
Mulheres soluçavam,
com crianças em seus ventres.

No porto, águas verdes do Brasil...
Treviso ficava para trás,
Nápoles os conduzia ao mar azul,
na busca de sonhos e conquistas.

A embarcação não trouxe apenas corpos,
mas também a alma da família.

O tempo passou... Passou... Passou...
Agora retorno,
trazendo as cinzas do passado,
dos que viveram e sonharam
na terra de esperanças...

Mar revolto, canções antigas
acompanham o percurso,
na travessia das águas africanas.

Na primeira vista do continente,
solto ao oceano
uma nuvem cinza
guardada em velhas garrafas de vinho,
para marcar o caminho
daqueles que por ali passaram.

É o fim de um verão,
em um colóquio de emoções,
a bordo de um transatlântico branco europeu.
💩

Se hoje meus textos ressoam mais, se envolvem mais, se alcançam mais corações, é porque sigo me dedicando a aprimorar minha forma de contar histórias. E é essa jornada de aprendizado e aperfeiçoamento que desejo compartilhar com vocês!

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