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Nos anos 90, um consultório dentário não era exatamente o lugar dos sonhos. Não existia a sofisticação dos aparelhos modernos ou o conforto da tecnologia de hoje. Tudo era artesanal, uma experiência que, para muitos, parecia mais um campo de batalha do que uma simples consulta. O som do motor com cordas girando ao lado de sua cabeça, a broca feroz perfurando o dente, o cheiro de dentina... era tudo uma montanha-russa de sensações! Mas aquele dia seria diferente, e o consultório, um palco para uma das histórias mais insólitas de todos os tempos.
A Narrativa:
Era uma tarde qualquer, por volta das 17h, e eu estava sentado na sala de espera do consultório, ouvindo a conversa do dentista com outro paciente. “Vai demorar mais um pouco”, disse o dentista, “preciso ajustar um dente de madrepérola para colocar como pivô na raiz do dente anterior.” Naqueles tempos, tudo era feito à mão, sem pressa, e com um método que exigia paciência – de ambas as partes.
Enquanto ele explicava, a porta do consultório estava entreaberta, e eu, curioso, pude ver o processo que ele estava conduzindo. O ambiente estava levemente iluminado pela luz do sol da tarde, e o barulho característico da broca começava a ecoar no ambiente. O dentista então disse: “Não encaixou direito. Vou ter que dar uma esmerilhada com o motorzinho para ajustar.” E logo, o som de um dente sendo desgastado começou a preencher o espaço, uma sinfonia de tensão. Foi quando, sem mais nem menos, o dente escorregou das mãos do dentista e foi lançado para fora da janela! E não parou por aí...
Ele saltou de pedra em pedra na rua de paralelepípedos que ficava abaixo, pulando e ricocheteando, como se tivesse vida própria. O dentista, em pânico, correu atrás dele, gritando como se fosse uma corrida contra o tempo. “Vou pegar o dente! Vou pegar o dente!” ele berrava, enquanto a rua começava a se agitar com os comerciantes, que, curiosos, assistiam à cena absurda.
Aquela rua, uma ladeira íngreme, parecia uma verdadeira pista de obstáculos. À medida que o sol começava a se pôr, a luz enfraquecia e o dente continuava sua jornada, agora iluminado apenas pela luz das lojas. O dentista, desesperado, foi até um comerciante de bugigangas e pegou um farolete emprestado. Mas o tempo estava contra ele, e o dente ainda não aparecia.
Enquanto isso, o cliente estava lá, na cadeira, com a boca aberta, esperando pacientemente… mas nada de dente! O dentista, agora exausto e sem alternativas, informou ao paciente que teria que pedir ao protético para fazer um novo. “Volte na próxima semana, que o novo dente já estará pronto para você.” Mas o prejuízo? Ele não podia arcar com isso!
O Climax:
Então, num golpe de sorte (ou desespero), ele contratou Epaminondas, o treinador de cães adestrados. Um homem com um cachorro tão peculiar que ele respondia ao nome de Kid Louco, um especialista em rastrear até as menores pistas. No dia seguinte, Epaminondas chegou com seu cachorro e iniciou a busca pela ladeira. Durante horas, o cachorro farejou cada centímetro da rua, até que, finalmente, lá estava o glorioso dente, resgatado das pedras e da lama!
Mas, mesmo com a vitória, o dentista sabia que havia perdido muito. Ele pagou os serviços de Epaminondas e então, com um sorriso amarelo, enviou uma mensagem ao paciente: “Pode vir hoje, o dente já está pronto!” Quando o cliente chegou, ele olhou desconfiado para o dente e disse: “Mas já? Não era para ser na semana que vem?” O dentista, sorrindo nervosamente, respondeu: “Agora estamos mais modernos! O protético inventou uma nova máquina e o dente ficou ainda melhor!”
Mas o cliente, desconfiado, começou a notar algo estranho... “Esse dente tem um gosto esquisito”, disse ele. “Parece até o cheiro do meu cachorro!” O dentista tentou disfarçar: “Ah, é o material novo, não se preocupe!” Mas, nos dias seguintes, o cliente começou a ter uma tosse muito peculiar, como se estivesse latindo. Seria uma coincidência? Ou o destino havia realmente marcado aquele dente com um toque de Kid Louco?
Final:
Às vezes, os caminhos que seguimos têm um modo curioso de nos devolver o que semeamos. O dentista, orgulhoso de seu dente recuperado, nunca soube se o cheiro de cachorro desapareceu ou se o cliente, que se tornou uma lenda da clínica, jamais conseguiu se livrar do latido estranho que ecoava em sua garganta. A história do dente que pulou pela ladeira ficou marcada para sempre no consultório, um conto de fracassos e vitórias, de risos e aflições – uma verdadeira corrida contra o tempo, e contra o destino.
💢
Depois de muitos anos atuando nas áreas de Recursos Humanos e Gestão da Qualidade (ISO 9001), inclusive como auditor de certificação, troquei os relatórios por passagens aéreas e os manuais por mapas. Hoje, escrevo sobre o que vejo, vivo e sinto — misturando histórias do cotidiano com experiências de viagens que me levaram dos desertos ao gelo, das vielas escondidas às grandes avenidas do mundo. Cada texto é uma bagagem aberta, cheia de curiosidades, reflexões e encontros que merecem ser compartilhados.
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O Blog de Toninho Vendramini
Um passeio
por memórias, afetos e encantamentos.
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blog não tem capa dura nem páginas numeradas.
Ele vive
nas entrelinhas do tempo.
Cada texto
é uma fresta — por onde escapa o que ainda pulsa.
Escrevo
como quem conversa com o silêncio.
Como quem
guarda o mundo em palavras pequenas.
Como quem
acredita que lembrar é uma forma de amar.
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Uma crônica divertida e encantadora sobre descobertas, encontros improváveis e o charme eterno do Egito
Prefácio
Viajar é mais do que deslocar-se no espaço — é atravessar fronteiras culturais, mergulhar em histórias e, às vezes, viver situações tão inusitadas que só poderiam acontecer longe de casa. Nesta crônica, compartilho uma aventura vivida às margens do Rio Nilo, onde o passado milenar do Egito se mistura com o inesperado humor de um beduíno fã de futebol brasileiro. Prepare-se para navegar por paisagens deslumbrantes, templos sagrados e uma travessia que terminou com um grito: “Socorôto!”
A NOSSA AVENTURA:
Estava em Aswan, cidade encantadora ao sul do Cairo, onde o Nilo se divide em dois canais por causa da Ilha Elephantina — uma faixa de terra de 1.500 metros de comprimento que parece flutuar entre o passado e o presente. Visitamos o Museu da Núbia, o Jardim Botânico, o Mausoléu de Agha Khan, o Obelisco Inacabado e o templo de Philae, cada um com sua aura de mistério e beleza.
Nos hospedamos em um hotel construído sobre uma impressionante prateleira de granito, com vista para a ilha. Foi ali que Agatha Christie se inspirou para escrever Morte no Nilo. No terraço, tomamos o tradicional chá das cinco, enquanto observávamos as felucas deslizando suavemente pelo rio, como se dançassem com o vento. O entardecer parecia pintado à mão.
As felucas — embarcações tradicionais de madeira com velas triangulares — ainda são muito usadas por quem busca uma travessia tranquila e silenciosa. No dia seguinte, decidimos cruzar o rio em uma delas, evitando os barcos a motor. Fomos recebidos por um beduíno vestido com túnica, turbante e chinelos típicos. A negociação da travessia foi um espetáculo à parte: gestos, sorrisos e uma tentativa de comunicação que mais parecia um jogo de mímica.
Ao dizer que éramos brasileiros, tentei ilustrar com um chute imaginário, como se estivéssemos em um campo de futebol. O beduíno sorriu, e seguimos viagem. Na volta, ele nos esperava no ancoradouro, empolgado, gritando: “SOCORÔTO! SOCORÔTO!” — e fazendo gestos de chute com entusiasmo.
Com meu inglês de turista e a ajuda de muita intuição, entendi que ele era fã de futebol brasileiro e admirador de Sócrates, o icônico jogador da Seleção. “SOCORÔTO DU BURAZIRO!”, repetia ele, com brilho nos olhos. Ao desembarcar, veio até mim, falou algo em árabe como se fosse um segredo, bateu nas minhas costas e apertou minha mão com força. Um gesto de amizade universal.
O Gran Finale:
Aquela travessia pelo Nilo foi mais do que uma simples travessia. Foi um encontro improvável entre culturas, uma celebração da paixão pelo futebol e uma lembrança de que, mesmo em terras distantes, o Brasil vive no coração de muitos. E que Sócrates, com sua genialidade, ainda inspira sorrisos — até mesmo nas margens do Nilo.
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A tradicional Praça da Matriz, cujo nome oficial homenageia o governador Pedro de Toledo, abriga entre seus prédios uma majestosa e centenária igreja, hoje designada Catedral Diocesana da região. Nesse dia, o espaço irradiava alegria, repleto de visitantes entusiasmados pelo evento que ali acontecia: a 5ª edição do Arte na Praça.
Organizado por um grupo dedicado à valorização cultural, destacando-se as poetisas Valquíria Gesqui Malagoli, Renata Iacovino e Júlia Fernandes Heimann, o evento reunia amantes da arte e da literatura. E, entre os diversos momentos daquele encontro, estavam meus poemas estendidos em um varal literário, fazendo parte da programação Praça Viva, da qual tive a honra de participar.
Um agradável som vinha do palco montado diante da igreja, onde um conjunto musical deslumbrava o público com clássicos do sertanejo. A praça pulsava em criatividade: oficinas abertas permitiam que as pessoas moldassem esculturas em argila, inspiradas na arquitetura da catedral. Ver tanta gente interagindo com a cultura do município despertou em mim um profundo sentimento de pertencimento.
Sentado em um dos bancos, deixei-me levar pelas memórias daquele lugar tão marcante na minha juventude. A igreja sempre foi um ponto de encontro, onde eu assistia às missas dominicais e, logo após, participava da ciranda de jovens que seguia até a entrada do lendário Cine Ypiranga — hoje desaparecido. Ali, assistíamos a animações clássicas, como Tom e Jerry, e grandes produções cinematográficas em sessões concorridas.
Minha mente vagava. Recordei a icônica fonte luminosa no centro da praça, cuja beleza e magia encantavam visitantes. Com o tempo, tornou-se palco de comemorações espontâneas — formaturas, despedidas de soldados e até a celebração do título mundial de futebol de 1958. Entretanto, a euforia nem sempre terminava bem, pois a polícia frequentemente intervinha, conduzindo os mais exaltados ao famoso camburão “13”.
Os discursos dos políticos também marcaram épocas, muitos deles aparecendo apenas em busca de votos, esquecendo-se rapidamente das promessas feitas. E, claro, rememorei um dos momentos mais especiais da minha vida: meu casamento. Subir os degraus da igreja ao lado de minha esposa, Dijanira, foi um instante inesquecível que tornou aquele espaço ainda mais significativo para mim.
Por alguns instantes, fui completamente absorvido pelo passado. Entretanto, despertei quando minha esposa me mostrou meus poemas no varal literário. A emoção foi indescritível: era como receber o elogio de um pai ou professora. Ver um trabalho meu exposto publicamente, integrado a um evento tão belo, reacendeu em mim o amor pela escrita.
O encantamento daquele dia ainda se perpetua. Ao voltar para casa, fui surpreendido por uma notificação no meu notebook: um e-mail da poetisa Valquíria me enviava o certificado de participação no evento. Agora, providencio um quadro para exibi-lo em meu espaço literário, como uma lembrança viva desse momento memorável.
Que iniciativas como o Arte na Praça continuem florescendo, para que a cultura e os talentos da cidade sejam sempre celebrados e preservados.
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