JUNDIAÍ EM ÓLEO SOBRE TELA NA ÉPOCA DO BRASIL COLONIAL
AUTOR DESCONHECIDO
Era uma manhã de um sábado. Cheguei
à praça central em Jundiaí-SP, cidade que me acolheu desde a tenra idade. Fazia
muito tempo que não me detinha no lugar. Em momentos alternados, passava por
ali, sempre rapidamente nos afazeres cotidianos.
A velha Praça da Matriz como é
conhecida, leva o nome do governador Pedro de Toledo; abriga entre outros
prédios, uma majestosa e centenária igreja, designada hoje em dia, como a Catedral
Diocesana da região.
Nesse dia se apresentava com uma aparência
alegre, cheia de pessoas risonhas, motivadas pelo evento que se fazia no local.
Tratava-se da 5ª edição do Arte na Praça, organizado por um grupo de pessoas,
destacando-se as poetisas Valquíria Gesqui Malagoli, Renata Iacovino e Júlia
Fernandes Heimann.
Estavam ali para olhar, entre
outros eventos, os meus poemas, estendidos em um varal literário, e fazia parte
da programação Praça Viva, da qual participei a convite das poetisas. Um alegre
som vinha do palco montado à frente da igreja, onde se encontrava um conjunto
musical, deslumbrando as pessoas com músicas clássicas do ritmo sertanejo.
Contemplei com entusiasmo a
demonstração das oficinas culturais, abertas com a participação do publico, que
estavam metendo a mão na argila, e faziam pequenas esculturas, tendo como o
tema principal, a catedral. Senti, vendo tudo aquilo, uma forma de trazer
pessoas para a praça, tão cantada em prosas e versos pelos artistas anônimos e
também pelos convidados, para conhecer a cultura da cidade.
Sentei-me em um banco para melhor
apreciar. Foi quando o meu pensamento começou a divagar por aquele lugar que
tanto frequentei na minha juventude. A igreja era e ainda é um referencial para
o encontro de pessoas, lá assistia às missas nos domingos e que logo após, havia
uma pequena ciranda da moçada, até a entrada do cine Ypiranga, (que já não
existe mais), que levava costumeiramente, uma seção muito concorrida, com os desenhos
animados do Tom e Jerry.
À noitinha, havia também a
chamada seção das dezenove horas, com aquelas filas nas calçadas, aguardando a
abertura da bilheteria, onde assisti películas inéditas, O Vento Levou, Os Dez
Mandamentos, Psicose, entre outros tantos, com aqueles artistas famosos e hoje
já desaparecidos.
Enquanto o som continuava, minha
mente viajava por aquelas épocas. Lembrei-me do centro da praça, onde havia uma
fonte luminosa. Era uma atração de magia, cores e beleza, até que começou a ser
utilizada indevidamente pela moçada, que se formava nas escolas, soldados que davam
baixa do quartel, e outras comemorações memoráveis, como o campeonato mundial
de futebol de 1958.
A ousadia era se jogar no meio da
água e fazer imensa estripulia, chegando muitas vezes ser encerrada com a intervenção
da policia e a chegada do famoso13, que era um camburão da policia para levar
presos até a delegacia.
Havia também aqueles comícios dos
famigerados políticos, autênticos raposos, que vinham à cidade somente em busca
de votos, esquecendo-se rapidamente das promessas..., o que não mudou nada, nos
dias de hoje.
Lembrei-me do meu casamento
naquela igreja, entrando com a minha esposa Dijanira por aqueles degraus. E
assim por diante, minha mente divagava por outros tempos mais recentes,
envolvendo a magia daquele lugar.
São lembranças que ficaram no
passado e hoje vivenciei como uma recordação de um tempo maravilhoso que deixou
muita saudade. Só nos resta festejar aquela época, bem diferente de agora, quando
a segurança das pessoas é colocada à prova em todo o instante. Era um tempo em
que andávamos pelas ruas nas madrugadas e, após o retorno dos bailes, ficávamos
ali na praça, conversando sobre coisas inocentes, até o inicio da primeira
missa, sem que houvesse nenhuma preocupação aos nossos pais, pois sabiam onde
estávamos.
De repente “acordei” daquele
passado, despertado que fui pela companheira, mostrando-me os meus poemas,
estendidos naquele belo varal, que admirei com alegria. Senti-me como uma
criança que ganha um elogio de um pai ou uma professora, pois foi a primeira
vez que participei de um evento dessa natureza, vendo um trabalho ali, feito
por mim, dentro de uma bela arte final.
Hoje, escrevendo essa crônica, vejo
que aquelas imagens permanecem firmemente no meu pensamento e, nesse vai e vem
inebriante, acordei mais uma vez, com o som de notificação do note-book, anunciando a chegada de um e-mail. Abri a caixa de mensagens
e vi que a poetisa Valquíria estava me enviando o certificado de participação
do evento. Assim sendo, espero que esse projeto se mantenha, valorizando os
artistas e a cultura da cidade.
Achei muito bonito o certificado e
já estou providenciando um quadro para colocar em minha galeria de recordações,
aqui no meu local de construção literária, para exibir com orgulho aos que me
visitam.
A JUNDIAÍ DE HOJE
Jundiaí é um município do
interior do estado de São Paulo, no Brasil. Dista 57,7 quilômetros da capital
do estado. No ultimo censo apresentou 370126 habitantes. É no estado, o 15°
município mais populoso e o sétimo maior fora da Grande São Paulo. Também é o
59° maior do Brasil, sendo maior que quatro capitais estaduais. Seu nome é uma
referência ao Rio Jundiaí, cujo nome é proveniente da língua tupi, significando
"rio dos jundiás”.
Apresentou, em 2008, um produto
interno bruto de mais de 15 bilhões de reais, colocando o município na 23°
posição em todo o país, à frente de quatorze capital, sendo o nono município
mais rico estado de São Paulo. Em 2000, seu índice de desenvolvimento humano
atingiu 0,857, levando a cidade a 14° melhor posição do Brasil e quarta melhor
do estado.
Segundo a Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Jundiaí é a quinta cidade com maior
qualidade de vida do Brasil. Também é o 15° município mais seguro do Brasil e o
quinto mais seguro de São Paulo, com um risco de homicídio de 18,41 por 100 mil
habitantes, comparável a capital mais segura do país, Natal. É, também,
primeiro lugar também em saneamento básico, no ranking do Instituto Trata
Brasil, entre as cidades acima de 300 000 habitantes. Possui conurbação
consolidada com Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista e Itupeva. As cidades
citadas fazem parte da Aglomeração Urbana de Jundiaí juntamente com os
municípios de Cabreúva, Louveira e Jarinu, totalizando cerca de 700 000
habitantes.
A paisagem mais marcante da
cidade é a Serra do Japi, uma das únicas grandes áreas de mata atlântica nativa
contínua no estado de São Paulo, denominada como "Castelo de Águas"
por muitos naturalistas, devido a sua riqueza hídrica. Tombada em 1983 pelo
Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e, posteriormente, regulamentada
como reserva biológica. Declarada em 1992 pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura como reserva da biosfera da mata atlântica.
Para conhecer outros textos formatados em Power Point acesse:
http://sergrasan.com/toninhovendraminislides/
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