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sexta-feira, 2 de maio de 2025

A TEMPESTADE

 

O FENÔMENO MAIOR




O Sol, inclemente, abraçara a terra em seu calor abrasador, como se as garras de uma atmosfera intransigente apertassem este mundo em transe. Nós?

Ah, meros viajantes limitados em um microcosmo ínfimo, hesitávamos até em contemplar as engrenagens desse fenômeno maior.

Ao cair da noite, no grande teatro da natureza, as cortinas do firmamento se fechavam. Bordadas pelos cúmulos que se retorciam em formas inquietas, desenhavam a promessa de um espetáculo sem igual.

Eu, expectador inerte, via toda essa orquestra celestial sem ainda compreender a grandiosidade do que estava por vir. E então, como em um devaneio, já não havia eu, não havia céu ou terra—tudo era Unidade! O Absoluto! O indivisível!

Para os que conseguiam se perder na vastidão daquela majestade, ali estava Deus, assinando com relâmpagos sua caligrafia divina no pergaminho do céu. Cada trovão, um eco mal traduzidos de fé, força e coragem. Entre as densas muralhas de nuvens, os clarões pareciam um farol divino, tremulando sua lanterna em um balé de luz róseo-alaranjada, como se indicasse o caminho para a Verdade.

A chuva, como dedos de uma mão gentil, apagava as marcas de medo e desespero que o homem deixara gravadas. Enquanto isso, o vento, severo, acariciava as folhas das árvores, limpando-as da poeira de blasfêmias e pensamentos corrosivos.

O corpo, ah, esse ainda tremia. Mas o espírito? Sereno e altivo, sentia-se invencível, admirando sua própria grandiosidade diante da transitoriedade de tudo.

E, de repente, o silêncio. A calma. A sensação de alegria inesperada em nossos corações. A tempestade se dissipara. À noite, já avançada, parecia cúmplice de minha percepção tardia: tudo passara.

Onde estive durante todo esse tempo?

Seria mesmo realidade?

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

A TEMPESTADE

 

A TEMPESTADE


O Sol, durante o dia, castigara a terra com sua luminosidade de alta tensão térmica; era como se estivesse apertando esta enorme bola nas garras de uma atmosfera perversa diversa.

E nós?!

Ah! Não passávamos de um ser limitado no seu microcósmico. Tínhamos até receio de pensar em tudo isto.

No momento das preces, no teatro da natureza, desciam sobre o dia no palco do firmamento, as cortinas da noite já bordadas pelos cúmulos disformes.

Eu olhava toda esta cena sem compreender a beleza do espetáculo que se ia desenrolar; de repente, absorto, já não me sentia em mim mesmo...já não mais havia céu nem terra...

Era tudo Unidade! O Absoluto! O indivisível!

Para os que podiam compenetrar-se daquela grandeza, era DEUS, com o corisco, deixando taquigrafado no pergaminho da abobada celeste uma mensagem de fé, força, coragem, mal traduzida nos roncos dos trovões.

Por trás dos densos blocos de nuvens, os clarões pareciam o faroleiro do Senhor e, como que nos querendo mostrar o caminho da Verdade, trepidava sua lanterna de um lado para outro, fazendo resplandecer o esplendor de uma forte luz róseo-alaranjada.

A chuva, como se fosse uma borracha, caminhava sobre a terra para apagar a má impressão que o homem criara durante os momentos de pavor.

O vento arranhava as arvores, como se para limpar sobre as folhas o pó das blasfêmia e pensamentos corrosivos.

Só o corpo temia tudo isto, o espirito permanecia indiferente ante o temor de sua moradia e ao mesmo tempo compreendendo nesta hora sua grandiosidade: sentia-se forte e indestrutível.

Já agora, tudo é silencioso e calmo, havendo qualquer coisa de alegre em nossos corações. A natureza estava soturna e a noite já ia longe quando me apercebi.

Tudo passara!

Enfim, onde estive tanto tempo?

Seria realidade?

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