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sexta-feira, 6 de junho de 2025

O EURO FALSO DE ROMA

Quando o Erro se Transforma em Euro

Roma amanhecia com uma luz dourada, e eu, ao lado da minha esposa, mal podia imaginar que nosso passeio seria marcado por uma reviravolta quase cômica. Ainda ressintindo o cansaço do voo noturno vindo de Tel-Aviv, nossa aventura na Cidade Eterna começava de maneira inesperada.

Em meio à correria matinal, chamamos um táxi para alcançarmos nosso grupo turístico, e o condutor, com seu inconfundível sotaque italiano, aliviava a tensão com histórias sobre Massa e a Ferrari. “Segunda-feira em Roma é assim mesmo”, afirmava com um sorriso despreocupado enquanto enfrentava o trânsito caótico. No término da corrida, paguei com uma nota de cem euros – um bilhete que, sem que soubéssemos, se transformaria na peça central dessa narrativa.

No ônibus turístico, já imerso em conversas e explicações em italiano e inglês, a atmosfera se harmonizava, até que o inesperado irrompeu. O mesmo taxista, agora em plena fúria, invadiu o veículo exibindo a nota como se ela guardasse um segredo sombrio:

"Brasiliano senza vergogna! Il denaro è falso!"

Num instante, todos os olhares se voltaram para nós. Entre constrangimento e incredulidade, desembolsei outras cédulas de menor valor para tentar apaziguar a situação, ainda que o taxista apontasse insistente para uma delegacia próxima, como se ali fosse imperiosa a justiça. E, ainda assim, o ônibus seguia firme em seu percurso, indiferente à confusão.

Segurando a nota acusada, uma dúvida inquietante pairou: será que todas as cédulas que guardávamos no cofre do hotel eram meras falsificações? A ideia de recorrer apenas ao cartão de crédito e aos caixas eletrônicos passou a ecoar em nossas mentes, enquanto o mistério se adensava na direção dos encantos do Vaticano.

Na segunda parada, ao nos aproximarmos do Vaticano, um ambulante vendia terços. Num gesto de fé e, talvez, busca por redenção, mostrei-lhe a nota em questão e perguntei:

"Este dinheiro é verdadeiro?"

Sem hesitar, o homem respondeu com convicção:

"Si, questo denaro è vero."

Por um breve momento, ao contemplar a grandiosidade da Praça de São Pedro com os seus santos altivos, pareceu que a própria Roma nos abençoava. Contudo, a dúvida permanecia até que, ainda sedentos por esclarecimentos, adentramos uma casa de câmbio. Lá, ao pedir a troca de outra nota de cem por duas de cinquenta, a atendente examinou a cédula, conectou-a a um aparelho e declarou:

"Si tratta di soldi veri; podem gastar tudo em Roma."

E naquele instante, a ironia se revelou de forma surpreendente: o que parecia ser um erro, a fonte de toda a nossa inquietação, era – de fato – o autêntico EURO. Assim, Roma nos ensinou que, por vezes, o imprevisto transforma incertezas em verdades inusitadas, conferindo à vida seu toque singular de magia e irreverência.

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Acredito que a escrita é uma arte em constante evolução, refinada pelo hábito, pela observação e, principalmente, pelo desejo de transmitir emoções e ideias de forma mais autêntica.

 E é essa jornada de aprendizado e aperfeiçoamento que desejo compartilhar com vocês! 

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segunda-feira, 19 de maio de 2025

ROMA ETERNA: SOB A CÚPULA DO TEMPO

O TEATRO DOS SÉCULOS

Imagine-se chegando ao coração pulsante da velha Roma. O céu se abre como uma pintura renascentista, e ali, diante de seus olhos, o Pantheon se ergue com sua imponência atemporal. Mas o que poucos sabem é que esse monumento carrega mistérios, lendas e histórias que resistiram ao tempo—e agora, você faz parte delas.

O Óculo e a Chuva Sagrada

Ao atravessar as imponentes colunas de mármore e adentrar o Pantheon, uma curiosidade logo chama atenção: sua monumental cúpula, aberta ao céu, parece desafiar as leis da natureza. Diz-se que, apesar da abertura circular, a chuva nunca toca seu interior. Para alguns, é um efeito arquitetônico surpreendente; para outros, uma intervenção divina. Ao estar lá, será que você testemunharia esse fenômeno com seus próprios olhos? Talvez a resposta esteja reservada para os mais atentos.

O Descanso de Rafael

Talvez você se aproxime de um dos túmulos mais reverenciados no interior do Pantheon. Rafael, o grande mestre renascentista, descansa ali, como se soubesse que sua arte encontraria refúgio no monumento que inspirou tantos criadores. Há quem diga que, em noites silenciosas, os ecos da cidade despertam sua presença, como se sua alma quisesse contemplar sua obra uma última vez. Ao caminhar por ali, será que você sentiria a energia desse legado?

A Maldição dos Reis

O Pantheon guarda os restos dos últimos reis da Itália, mas há quem acredite que o destino dos monarcas ali sepultados é marcado por um mistério. Dizem que, desde que Victor Emanuel II foi enterrado no local, as sombras das colunas parecem se estender mais do que deveriam. Para os supersticiosos, isso representa um aviso: aquele que desafia a eternidade do Pantheon pode carregar um fardo desconhecido. Será que você conseguiria notar essa sutil mudança na luz ao passear pelo monumento?

O Pantheon como Teatro dos Séculos

Ao longo da história, o Pantheon foi palco de momentos grandiosos. Desde cerimônias religiosas e encontros filosóficos até celebrações secretas que poucos registraram. Dizem que antigos poetas sentavam-se em suas escadarias para declamar versos sobre Roma. Você, agora inserido nessa história, se tornaria parte dessa tradição? Talvez, ao inspirar-se em sua grandeza, seu próprio pensamento se entrelace ao dos grandes nomes que pisaram ali.

O Suspiro dos Deuses

Conta-se que, no momento da inauguração do Pantheon, o próprio imperador Adriano ficou em silêncio, aguardando o primeiro raio de luz atravessar o óculo da cúpula. Dizem que ele acreditava que o templo havia sido abençoado pelos deuses, pois sua arquitetura representava a harmonia entre o cosmos e a Terra. Você, que agora caminha por seu piso de mármore, poderia sentir essa conexão estelar? Será que o espírito de Adriano ainda observa cada visitante que cruza suas portas?

Roma não é apenas um destino—é um portal para o tempo. E ao cruzar as portas do Pantheon, cada visitante se torna parte de sua narrativa eterna. Ao explorar seus mistérios, será que você encontrará a sua própria conexão com a história? 

 

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domingo, 6 de abril de 2025

CAMINHOS QUE NOS LEVARAM AO COLISEU DE ROMA











Caminhos que nos levaram ao Coliseu de Roma

Naquela manhã ensolarada, a expectativa era palpável. Sentíamos a alegria contagiante ao percorrer as ruas da eterna Roma, cidade repleta de encantos e memórias dos nossos antepassados. Caminhávamos pelas praças e vias, sentindo na pele o calor intenso do verão europeu.

De posse das informações fornecidas pelo gerente do hotel, incluindo um mapa da cidade e das linhas do metrô, caminhamos alguns metros até percebermos que a distância à estação exigia um táxi. Chegamos à praça que antecede a entrada para as galerias subterrâneas e, antes de descermos, nos permitimos apreciar a bela paisagem composta por monumentos históricos que contavam histórias de um passado de conquistas.

Próximo dali, uma fonte de águas resplandecentes chamava atenção. Os respingos refrescavam nossas cabeças, aliviando o calor e trazendo conforto à mente. Vibração e euforia tomavam conta de nós, e cada detalhe era registrado na memória. A abundância de fontes espalhadas pelas praças, abastecidas por antigos aquedutos, remetia à Roma dos Césares, imperadores que conquistaram territórios vastos e construíram o presente da belíssima Itália.

Nosso destino era o Coliseu, obra monumental iniciada pelo imperador Vespasiano e concluída por Tito. Símbolo das conquistas romanas, era palco de espetáculos que encantavam o povo da cidade, com festas pagãs marcadas por luxúria, paixão e morte. Ao nos aproximarmos, a nostalgia veio à tona, trazendo à mente momentos glorificados de outros tempos.

Descemos os degraus da estação, compramos os bilhetes no sistema automático e aguardamos o trem. E assim começou nossa verdadeira odisseia nos trilhos do metrô de Roma.

Na plataforma, não havia muita movimentação. Logo, o comboio aproximou-se rapidamente, com uma parada brusca. Enquanto eu conferia o itinerário no mapa, minha esposa Dija entrou no vagão. Para minha surpresa, as portas se fecharam em um instante, e o trem partiu acelerado. Fiquei paralisado ali na plataforma, vendo Dija se distanciar. Sua figura diminuía na janela de vidro até desaparecer completamente.

Sem saber o que fazer, lembrei-me de nosso combinado: desceríamos na estação Coliseu. Esperei cinco minutos pelo próximo trem e embarquei, imaginando o que ela estaria pensando. A preocupação era tamanha que comecei a rir alto, despertando curiosidade em quem estava por perto. A cada parada, olhava pela janela, tentando encontrá-la.

Cheguei à estação e, finalmente, avistei Dija ao longe. Meu vagão parou bem distante de onde ela estava. Tirei meu boné, acenei e corri em sua direção. Nos abraçamos com alívio, rimos muito e nos perguntamos o que faríamos se não houvesse esse reencontro. Todo o nervosismo foi esquecido ao avistarmos, à distância, o colossal teatro de arena.

E assim ficou registrada mais uma passagem engraçada e memorável de nossa viagem à Itália.

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sábado, 26 de janeiro de 2019

La Dolce Juventude

PARECE MAIS JOVENS DO QUE SÃO
Em Campodimele, uma vila medieval encravada nas montanhas entre Roma e Nápoles - Itália, doença é algo desconhecido e boa parte de seus aproximadamente 800 moradores, parece bem mais jovens do que são. 


A "rapaziada, na casa dos 80/90 anos e outra centena de mais de 80, continuam trabalhando no campo e em casa. 
Está faltando eu aí


                                                    Nos últimos tempos, jornalistas e médicos do mundo inteiro tem conversado com os bem-humorados velhinhos para saber qual o segredo de tal longevidade. 

"Comemos muita massa, feijão, legumes, pão integral frutas, pouco frango e jogamos cartas todas as tardes", 
diz os sorridentes moradores. 

Lá, o inverno não é rigoroso, e o verão é suavizado pela brisa, que sopra do mar distante 20 quilômetros.  

É uma comuna italiana da região do Lácio, província de Latina. 

 Faz parte da rede das Aldeias mais bonitas de Itália.

sábado, 1 de julho de 2017

BANNERS DE FORMATAÇÕES.

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A INSENSATA MORDAÇA

  O SUPLÍCIO DE UM EXÍLIO Uma crise se instalou. Povo assustado! Revolta estudantil. Para mudar o país. A força da caserna se apresentou. Av...