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Às vezes, basta abrir a janela para viver uma história. E é essa uma jornada de aprendizado e aperfeiçoamento.
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Às vezes, basta abrir a janela para viver uma história. E é essa uma jornada de aprendizado e aperfeiçoamento.
Hans Staden, aventureiro, marinheiro e cronista alemão do século XVI, deixou uma marca inconfundível na história brasileira. Nascido em Homberg, Alemanha, em 1525, ele embarcou em uma jornada que o levaria a experiências extraordinárias e desafiadoras no Brasil.
Depois de sobreviver a uma série de naufrágios em suas viagens, Staden encontrou uma certa tranquilidade ao se estabelecer na Ilha de Santo Amaro, atual Guarujá, São Paulo. Lá, serviu como arcabuzeiro em uma fortaleza, tornando-se amigo dos índios tupiniquins e do governador-geral Tomé de Souza.
Tudo mudou dramaticamente em janeiro de 1554, quando ele foi capturado pelos tupinambás, inimigos declarados dos tupiniquins. Para Staden, esses indígenas eram vistos como seres selvagens, conhecidos por suas cerimônias ritualísticas e práticas de antropofagia. Seu destino parecia ser o caldeirão. No entanto, levado para a região de Ubatuba, ele conseguiu escapar da morte usando uma combinação de fé, inteligência e teatro.
Staden afirmou ser francês (um povo aliado dos tupinambás) e fingiu estar constantemente doente, atribuindo pequenos fenômenos naturais à ira de seu Deus. Esse comportamento gerou desprezo e temor entre os índios, garantindo sua sobrevivência. Após nove meses e meio de horror, ele finalmente conseguiu escapar em um barco francês.
De volta à Alemanha, Staden documentou suas aventuras no livro A Verdadeira História dos Selvagens, Nus e Devoradores de Homens. Publicada em 1557, a obra é considerada uma importante fonte histórica, oferecendo um vislumbre dos costumes indígenas e das percepções europeias da época. Seu relato é um testamento de um período fascinante e pouco conhecido da história brasileira, ainda ecoando cinco séculos depois.
Hans Staden morreu em 1579, na cidade de Wolfhagen, Alemanha, mas sua memória permanece viva, até mesmo em lugares como Ubatuba, onde uma rua leva seu nome em homenagem a sua história marcante.
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