"Não apenas leia — clique no negrito nas palavras e mergulhe."
Suspiros de lugares distantes
Crônicas
que nasceram de viagens reais .
Cidades que
deixaram cheiro, sons e saudade.
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"O negrito nas palavras não está ali por acaso — clique e veja por
quê."
O Egito é um país fascinante, repleto de história e paisagens deslumbrantes.
Suas terras abrigam monumentos que atravessam milênios e contam a trajetória de
civilizações antigas. Viajar pelo Egito não é apenas um passeio turístico, mas
uma verdadeira imersão na grandiosidade de um dos berços da humanidade.
"Clique nas palavras em negrito e vá além do texto."
Localizado no Norte da África, é limitado pelo Mar Mediterrâneo ao
norte, pela Faixa de Gaza, Israel e o Golfo de Aqaba a leste, pelo Sudão ao sul
e pela Líbia a oeste. Sua geografia e riqueza cultural fazem dele um destino
único para aventureiros e amantes da história.
Após um dia explorando os imponentes monumentos da região, concluímos nosso
tour no Museu Nacional do Cairo, onde contemplamos peças arqueológicas que
datam de mais de 3.000 anos antes de Cristo. A experiência foi um verdadeiro banho
de cultura, nos transportando para uma época de faraós e civilizações
fascinantes.
Nosso próximo destino era Aswan, a cerca de 950 km ao sul do Cairo. Optamos
por um trem noturno turístico, acomodando-nos em cabines confortáveis. A
jornada foi hipnotizante—pela janela, mesmo durante a noite, podíamos ver o
Egito silenciosamente desenrolando sua paisagem, sempre às margens do lendário
Rio Nilo.
Ao chegar, seguimos rumo à Ilha Elephantina e nos hospedamos em um complexo
hoteleiro magnífico. Nossa estadia foi marcada por conforto e vistas
impressionantes. Visitamos a represa alta e o famoso obelisco inacabado,
um intrigante testemunho das técnicas de construção egípcia que, devido a uma
rachadura, permaneceu no solo, transformando-se em uma atração histórica.
Na cidade, enfrentamos temperaturas extremas de até 43°C, o que tornou
qualquer deslocamento a pé um desafio. Optamos por explorar Aswan em uma
charrete conduzida pela simpática égua “Mônica”, enquanto o seu dono fazia
elogios a ela.
Após alguns dias explorando a cidade e navegando pelo Rio Nilo, visitamos
templos extraordinários em Kom Ombo e Edfu, chegando a Luxor, a antiga Tebas,
conhecida como a cidade das cem portas. Exploramos o grandioso templo
de Karnak, dedicado ao deus Amon-Rá, e seguimos para o Vale dos Reis,
onde se encontram as tumbas dos grandes faraós, incluindo a de Tutankhamon.
Uma experiência memorável foi a visita à tumba de Ramsés. Ao entrar no
local, as paredes repletas de inscrições milenares pareciam sussurrar histórias
de um passado glorioso. O ar era pesado, denso com o mistério de séculos
enterrados. Eu, fascinado pelo cenário, mal podia conter a vontade de registrar
cada detalhe. Mirava a câmera para tudo quanto era lado quando, de repente,
ouvi um grito áspero e cortante.
Um guardião de túnica esvoaçante surgiu das sombras como um espectro, os
olhos faiscando com severidade. Com um movimento ágil, tomou minha câmera sem
sequer me dar chance de protestar. O que antes era um passeio histórico
transformou-se em um impasse inesperado. Ele vociferava em um idioma que eu não
compreendia, mas sua expressão e gestos não deixavam margem para dúvidas: eu
estava em apuros.
Tentei argumentar, dizendo repetidamente que não havia tirado nenhuma foto.
Ele, porém, insistia em uma multa exorbitante, brandindo minha máquina como um
troféu conquistado. Enquanto o grupo olhava perplexo, o tempo parecia congelar.
O que fazer? Aceitar a injustiça ou arriscar uma reação?
A adrenalina pulsou. Num impulso calculado, estendi a mão e, com destreza,
arranquei a câmera de suas garras. O guardião arregalou os olhos, surpreso com
a audácia, e por um breve instante, houve silêncio. Então, a torrente de
palavras em sua língua voltou ainda mais intensa. Ele gesticulava furiosamente,
mas eu já recuava, puxando minha esposa pela mão.
"The Police!" bradei, vendo-o vacilar por um
instante. Seus olhos se estreitaram, avaliando a situação, mas não se moveu.
Com passos rápidos, escapamos pelo túnel estreito até alcançar a saída, onde
nosso guia nos esperava. Ele nos olhou sério e apenas disse: "Melhor
vocês saírem rápido. Esse sujeito não gosta de ser desafiado."
Com o coração ainda acelerado, seguimos para a van que nos levaria ao Vale
das Rainhas. A câmera estava em minhas mãos, intacta, e com ela, todas as
preciosas fotos de nossa jornada. Um episódio tenso, mas que se transformou em
uma história memorável—afinal, cada viagem reserva surpresas que jamais
poderíamos prever.
Como todo escritor, busco aperfeiçoar cada linha, cada texto, cada narrativa para que a experiência de leitura seja envolvente e marcante. E é essa jornada de aprendizado e aperfeiçoamento que desejo compartilhar com vocês!
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Às vezes, o tempo não nos permite reviver os lugares que amamos, mas nos concede o privilégio de guardar memórias como relíquias. Escrevo para preservar uma delas — a de um primo que, mesmo tendo partido, permanece presente nos gestos, nas histórias e nas lembranças de uma geração que viu o trem passar... e parar por amor.
Este texto é uma homenagem àquele que viveu intensamente cada chegada e partida. Um retrato vivo do Banharão — um bairro que hoje é apenas topografia, mas outrora pulsava como estação de encontro, sonhos e pandeiro. Que essa história sirva de afago à sua família, e ao Brasil que silenciou suas ferrovias, mas não suas lembranças.
A História
Era fim de tarde, céu tingido em tons laranja queimado. O trem da cidade onde residia e que levaria o jovem ao Banharão estava quebrado. O compromisso, no entanto, não era negociável: a amada o aguardava na estação de tijolos e madeira, de olhar ansioso e coração acelerado lá no Banharão.
Perguntou ao chefe da estação se havia outro trem. O homem, de boné gasto e olhos de quem já vira muitos amores passarem por ali, respondeu:
— Há, sim. Mas ele não para no Banharão. Vai direto pra Jaú.
O jovem olhou para os trilhos como quem procura resposta em linhas paralelas.
— Então vou. Depois me viro.
O chefe hesitou, depois soltou um suspiro longo:
— Boa sorte, rapaz. Que São Bento guie seus passos.
Durante a viagem, cada rangido dos trilhos soava como um lembrete da distância. Ao se aproximar do vilarejo do Banharão, correu pelos vagões como quem carrega pressa e esperança. Encontrou o maquinista na cabine dos controles.
— Senhor! Preciso que pare na estação do Banharão. Minha noiva está lá, esperando. Não há outro meio de chegar. É só por hoje.
O maquinista olhou o rapaz com olhos de compaixão. Um aceno breve. O trem, então, freou diante da estação. Só ele desceu.
— Ei! — gritou o guarda da estação, espantado — Como conseguiu descer aqui? Não é parada programada.
O jovem ergueu a cabeça, sorriu com ironia e respondeu:
— Sou o presidente.
O guarda soltou uma risada cansada e acolhedora.
— Vá com paz, meu irmão.
Agora, em silêncio, presto minha homenagem:
Banharão é mais do que um ponto no mapa — é o lugar onde nasci. E toda vez que falo sobre ele, é como se voltasse aos trilhos da minha própria origem. Talvez por isso essa história mexa tanto comigo: ela não é só do Nego, é também um pouco minha.
Hoje, os trilhos estão cobertos de mato, a estação virou memória... mas quem teve o privilégio de viver aquele tempo sabe: algumas histórias não precisam de cimento para permanecerem erguidas. Meu primo — o Nego — não era apenas alguém que pegava o trem. Ele era o próprio apito da locomotiva, o som do pandeiro nas festas, a gargalhada que ecoava nos corredores da vida.
Ele se foi, sim. Mas segue entre nós, sempre que alguém se apaixona com coragem, enfrenta obstáculos por amor, ou faz do impossível um motivo pra sorrir.
Eu desejo a ele — como o guarda lhe disse naquela noite — que vá com paz, meu irmão. E que o Banharão o receba lá em cima, como estação que acolhe quem chega depois de longa viagem.
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Bariloche Encantada: Neve, Cultura e Chocolate Quente com Meu Clã na Patagônia
Reencontrar Bariloche foi como revisitar uma lembrança querida — mas desta vez, com neve nos acolhendo já no aeroporto. E o melhor: compartilhamos essa experiência com um grupo animado de parentes, unidos por uma viagem que se transformou em puro encantamento.
A cidade argentina, na província de Rio Negro, junto à Cordilheira dos Andes, é cercada por beleza natural e hospitalidade calorosa. Chegamos em um voo fretado por uma operadora de turismo, e junto a outros brasileiros, fomos recebidos por música brasileira e um discurso bem-humorado do representante do prefeito. O clima era de festa — e de família.
Neve, guias e o famoso chocolate com conhaque
O frio intenso clamava por chocolate quente com conhaque, bebida tradicional que aguardamos para saborear nas famosas casas especializadas do centro da cidade. Nosso guia, apresentado com entusiasmo pela coordenadora, nos acompanharia ao longo de passeios cheios de descobertas e boas histórias.
Nos hospedamos às margens do lago Nahuel Huapi, cuja vista incrível foi palco de noites especiais com vinho local e conversa com a nossa turma. O nome do lago vem da língua Mapuche e significa “o pulo do tigre” — poético e perfeito para uma paisagem tão marcante.
Montanhas e os tombos que viraram piada de família
Com os cerros Tronador, Catedral e López cercando a cidade, era impossível não tentar se aventurar. Eu e meu cunhado, sempre prontos para uma nova experiência, escorregamos no gelo endurecido e acabamos com dores nas costelas. Tudo resolvido com a assistência impecável oferecida pela agência de turismo — e com muitas piadas depois no almoço em família.
Sabores da Patagônia e aromas inesquecíveis
Entre risadas e brindes, saboreamos pratos típicos e carnes exóticas como cervo e javali, acompanhados de muito vinho branco e o carisma dos argentinos. Visitamos também uma fábrica de cosméticos feita com rosa mosqueta e alfazema — e ganhamos um chá aromático que aqueceu tanto quanto os momentos compartilhados.
Cães São Bernardo, tradições e “Brasiloche”
Os cães São Bernardo roubaram a cena (e algumas fotos no álbum da família). E como havia tantos brasileiros, a cidade foi carinhosamente apelidada por nós de “Brasiloche” — nome que encontramos até na fachada de um restaurante!
Final perfeito, à moda da casa: chocolate com conhaque e risadas
À noite, todos encapotados, saímos em busca da chocolataria dos nossos sonhos. Brindamos com canecas fumegantes de chocolate com conhaque, celebrando não só a cidade encantadora, mas os laços que tornam qualquer paisagem ainda mais especial.
Viajar é maravilhoso — mas viajar com parentes é criar memórias que se tornam eternas. Que venham outras Brasiloches pela vida!
👋
O retorno à Rua Encantada
Foi num dia desses, ao percorrer a velha Rua Zacarias de Góes, que senti o passado sussurrar em meus ouvidos. Como um vento familiar que atravessa os anos, a nostalgia tomou conta de mim. Parei diante da casa número 67, onde passei tantos anos da minha infância. A fachada, embora marcada pelo tempo, permanecia quase inalterada, e ali, naquele instante, a vida fez um movimento curioso: voltou-se para trás e me permitiu reviver dias que pareciam adormecidos, mas nunca esquecidos.
Família, encontros e tradição
A rua era o coração pulsante da família. Dentro de dois quarteirões,
primos, tios e avós se conectavam como se aquele pequeno mundo fosse nosso
reino particular. Nos almoços fartos, a mesa se tornava campo de batalha dos
mais velhos, que jogavam truco com gestos exagerados e gritos em italiano. O Campo "bocha", administrado pelo meu avô “Tonella”, era motivo de orgulho e disputa
acalorada, onde cada jogada exigia precisão quase cirúrgica. E, claro, tudo
terminava com rodadas de vinho, cerveja e cantorias melancólicas que evocavam a
distante Itália.
Travessuras e pequenos delitos inocentes
A infância era feita de ousadia e descobertas. No salão do tio João
"Barbeiro", a meninada se acomodava como fregueses folgados, coçando
a cabeça do velho pássaro-preto até que ele soltasse aquele grito estridente
que se espalhava pela rua. O futebol no campinho da Avenida Paula Penteado era
um espetáculo à parte: bolas furadas pelos vizinhos, vidraças quebradas,
broncas memoráveis. Mas os furtos de jabuticaba, ah! Esses eram uma arte. Entre
cercas e galhos, disputávamos cada fruta como pequenos caçadores, até que um
dia recebemos tiros de sal – mas isso nunca nos impediu.
Os personagens que moldaram o bairro
Além da família, o bairro abrigava figuras inesquecíveis. O Zé Preto,
com seu ranchinho e sua horta, vendia verduras para minha mãe enquanto
despertava uma curiosidade ingênua em nós, com seu porte imponente e feições
marcantes. O Boia Béstia, motorista aposentado, se dedicava à criação de
canários que eu adorava alimentar. Havia também o tio Nicola, cuja marcenaria
era um mundo à parte. Lá, as confusões eram inevitáveis, e bastava uma
provocação para sua careca brilhar de raiva, resultando na expulsão sumária dos
meninos travessos.
Festas e celebrações que uniam a vizinhança
Quando junho chegava, as festas da Dona Nenê transformavam a rua em um
cenário vibrante. O aroma de quentão e bolo de fubá se espalhava, as luzes dos
rojões iluminavam o céu, e as rezas aos santos Pedro, João e Antonio uniam os
corações. Mas nem tudo era inocente: o Zé Preto, encarregado dos foguetórios,
emprestava alguns para os meninos que, sorrateiros, os soltavam no quintal dos
vizinhos que ousavam furar suas bolas no campinho.
O mistério da Ponte Torta
Havia um limite no mundo de um menino: a curva da Avenida Paula
Penteado. Além dela, começava o território desconhecido. O Grupo Escolar
Siqueira de Moraes era a primeira razão para ultrapassá-la, mas havia algo
ainda mais intrigante – a Ponte Torta. Minha mãe sempre alertava sobre o perigo
daquele local, e por muito tempo, só pude imaginar seu formato. Seria mesmo
torta para baixo? Poderia cair no rio? Essas perguntas ocupavam minha mente até
que, certo dia, desafiei meus próprios medos e caminhei até lá.
Lá estava ela. Um arco imponente sobre o rio Guapeva, coberto pelo mato
que crescia em suas margens. O tempo o havia conferido uma aura antiga e
solene. Percebi que, além de suas pedras envelhecidas, ela guardava histórias
dos imigrantes que a cruzaram, do bondinho puxado por animais, das vidas que
por ali passaram. A Ponte Torta não era apenas uma estrutura: era um testemunho,
um elo entre o passado e o presente.
Memórias que nunca se apagam
Hoje, ao revisitar essas lembranças, vejo que o tempo não apaga nada.
Ele apenas move as peças do tabuleiro, transformando memórias em marcos
eternos. A Rua Zacarias de Góes, o campinho, as vozes dos tios e primos, os
gritos do truco e a melodia dos canários – tudo isso ainda vive dentro de mim.
A Ponte Torta permanece como um símbolo da infância, onde um menino, curioso e
destemido, desafiou os limites do próprio mundo para encontrar histórias que
jamais seriam esquecidas.
Se hoje meus textos ressoam mais, se envolvem mais, se alcançam mais corações, é porque sigo me dedicando a aprimorar minha forma de contar histórias. E é essa jornada de aprendizado e aperfeiçoamento que desejo compartilhar com vocês!
VOCÊ VAI VER DETALHES DOS BORDEIS DOS CORONÉIS. ´ estátua de Jorge Amado Nossa jornada nos levou a Ilhéus , a cidade que respira caca...