O BURACO DA SORTE
Milão (em italiano Milano, em milanês Milan) é uma comuna, capital
da região da Lombardia, província de Milão, com cerca de 1.300.000 hab. Situa-se
no vale do rio Pó e estende-se por uma área de 182 km2, tendo uma densidade
populacional de 7.190 hab/Km2.
A população figura como a segunda maior cidade italiana e a terceira
maior área metropolitana da União Européia. É desde a Idade Média, um grande
centro comercial, industrial e financeiro da Europa. É também, a mais rica da Itália.
Foi
uma das cidades italianas que mais sofreram com a segunda guerra mundial, sendo
alvo de gigantesca reconstrução. Os monumentos de maior interesse são as
igrejas romanas de Santo Ambrosio e Santa Maria delle Grazie, a magnífica Catedral
Gótica, o palácio dos Sforza (com museu e exposição em seu interior com obras
de Leonardo da Vinci e de Bramante, que não podem ser fotografadas).
As
informações acima foram frutos de pesquisas e anotações feitas nos momentos das
visitas em forma de passeios espetaculares, incluindo o famosíssimo teatro de ópera
Scala, situado próximo à monumental galeria Vittorio Emmanuelle III, o último
rei da Itália.
Nesse
local, após a entrada da galeria, mais ou menos a uns cinquenta metros, existe
no chão de granito, dentro de um desenho típico, uma depressão que é chamada de
o buraco da sorte, mas, para acontecer alguma coisa, diz à lenda, é necessário
rodopiar o calcanhar em seu interior, o que fez rapidamente a minha esposa.
Depois
desse dia, visitamos muitos outros lugares, culminado com o canal construído
por Leonardo da Vinci, que tem algumas comportas, como pudemos constatar,
fazendo um passeio com um barco em grande estilo. É um dos locais que abarca um
centro mundial de visitantes, com muitos restaurantes de comidas saborosas que
só aquele povo sabe fazer, sendo sempre saudados pelos garçons, cortejando a
nós brasileiros, que estávamos em um belo salão, apreciando a vista
espetacular.
Nasceram
nessa cidade os Papas: Alexandre II, Urbano III, Celestino IV, Pio IV e Pio
XI.
Devido
a sua posição estratégica, aliada a fertilidade de seu território, influenciou
na história da cidade e o papel que teve na evolução na nação italiana. É um
dos principais centros financeiros e de negócios da Europa, sendo sede da Bolsa
de Valores Italiana e sua área metropolitana e zona industrial de vanguarda. Em
conjunto com Paris, é uma das capitais mundiais da moda. A cidade é também umas
das mais ricas na união europeia.
Possui
duas grandes equipes de futebol (Milan e Internazionale) e ambas jogam no Estádio
Giuseppe Meazza, popularmente conhecido como San Siro, por estar localizado na
zona urbana de mesmo nome, onde visitamos e apreciamos a monumental construção
e o belo museu, onde pudemos constatar a popularidade do Kaká e do Adriano.
Vimos imagens em um telão do Pelé e sua estatua em uma vitrine com a camisa (autografada),
que disputou e ganhou com o time do Santos, o campeonato mundial, sendo um jogo
naquele estádio.
Terminado
os belos e longos dias de passeios por várias cidades próximas a Milão, cidade
deslumbrante, fomos até ao aeroporto de Malpesa, viajando 70 quilômetros.
Ao
chegar, rumamos ao balcão da empresa aérea para fazer o embarque ao Brasil, e o
que aconteceu?
Não
conseguimos porque ficamos no tal de OVBK, que em outras palavras quer dizer
que foi vendido mais passagens do que a capacidade do avião. A confusão no
balcão da Alitalia era um verdadeiro terror: eu, a Dija, e mais 23 passageiros
ficamos com as malas nas mãos. Havia gente “espumando”, eram italianos que
moram no Brasil e alguns outros brasileiros. O xingamento era alto e estridente
na língua italiana, (cazzo, spudoratti!) a primeira é um palavrão e depois, sem
vergonhas. Uma loucura parecia uma tragédia greco-romana.
Eu
também comecei a praguejar e falar alguma coisa em italiano, mas depois refleti
falando com a companheira: Olha! Vamos tomar um refresco e depois voltamos,
pois faltavam ainda algumas horas para a partida, e poderia ser que abrisse
alguma vaga. Ficamos de longe, apreciando o “pau comer” e achamos até graça.
Voltamos,
então, para o balcão do terror e soubemos que não haveria nenhuma possibilidade
de embarque, e a companhia aérea nos acomodaria em um hotel de primeira classe
e até nos compensaria com uma indenização de 1.200 Euros!
Como
seria isso? Pediram os nossos passaportes e ficamos aguardando a poeira baixar.
Foi
quando uma funcionária nos atendeu preenchendo um formulário e também
entregando-nos cartões magnéticos do Banco Popular da Itália, dizendo que
poderíamos sacar a quantia em qualquer caixa eletrônico do aeroporto.
Algumas
pessoas saíram e voltaram dizendo que “não sairá dinheiro nenhum da maquina”,
mas não estávamos tanto preocupados com isso naquele momento, porque alguém
disse que antes teríamos que desbloquear o dinheiro no próprio banco, somente
no dia seguinte.
O
momento era de cansaço, pois no horário italiano já era uma da manhã. Foi
quando um comissário nos levou para uma van, dizendo que estaríamos a caminho
do hotel em que os funcionários da Alitalia se hospedam.
Fomos
para lá e, em cerca de 20 minutos chegamos. Notamos que se tratava de ótimas
instalações, um edifício muito bonito e de grande luxo. Instalamo-nos e
comprovamos a impressão: tudo de primeira categoria. Ligamos para o Brasil
informando que não chegaríamos no dia seguinte e também não sabíamos qual seria
a outra data de embarque.
Após
uma noite reconfortante naquelas ótimas dependências e do excelente café da
manhã, soubemos que iríamos dali a dois dias, e nossa estadia se prolongaria naquele
ótimo Malpensa Hotel, tudo por conta da Alitalia, o que nos proporcionou um
belo descanso, depois de muitos dias de viagem em outros países.
Liguei
do hotel para o Banco Populare... E conversando em italiano, solicitei o
desbloqueio dos cartões. Tudo resolvido. Fomos no dia seguinte até ao aeroporto
(condução do hotel para lá e para cá), tratando-nos maravilhosamente bem.
Chegando
lá, tentei a retirada do dinheiro e nada..., mais uma vez, nada... Liguei
novamente para o banco distante 70 quilômetros do aeroporto. Informou-me a
atendente que a liberação somente iria ocorrer após 48 horas. Resultado, não
estaria lá porque o voo de volta era um dia antes.
Ficamos
olhando aqueles malditos cartões de 600 euros cada e voltamos para o Brasil.
Aqui chegando, mandei um e.mail, não deu certo. Ligamos para Alitalia e
informaram-nos que já estava à disposição o dinheiro aqui no Brasil, dando-nos
a informação de como sacar. Cumprimos as instruções e recebemos o dinheiro
convertido em reais.
Só
acreditamos quando vimos à grana nas mãos. E assim, o tal “buraco”, nos trouxe muita sorte,
uma vez que ficamos mais dois dias na Itália sem nenhum custo, e a situação nos
proporcionou descanso e alguns passeios pelos arredores da pequena cidade de
Malpesa, e ainda saímos com dinheiro no bolso.
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