Naquela noite em Veneza, o vinho e a música se tornaram eternidade
Entre reflexos de água e o soar dos sinos da Praça São Marco, nasceu uma estação da memória que ainda hoje nos embala.
Naquela noite em Veneza, há vinte e cinco anos, o tempo pareceu suspenso.
Entre o reflexo das águas e o soar dos sinos da Praça São Marco, um vinho — cujo nome se perdeu, mas cujo sabor permanece eterno — nos acompanhou como testemunha silenciosa de um amor jovem e vibrante.
Hoje, ao abrir uma garrafa de Villa Antinori Tinto, deixo que as canções italianas preencham o ambiente e devolvam à memória o calor daquele instante.
Veneza não é apenas uma cidade: é uma estação da alma, onde cada acorde de Vivaldi e cada gole de vinho se transformam em eternidade.
Entre reflexos de água e o soar dos sinos da Praça São Marco, nasceu uma estação da memória que ainda hoje nos embala.
"Um vinho esquecido, uma canção eterna, e Veneza gravada para sempre em nossa memória."
A Cidade Eterna dos Canais
Há cidades que não se visitam apenas: vivem-se. Veneza é uma delas.
Recordo com emoção aquele primeiro encontro, há vinte e cinco anos, quando eu e minha esposa desembarcamos na cidade dos canais. O Vêneto nos recebeu com sua aura de eternidade, e cada pedra, cada reflexo nas águas parecia guardar segredos de séculos.
Majestosa, erguida sobre um arquipélago no noroeste do Adriático, Veneza reinou como potência mundial, conduzida pelos Doges que ditavam destinos e condenavam vidas na sombria Ponte dos Suspiros. Mas além da história marcada por poder e glória, há a poesia que se respira em cada esquina, em cada gôndola que desliza suavemente ao som dos gondoleiros.
Praça São Marco e o Vinho da Memória
Na Praça São Marco, coração pulsante da cidade, a Basílica se ergue imponente. No alto, os quatro cavalos de bronze parecem cavalgar eternamente entre nuvens, guardando o tempo e as estações.
Foi ali, entre turistas e pombos, que saboreamos um vinho cujo nome se perdeu na memória, mas cujo gosto permanece vivo: suave, levemente adocicado, como se fosse a própria essência de Veneza engarrafada.
Hoje, para reviver esse instante, sugiro um Villa Antinori Tinto, clássico da Toscana, que traz em cada gole a tradição e a elegância da Itália — perfeito para acompanhar canções como O Sole Mio ou Con Te Partirò, e para nos transportar de volta àquele cenário inesquecível.
Monumentos e Encantos
A Ponte de Rialto, com seu arco de pedra, nos conduziu a paisagens delirantes, inspirando pintores e amantes. À noite, a cidade se transformava: cassinos, máscaras, fantasias e orquestras medievais davam vida a um espetáculo que parecia não ter fim.
E como não lembrar de Antonio Vivaldi, filho de Veneza, que eternizou em música o que os olhos contemplam? Suas “Quatro Estações” ecoavam em nossa mente, como se a cidade inteira fosse uma partitura viva.
Meus Poemas das Estações
VERÃO...
Diviso ao longe sobre um vaporetto a bela Rialto
Ponte de pedra em arco
Caminhos de uma época
Rumo à Basílica de São Marco
Paisagem delirante e inebriante
Inspiração de pintores e grandes amores
Por suas águas passam gôndolas
Transportando casais apaixonados
Com suaves suspiros e som contagiante...
Procissão de gondoleiros
Transportando personagens
Máscaras e trajes do glorioso passado
Histórias contadas da cidade dos Doges...
INVERNO...
Mãos trêmulas no gélido ar.
Sopra forte e cortante o vento europeu.
Recôndito... Esfrego as mãos ao pé da lareira.
Lá fora, cai uma neblina fina.
Parecendo uma garoa sobre o chão nevado...
Olho essa paisagem sobre uma vidraça embranquecida
Na sala atapetada, bate forte o coração.
Ouço o som suave e cadenciado de uma gravação...
É Vivaldi com o tema Inverno das quatro estações.
Vinho e Música – A Terceira Estação
Entre o verão das águas e o inverno das neblinas, há uma estação que não se escreve em partituras: é a estação da memória.
Nela, o sabor de um vinho italiano se mistura ao som das canções da bela Itália, e cada acorde desperta lembranças de um tempo em que o amor era jovem e a vida parecia infinita.
Hoje, ao abrir uma garrafa e deixar que a música preencha o ambiente, sinto que Veneza retorna em cada nota e em cada gole.
Não importa o nome do vinho que bebemos naquela noite na Praça São Marco — o que importa é que o sabor permanece eterno, como o nosso amor, como a própria cidade.
Epílogo
Veneza não foi apenas uma viagem, foi um marco em nossa história.
O vinho esquecido, a música de Vivaldi, os cavalos de bronze e os beijos nas gôndolas — tudo se transformou em poesia.
Este espaço
é feito para quem gosta de descobrir. Falo de tudo um pouco: viagens, cultura,
ideias que me atravessam. E como não há descoberta sem prazer, sempre encerro
com uma receita ou uma dica de vinho — porque boas histórias merecem bons
acompanhamentos.
Antonio Toninho Vendramini Neto
Escritor | Criador de conteúdos culturais
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cultura e amizade - clique e divirta-se.
Antonio
Vendramini Neto – Face Book.
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