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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

BEM-VINDO A LISBOA PORTUGAL


BEM-VINDOS A LISBOA


A bordo do transatlântico seaview, que nos trouxe desde a cidade francesa de Marselha (até ao Brasil) em uma jornada de vinte dias, pude contemplar, ao passar sob a ponte 25 de abril, cuja altura é de 70 metros, o embarque em movimento, do piloto (prático), que nos levou até o Rio Tejo. Trata-se de um Rio, que atravessa cidade de Lisboa/Portugal, levando-nos até o Terminal de Cruzeiros, onde atracamos de forma majestosa.

A cidade fica na parte ocidental da Península Ibérica, perto do estuário do Rio e, além disso, a parte mais ocidental da sua área urbana é a área geográfica mais ocidental da Europa Continental.
A cidade fica em sete morros: São Jorge, São Vicente, Sant’ana, Santo André, Chagas, Santa Catarina e São Roque.


DESCUBRA LISBOA!



É uma cidade charmosa e deslumbrante. Você poderá visitar seu centro histórico bem pequeno facilmente em um dia, (período em que o navio fica atracado), perdendo-se nas ruas estreitas do bairro de Alfama.

Construída numa série de colinas com vista para o amplo estuário do Tejo. Lisboa é a capital mais ocidental da Europa e a única que oferece vista para o Oceano Atlântico.

Visite o espetacular castelo de São Jorge: de estilo mourisco, seu muros em ruínas tem vista para outra colina, o Bairro Alto, famoso por seus bares e por sua vida noturna. (Como já estive por lá varias vezes, descrevi esse deslumbramento em crônicas que foram exibidas em sites portugueses) e em formatações em meu site: 


A torre de Belém é o símbolo de Lisboa: localizada no Rio Tejo, o monumento apresenta janelas de estilo manuelino e escadaria adornada com arcos e símbolos decorativos em memória da exploração portuguesa ao Novo Mundo.

Apresentando um estilo gótico tardio, o Monastério dos Jerônimos foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade.



QUEM NÃO VIU LISBOA, NÃO VIU COISA BOA.
Proverbio português.

Clique na frase e será remetido ao meu site, com fotos e crônicas de viagens realizadas mundo afora

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

OS CAMINHOS QUE NOS LEVARAM AO COLISEU


“Começava ali uma verdadeira odisseia nos trilhos daquele Metrô”.


Uma expectativa se fazia presente naquela manhã, a alegria era contagiante em nossos corações, mais uma vez percorríamos as ruas de Roma, a cidade eterna, cheia de encantos e também dos nossos antepassados; ao caminharmos pelas ruas e praças, sentíamos na pele o forte sol do verão europeu.

Tínhamos nas mãos informações obtidas do gerente do hotel, que também nos forneceu um mapa da cidade e das linhas do metrô.

Caminhamos alguns metros e, consultando o mapa, sentimos a necessidade de tomar um táxi, devido à distância até a estação.

Chegamos à praça que antecede a descida para as galerias do subterrâneo, antes apreciamos a bela paisagem que cercava os monumentos históricos fincados naquele chão, relatando um passado de conquistas através de um marco dos homens que ali viveram.

Ainda bem próximo, avistamos uma bela fonte de águas resplandecentes, proporcionando uma brisa extremamente agradável; os respingos caíam sobre nossas cabeças, refrescando nossas mentes.  

Sentíamos muita vibração e euforia e tudo ia sendo registrado na memória do tempo. O que mais ressaltava aos olhos eram as fontes espalhadas em cada praça, abastecidas ainda por águas captadas de velhos aquedutos. Era a Roma dos ”Cesares”, imperadores que conquistaram vários “mundos” da época, e constituindo o “presente” da belíssima Itália.

O nosso fóco era o Coliseu, obra monumental, mandado erigir pelo imperador Vespasiano e terminado por Tito. Simbolizava as conquistas que arrebanhavam na época. Tudo para o povo da cidade que assistia aos espetáculos por conta desse rico império, palco de festas pagãs, regadas de luxúria, paixão e morte.

Tudo era recebido com emoção! Mas uma nostalgia se fez presente, porque momentos daquele “passado” glorificado de outras pessoas estariam conosco, quando de nossa entrada no magnífico teatro, agora combalido pelo tempo.

Seguimos em frente e descemos os degraus da estação; adquirimos os bilhetes de forma automática e aguardamos a chegada do trem.

“Começava ali uma verdadeira odisseia nos trilhos daquele Metrô”.

Não havia muitas pessoas aguardando a chegada, mas percebi que o comboio se aproximou de uma forma muito rápida e com uma parada brusca. Fiquei observando por alguns segundos o itinerário no mapa e, nesse momento, a esposa Dija, entrou no seu interior.

Para meu espanto, as portas foram fechadas de forma rapidíssima, saindo em ritmo acelerado! Fiquei “paralisado” ali na plataforma, vendo a companheira distanciar-se.

Do lado de fora, via a sua figura, ficando cada vez mais pequenina na janela de vidro, até que não a enxerguei mais...

Fiquei pensando o que fazer! Como havíamos combinado anteriormente que a descida seria na estação Coliseu, esperei o próximo horário, cerca de cinco minutos, embarquei e fiquei imaginando o que ela estaria pensando. A preocupação foi tanta que comecei a sorrir alto, para o espanto de algumas pessoas que estavam próximo.

A cada estação, eu ia até a janela e ficava observando se não estaria por ali. E assim fui fazendo até chegar à estação do destino. Lá se aproximando, enxerguei sua presença, mas o vagão foi parar bem distante de onde se encontrava. A porta se abriu, tirei o meu boné e fiquei acenando e correndo pela estação em sua direção.

Abraçamos-nos e demos muitas risadas e ficamos nos perguntando o que teríamos feito se não houvesse o encontro. Tudo foi esquecido, quando de longe avistamos o colossal teatro de arena.

Assim sendo, registramos aqui mais uma passagem muito engraçada acontecida conosco nessa viagem até a Itália.


sexta-feira, 5 de maio de 2017

EMBORNAL DE PANO E FORD BIGODE

EMBORNAL  DE  PANO  E  O  FORD  BIGODE



Sacola confeccionada em tecido grosso (lona, mescla, brim),
com alças laterais, usada à tiracolo.


No Brasil, ficou conhecido por Ford Bigode devido ao desenho da grade dianteira e pelas alavancas do acelerador e do avanço do motor, lembrarem o formato de um bigode.


 AGORA VEM O EMOCIONANTE RELATO...

Assistindo a um noticiário televisivo conclamando as pessoas para prestigiarem a inauguração de um museu de carros antigos, minha mente divagou por caminhos até então não percorridos, entrei em uma máquina do tempo e comecei a dirigir minha memória, misturando por acaso, uma obra de Deus, com personagens de ficção e realidade, algo imutável, e a noção sobre a passagem do tempo.

Enxerguei em nossa velha garagem, que acomodava guardados em desuso, uma relíquia maior, era um portentoso e valente Ford Bigode, que pertenceu ao meu avô Tonella, junto as inúmeras quinquilharias amontoadas.

Estava coberto por um encerado cheio teias de aranha, retirei a cobertura e passei a olhá-lo com mais atenção para o seu interior, lembrando que em um dia de repreensão dos meus pais, escondi no banco traseiro, umas relíquias características dos meninos na época. Veio então à minha mente se ainda estariam no mesmo lugar.

Aproximei-me da junção do banco de couro e o encosto, enfiei a mão e apalpando senti que aquele tesouro, estava lá, envolto por aquele querido embornal.

Colocando a mão em seu interior, senti o farfalhar de papéis, trouxe-os até a luz do tempo, e com uma alegria de menino, pude ver aquelas relíquias.

 No primeiro pacote, amarrados com barbante, algumas figurinhas de jogadores de futebol, a primeira foto era do Baltazar, herói corintiano do campeonato paulista do IV centenário, era carimbada, um luxo da época, pois mostrava que era difícil obtê-la. Depois veio outro pacote, de artistas de cinema: primeiro foi de Frank Sinatra, conhecido na ocasião como “olhos azuis” da canção May Way, depois Marilyn Monroe, encantadora e sedutora, mulher de sonhos inenarráveis da molecada.

Enquanto limpava o embornal, lembrei que foi costurado pelas mãos de minha mãe, produto dos seus magníficos retalhos, já que era eximia costureira.

Foram lembranças de um tempo que não volta mais. Assim, pintamos as cores de nossa vida.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Lembrança de Um Amigo


U
m dia desses, remexendo os meus guardados, deparei-me com um livro de poesias; olhando o autor veio à mente a figura de um moço, (como era na época), hoje não sei por onde trilha o seu caminho.

Seu currículo era impressionante, no mundo literário era comentarista da Radio/TV-Bandeirantes, onde tinha um programa semanal, no qual analisava os lançamentos dos livros de escritores iniciantes e em especial, os renomados.

Na área política, desenvolvia assessoria no Palácio dos Bandeirantes ao governo da época, no qual se destacou de tal forma, que veio a ser contratado para coordenar a campanha política do então Vice Presidente de um Grupo Empresarial no qual eu trabalhava na área de Recursos Humanos. No momento em que nos conhecemos pessoalmente, já tinha recebido como meta, ajudá-lo a desenvolver a coordenação da campanha em todo o Estado de São Paulo.

 Abrindo a contracapa, emocionei-me ao ver sua letra estampada na pagina branca, já meio amarelada, dirigindo a mim, e a minha esposa, uma dedicatória:

“À Dijanira para que junto com a sensibilidade do meu amigo Vendramini, possa caminhar pela estrada da minha poesia.”

Afonso Celso Calicchio
08 de Outubro de 1982.

Sempre gostei de poesias, tanto, que quando jovem, fazia e encantava as pessoas, e foi assim, que conheci minha esposa e nos enamoramos e seguimos nossa vida até os dias de hoje.

Para homenageá-la, ameacei fazer uma pequena poesia, mas vi que estou meio destreinado, no momento a minha verve está dirigida para a elaboração de crônicas e livros. (mas não faltará oportunidade, agora que estou nesse caminho)

Assim sendo, recorro ao livro que tenho nas mãos do amigo Calicchio.

Folheando as paginas, encontrei uma linda trajetória de incríveis palavras que transcrevo abaixo:


O ECO DO TEU GRITO

Alguém gritou no silêncio o meu nome, e o desespero fecundou o ventre da terra, violento, assustando os animais que dormiam a trégua dos homens, secando o leite no seio das mulheres, despertando o pranto na boca das crianças.

Alguém gritou no silêncio o meu nome, e a desesperança varreu o futuro dos encontros, agredindo o vento e profanando a verdade dos mortos, nos desertos, nos campos, nas cidades.

Ah! O desperdício do brado e do remorso, a escuridão estilhaçando o negro em mil caminhos num transbordamento de crepúsculos adormecidos em leitos sem amor e sem perdão.

Alguém gritou no silêncio o meu nome, e o arrependimento vagou pelas estradas e pelo tempo acreditando em todas as dúvidas, agigantando qualquer esperança de luz, de ruído, de sombra, de acaso.

Muito mais perdida que a aflição da verdade perde-se a crença na indagação do talvez, do grito que verga o caule frágil dos pinheiros, levantando a poeira sem passadas, explode na vida em céu aberto, arrancando das nuvens e êxtase da luz.

A chuva desaba implacável, sobre a paisagem e repentinamente o gotejar das folhas nos caminhos, o silêncio dos pássaros em seus ninhos, o perfume do mato e da terra molhada o rescender na profusão dos atalhos e na pequenez dos caminhos, traz a plenitude da paz, da calma e da harmonia.

Quando o silêncio retorna em madrugadas, o ruído exausto de teus passos levemente atemoriza.

Está toda molhada de angustias, exausta.
Teu grito adormeceu nos braços do infinito.

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Meu caro Calicchio:

Onde você estiver leve o meu abraço de paz, harmonia e muita saúde, do seu amigo hoje distante, sem saber o seu destino.

Antonio Vendramini Neto

A CIÊNCIA ADIVINHATÓRIA

Desde os tempos imemoriais, tem o homem procurado antever os efeitos de origem física, biológica e de inúmeras outras, surpreendendo as leis...