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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

TORINO, GRENÁ E SARDÔNICUS: MEMÓRIAS DE UM FUTEBOL QUE O TEMPO NÃO APAGOU

 

Derrotas ficam nas tabelas.
 As vitórias, no coração.


Sabe quando a gente fecha os olhos e consegue ouvir de novo o barulho da rua, os gritos da molecada e até o som da bola batendo no muro? Pois é… sempre que penso na minha infância, volto para aqueles dias em que o futebol era muito mais do que um jogo: era a nossa vida.

O COMEÇO DE TUDO:

Na Rua Zacarias nasceu o nosso orgulho: o Torino. O nome veio em homenagem ao time italiano que sofreu aquela tragédia aérea, mas que ressurgiu com coragem. Para nós, era perfeito: representava a persistência da molecada que jogava descalça, sem camisa, em campos improvisados, onde o juiz era sempre alguém da turma.

Nosso maior rival era o São Cristóvão, da Avenida Paula Penteado. Eles tinham sede em um bar e um personagem folclórico: o famoso “Tio Panca”. Andava se requebrando, cheio de pose, como se fosse craque. Exigia que carregássemos suas coisas, e a gente, claro, morria de medo e raiva dele.

Enquanto sonhávamos com jogos grandes, também inventávamos nossas travessuras. Jogávamos botão na casa do Zé Macabro — que tinha o teto carcomido de cupim, caindo sobre nossas cabeças. Ríamos sem parar quando pregávamos peças com a cédula amarrada no fio de nylon, vendo os adultos se abaixarem para pegar e desistirem xingando, enquanto as meninas gargalhavam do outro lado da rua.

Até que conseguimos comprar o nosso primeiro jogo de camisas, fruto de rifas e muito esforço. Foi a glória! Então decidimos desafiar o São Cristóvão. A negociação foi esquisita: “Tio Panca” já queria saber nossos segredos, quem era o melhor jogador, se tínhamos tática. O Zé Macabro, nosso “relações públicas”, aceitou uns goles de pinga que nos ofereceram e saiu de lá trançando as pernas, mas com o jogo marcado.

No domingo, entramos em campo. Foi duro. O São Cristóvão sufocava a gente, até que o Crau, nosso craque, chutou forte. A bola ia para fora… quando o Zé Macabro, estrategicamente encostado na trave, meteu o pé torto e desviou para dentro. Gol! A torcida nossa foi ao delírio. O juiz, que era da turma, validou. A confusão foi geral, terminamos correndo pelas ruas, alguns meio pelados, roupas na mão, escapando da fúria rival.

O Torino acabou quando o Aécio, nosso zagueirão fundador, mudou-se levando camisas e bola. Mas o futebol nunca morreu. Nasceu o Grená, que viajava nos campeonatos dentro do caminhão de macarrão “Gallo” do primo Serjão — fechado, cheio de cheiro de farinha, e a gente lá dentro, com a porta entreaberta para não sufocar.

Depois veio o futsal. O Tecão, meu primo, montou o Credi-City, campeão da cidade. Dali, numa madrugada regada a risadas na casa do Júnior, nasceu o Sardonicus — nome estranho, mas que dizia muito sobre nós: riso sarcástico, jeito debochado.

E foi com o Sardonicus que vivemos uma das maiores emoções. No torneio Marechal Mallet, caímos logo contra o poderosíssimo Unidos, campeão estadual. O retrospecto deles? Goleadas de 20 a 0. Entramos só para não passar vergonha. Perdemos, é verdade, mas o jogo ficou marcado por um momento mágico: o Rui, nosso driblador, passou a bola entre as pernas do capitão da seleção paulista. A torcida foi à loucura. No placar, derrota. No coração, vitória.

Final surpreendente

Hoje, quando folheio as fotos antigas, penso nos que já partiram — o Tecão, o Téia, o Ramos, o Ismael — e sinto um aperto no peito. Mas logo me vem o sorriso: talvez o maior título da nossa vida não tenha sido um troféu, mas o simples fato de termos jogado juntos, lado a lado, dividindo bola, gargalhadas e histórias que ainda hoje brilham como gols na memória.

✍️ 

Se esta crônica tocar alguém, mesmo que por um instante,

então ela cumpriu seu destino:

ser ponte entre o que fui e o que ainda sou.

 Toninho Vendramini

 Cada texto é uma janela aberta para o mundo — um mundo que vivi, sonhei ou apenas imaginei com olhos de quem nunca deixou de se encantar.

Não escrevo para guardar. Escrevo para libertar.

Libertar memórias, afetos, lugares e pessoas que ainda vivem em mim.

Cada linha é um convite, cada frase uma travessia.

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quarta-feira, 23 de julho de 2025

NOS CAMPOS DA IMAGINAÇÃO



Nos Campos da Imaginação
🌙

Deixe que eu solte meu ser por campos onde meus pés possam caminhar,
Sem máscaras... sem jogos... sem temores.

Que teus braços guardem meus segredos,
Minhas dúvidas, minhas verdades mais escondidas.

Faça-me esquecer o mundo lá fora — por um instante que dure o tempo que eu quiser.
Segure minhas mãos com o carinho que só você conhece.

Enxuga meu pranto com palavras que revelem um mundo possível,
Onde amor é gesto, e paz é silêncio compartilhado.

Mostra-me que posso ser mais do que um sopro na noite,
Ser o amor inteiro que permanece, que vive.

Protege minhas costas para que eu possa enfim dormir,
E me sentir na casa acolhedora dos teus braços.

Cavalga comigo — em noite de lua sobre um cavalo branco —
Até onde nossos sonhos se cruzem com a realidade imaginada.

Pois mesmo se esse lugar só exista em nós,
Será morada segura daquilo que nos faz renascer.

 Epílogo

Que esta travessia poética nos leve ao encontro daquilo que, mesmo sendo sonho, pulsa como verdade. Pois às vezes é na ilusão compartilhada que reencontramos a coragem de viver plenamente.

🔸

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