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sexta-feira, 3 de março de 2023

A FELICIDADE

 


A


FELICIDADE

É nosso objetivo na vida alcançar a felicidade, mas como obtê-la? 

Quanto mais a procuramos egoisticamente, pensamos em nós próprios e buscando-a nas coisas terrenas, acabamos  nos distanciamos dela. 

Depois de muito sofrer, vamos descobrir que ela consiste no nosso progresso espiritual, nas aquisições morais em aumentar  o cabedal das nossas boas ações, na nossa consciência tranquila e no equilíbrio das nossas emoções. 

Assim sendo, saberemos compreender a bondade infinita de Deus e teremos confiança  na sua justiça e sabedoria eterna. 

Enquanto o egoísmo, a vaidade e os ódios estiverem imperando nos nossos corações, não alcançaremos de modo algum a felicidade. 

Construamos então na rocha firme de nosso espirito, porque os alicerces são eternos!

A felicidade consiste na solidariedade edificante, no "Amai-vos uns aos outros ", como nos ensinou Jesus. Em resumo, a felicidade gloriosa consiste me fazer ou outros felizes. 

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Clique na frase ABAIXO e será remetido a outros textos formatados e com musicas no meu site:

www.sergrasan.com/toninhovendraminislides/

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

SEMPRE À MÃO

UM POUCO DE HISTÓRIA 

 

Se você procurar o inventor do saca-rolhas, é possível que encontre o nome do reverendo inglês Samuel Henshal atrelado ao feito. 

Em 1795, ele registrou a primeira patente oficial, mas a história desse objeto tão importante na vida dos amantes do vinho é um pouco mais antiga. 

Inspirado em um instrumento de guerra para limpar canos entupidos dos mosquetes que não disparavam, a primeira referência a ele como ferramenta para sacar rolhas aparece em um catálogo de um museu no ano de 1681. 

Ao longo dos séculos, evoluiu conforme as garrafas de vinhos, a produção e o armazenamento tambem melhoraram, e hoje já são mais de 300 patentes diferentes. 

Atualmente, existem diversos modelos de saca-rolhas disponíveis no mercado.


 Conheça outros textos em meu site.  

terça-feira, 17 de agosto de 2021

O MELHOR PERFUME

 O MELHOR PERFUME


Hoje existem edifícios mais altos e estradas mais largas,

porém temperamentos pequenos e pontos de vista mais estreitos.

Gastamos mais, porém desfrutamos menos.

Temos casas maiores, porém famílias menores.

 

Temos mais compromissos, conhecimentos, porém menos tempo.

Multiplicamos nossos bens, e reduzimos nossos valores humanos.

Falamos muito, amamos pouco e odiamos demais, mas não conseguimos atravessar a rua e conhecer nosso vizinho. Conquistamos o espaço exterior, porém não o interior.

 

É tempo de mais liberdade, porém de menos alegrias, mais comida, porém menos vitaminas....

Por tudo isso, proponho que de hoje e para sempre...não deixe nada “para uma ocasião especial”,

porque cada dia que você viver será uma ocasião especial.

 

Sente na varanda e admire a paisagem apesar das tempestades.

Passe mais tempo com sua família e com seus amigos,

coma sua comida preferida, visite os lugares que ama.


Não guarde seu melhor perfume, é bom usá-lo cada vez que sentir vontade.

Elimine de seu vocabulário as frases “Um desses dias”, “Algum dia”.

 

Escreva aquela carta que pensava escrever “Um desses dias”.

Digamos a nossos familiares e amigos o quanto os amamos.

 

Por isso não protele nada daquilo que somaria a sua vida sorrisos e alegria.

Cada dia, hora e minuto são especiais... e você não sabe se será o último.



ACESSE O LINK E SERÁ REMETIDO AOS MEUS TEXTOS SOBRE VIAGENS MUNDO AFORA

Toninho Vendramini Slides - Sergrasan

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

O TEU DIA DE HOJE...

Tudo chega a tempo àqueles que sabem viver.
Viver significa engrenar no ritmo do amor que pulsa em teu ser, deixando-te levar pelas águas mansas que tudo banha com sua compreensão, fidelidade e quietude.

O teu dia de hoje muito te trouxe...
Talvez hoje, talvez amanhã,
perceberás quanto aprendeste com ele.


A cada dia aprendes algo que contigo fica, consciente ou não, a iluminar teus passos rumo a tua verdade, a tua evolução espiritual.


Dá oportunidade para que este dia te traga
o que precisas aprender,
o que precisas provar e sentir.

Dá oportunidade para que estejas no lugar certo e na hora exata quando a ti chegar a brisa que te revelará frente a ti mesmo.
Viver significa crescer, construir!

Cada passo, cada palavra, cada ato
produz um efeito.

Aprende a dar amor, a dar alegria,
a dar compreensão, e teus dias
espelharão a tua fronte doce e risonha,
trazendo-te o que necessitas para estar tranquilo e fluindo no mais profundo amor.


Para ver textos formatados e musicados, clique ao lado direito no titulo: VIAGENS MUNDO AFORA.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

O PEDREIRO


Revendo os meus guardados de quando atuava profissionalmente, deparei-me com uma lamina que utilizava como palestrante, incentivar as pessoas, objetivando que escolhessem uma profissão com sabedoria. 

Agora, após minha aposentadoria, continuo com o firme propósito em divulgar aos que começam na vida profissional, uma história de reflexão.

O PEDREIRO 

 

Um velho pedreiro que construía casas estava pronto para se aposentar. Ele informou o chefe, do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com sua família.

Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar. A empresa não seria muito afetada pela saída do pedreiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao pedreiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.

O pedreiro não gostou de mas acabou concordando. Foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a ideia. Assim ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Foi uma maneira
negativa dele terminar a carreira. Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa construída. Depois deu a chave da casa ao pedreiro e disse: "Esta é a sua casa. Ela é o meu presente para você".  O pedreiro ficou muito surpreendido. Que pena! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo
diferente.

O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na sua construção. Depois, com surpresa, nós descobrimos que precisamos viver na casa que nós construímos. Se pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás. Tu és o pedreiro.

Todo dia martelas pregos, ajustas tábuas e constróis paredes. Alguém já disse que: "A vida é um projeto que você mesmo constrói".  Tuas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" em que vais morar amanhã.

PORTANTO A CONSTRUA COM SABEDORIA!

Agradeço pela oportunidade que me foi dada para evoluir.


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

MARSELHA



DESCUBRA MARSELHA

Continuando nossa travessia Europa Brasil, chegamos a terras francesas. A estibordo do transatlântico, enxergamos Planier, uma ilha natural, localizada perto do porto de Marselha, uma atração para os turistas que passam pela região, também mencionada no famoso livro,

”The Count of Monte Cristo”, 

é um romance da literatura francesa escrita por Alexandre Dumas.


Marseille é a segunda cidade mais populosa da França (cerca de 1.000.000 de habitantes) é a mais antiga.




A margem do mar mediterrâneo dedicou-se à atividade marítima e comercial: por isso, é hoje, o maior porto comercial. É uma cidade cultural, e de fato foi eleita Capital Europeia da Cultura.

É também é considerada a cidade da arte e da história. 

O Hino nacional da França, La Marseillaise, tem este título por causa das tropas revolucionária dessa importante cidade.

Pronto para passear pelas ruas da metrópole?  

Começamos pelo bairro Le Panier, o mais antigo, é cheio de pequenas ruas estreitas e íngremes, com muitas lojas e elegantes restaurantes e cafés. É o coração antigo de Marselha, a típica Vielle Ville da Riviera Francesa.

A cidade é um exemplo de multiculturalismo e dinamismo.

Admiramos a vista do Porto Velho, no promontório Fort Saint-Nicolas, e visitamos a Notre-Dame-de-la-Garde, o mais importante dos marcos da cidade, localizado no topo na colina.




Desde Marselha, começamos nossa jornada de descoberta da fascinante Aix-em-Provence, mergulhamos na história de Avignon.

 Suas muralhas medievais baixas cercam a cidade antiga, fechando em um ângulo que acompanha a curvatura no rio Ródano. Em um tour especial, visitamos as encantadoras cidades/vilarejos de; Isle-Sur-La-Sorgue, Gordes e Roussillon, que mostraremos em outras postagens.

As magistrais cores de Provença atraíram muitos artistas.

O pequeno porto de L’Estaque, no final na baía de Marselha, foi um refugio para Renoir, Braque, Dufy e Cézanne, que pintaram muitos ângulos da agua em todas as estações.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

ENCONTRE O SEU INTERIOR

VOCÊ SE ACHA UMA PESSOA FELIZ?
Como encontrar esse caminho?


Se a resposta for sim, o que faz você ser assim? 

Sua família? Seu emprego? Sua religião? Talvez esteja ansioso para encontrar uma razão, como terminar os estudos, um novo emprego ou adquirir um carro novo.

Muitas pessoas encontram certa alegria quando conseguem alcançar algum objetivo ou comprar alguma coisa que queriam tanto.

Mas quanto tempo dura essa onda de felicidade? 

Infelizmente na maioria das vezes, pouco.

Alguns já definiram a felicidade como uma sensação de bem estar que costuma durar. Ela varia desde estar contente com algo até uma profunda alegria de viver, e o natural, é querer que esse momento nunca se acabe.

Alem disso, já que não é uma sensação passageira, a felicidade é descrita, não como um destino ou objetivo a ser alcançado, mas sim como uma viagem. Alguém que diz "eu só vou ser feliz quando...", na verdade, está adiando a felicidade.

Podemos comparar a felicidade com a boa saúde. 

Como podemos ter uma boa saúde? Precisamos dar alguns passos como: ter boa alimentação, fazer exercícios e ter um estilo de vida saudável. Da mesma maneira, para sermos felizes, precisamos dar alguns passos e viver de acordo com bons princípios tais como:

Fique satisfeito com o que se tem e seja generoso;

Cuide da saúde e seja positivo;
Mostre amor e perdoe ao próximo;
Tenha um objetivo e esperança.

sábado, 3 de março de 2018

A CALMA É UM CONFORTO PARA A PAZ



REFLEXÕES...


Não se deixe consumir pelas excitações e nervosismos desses dias tão agitados. É compreensível que num tempo em que ainda se coloca que é dinheiro, tenha os ímpetos comuns da época, quais sejam os de ganhar e ganhar, temendo as necessidades futuras.

Cada um dos seus negócios ou outras ocupações, exigem atenção e envolvimentos especiais, entretanto, vale a pena não esquecer que tudo isso é secundário para a vida da alma, porque tudo isso vai ficar sobre o pó do mundo.

Então, devemos pensar que o corpo físico nos é emprestado enquanto estamos no planeta com os divinos objetivos do progresso espiritual.

Compreendamos, pois, que a calma deve se tornar companhia e conselheira dos nossos dias terrenos, ensinando-nos a fazer tudo com moderação, procurando vincular a mente ao psiquismo celeste, a fim de que não convertamos em tormento e destruição o que deveria ser fonte de vida e de alegria.

Tenha sempre calma, para que possa pensar e agir em tudo que faça. Dê ao seu corpo e mente, alguns momentos de repouso, para manter a necessária sanidade.

Encontre tempo para meditar sobre a sua realidade no mundo. Procure sintonizar-se com seu anjo guardião, com os nobres mentores da vida, pelo menos ao iniciar um novo dia de atividades.

Com calma em seu cotidiano, evitará as indisposições com terceiros, irritações na via pública e no trânsito, bem como os estresses desnecessários no lar.

Nada se perderá pelo uso da calma em sua trajetória humana, pois, longe de alimentar-se da idéia materialista de que tempo é dinheiro, começará a pensar que, fundamentalmente, tempo é oportunidade, que deverá aproveitar melhor.

Mesmo que deixe de lucrar algumas poucas moedas, no jogo enlouquecido das competições, conquistará harmonia e saúde, a fim de prosseguir na rota da felicidade que tanto deseja.

Seja qual for a situação cotidiana que o convide à ação, à tomada de atitude, faça-o com calma, e aguarde os resultados excelentes em clima de paz.

A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos que a possuem se servissem em conformidade com a vontade de Deus, seria fácil, para os espíritos, a tarefa de fazer que a humanidade avance.


Texto retirado da internet, sem autor definido, e adaptado ao meu estilo de redação.


terça-feira, 19 de setembro de 2017

ANOS DOURADOS DE UMA ÉPOCA VIVIDA



ANOS DOURADOS 
DE UMA ÉPOCA VIVIDA





Repassando algumas fotos e recortes de jornais, armazenados em uma caixa de papelão no meu armário de guardados, pude trazer, para o presente, algumas lembranças que estavam esquecidas nas paredes da memória.

Comecei a imaginar aqueles belos tempos, contemplando registros de uma época que muitas pessoas rotularam como “anos dourados”, da qual eu e muita gente da minha roda de amigos fazíamos parte.

Um recorte chamou mais atenção, pois trazia minha fotografia, tocando bateria na orquestra animadora das domingueiras matinais que funcionavam no Clube Grêmio dos Ferroviários. O início ocorria logo após a missa das nove horas, da tradicional igreja da Matriz.

A garotada que não ia ao cine Ypiranga assistir aos desenhos do Tom e Jerry corria para o Grêmio na rua logo abaixo da praça central para dançar o tal de rock, ritmo delirante daqueles tempos. A sensação era as músicas do Elvis Presley, astro americano que esbanjava categoria, e que eram tocadas nas rádios incessantemente; e nós, da orquestra, reproduzíamos loucamente, nessas domingueiras.

O nosso “Elvis” era o Ted Milton que tinha uma voz forte e parecida com a do famoso cantor. Ele estufava o peito e soltava a garganta e se requebrava todo nas músicas; Tutti Frutti, Blue Sued Shoes e, depois, as mais amenas, como Love Me Tender e Always On My Mind.

Depois de algum tempo, as domingueiras foram interrompidas, porque alguns membros da orquestra, que tocavam em baile do sábado, chegavam muito cansados. Eu, que só podia atuar aos domingos, gostava muito. Foi uma tristeza o fim daquilo tudo, porque já tinha virado um acontecimento regional, com pessoas vindas de vários lugares, para brincar e dançar o ritmo frenético.

Com isso veio a ideia de formar um conjunto musical que virou um trio, para tocar nas chamadas “brincadeiras dançantes”, copiadas dos filmes americanos. A primeira foi na casa de uma garota de quem nem me lembro mais do nome; fomos chamados pelos pais para saber o que era “aquilo”. E, depois de muita conversa, foi autorizada.

O local (uma grande garagem) era o ideal, porque havia por lá um piano, condição principal para juntar o acompanhamento (bateria e saxofone).

O trio não tinha nome, mas íamos sempre de camisa vermelha, calça e sapatos pretos. Dos componentes, eu era conhecido por Tony Vendra, cujo nome ficava estampado no surdo de pedal da bateria, comprado por meus pais, de tanto insistir para ter aquela parafernália maluca dentro de casa. Os outros dois, o Joel das “Candongas” ao piano e Joãozinho “Boa-Pinta” ao saxofone.

No dia marcado para “as dançantes”, meu pai pacientemente transportava em seu Ford os apetrechos da “batera” no porta-malas, que parecia uma “barca” de tão grande.

Já nessa época, imperavam as canções Italianas e as músicas eram as menos barulhentas, condição “imposta” pelos pais da moça; então, ficávamos nas músicas lentas, próprias para as danças de rosto colado, com muita “conversa fiada” ao pé do ouvido das meninas.

Na abertura, tinha uma música muito especial intitulada “Non Ho L’età” (“Não tenho idade”) cantada por uma menina do grupo, imitando a Gigliola Cinquetti, que, em seu conteúdo, falava que a garota ainda não tinha idade para namorar; e isso agradava os pais das meninas.

Começamos a ficar famosos, porque até os nossos professores mais jovens vinham assistir e também dançar. Na segunda-feira, na escola, era um falatório geral; ficávamos rodeados de meninas que vinham conversar sobre o que iríamos tocar nas próximas.

Em outras ocasiões, lá pelo meio da festa, era servido pela mãe da moça, para os mais grandinhos, o tal de “ponche”, uma bebidinha meio sem graça; então, “do nada”, aparecia uma garrafa de vodka com o conteúdo despejado na vasilha que continha a bebida (sem que ninguém percebesse).

Aquela bebida “ia para as cabeças” e muita gente começava a ficar alegre; muitas “declarações” eram faladas ao som do nosso trio. Desse momento, surgiu à idéia de, nos intervalos, fazer declamação de poemas e poesias, o que as meninas faziam com magistral postura poética.

No final, tinha muita gente que vinha de outros lugares; então, metade da turma ia para a rua e ficava dançando por lá, com muitos vizinhos gostando, e outros nem tanto, daquele movimento alegre e jovial. Havia “alguns” que “melavam o pé” e caíam no jardim da casa, depositando, nos vasos de flores, as comidas e bebidas sorvidas durante a festa.

Num desses eventos, fui convidado para me apresentar na rádio Difusora, aos sábados pela manhã, em um programa que tocava músicas a pedido de ouvintes, através de carta ou telefonema. Eu deveria atender aos telefonemas (tudo previamente combinado) e dizer que a música escolhida seria complementada com alguns versinhos (selecionados em conjunto com o programador), baseados naqueles feitos por mim e declamados pelas mocinhas, nas brincadeiras dançantes.

Eu topei logo de cara sabendo que a minha recompensa era receber entradas para os cinemas, oferecidas pelos cines Ypiranga e Marabá.

Antes de o programa ir para o ar, eu conversava com o locutor e programador para colocar somente músicas Italianas, que era a “coqueluche” do momento, com cantores maravilhosos da época, destacando alguns:


  • John Foster – Amore Scusami;
  • Lorella Vital – Se Non Avessi Piu Te;
  • Pino Donaggio – L’ultimo Romântico;
  • Sérgio Endrigo – Canzone Per Te.
  • Peppino Di Capri – Roberta;
  • Luigi Tenco – Ho Capito Che Ti Amo.
  • Domenico Modugno - Legata A Um Granello Di Sabbia, Piove e, Tu Si’Na Cosa Grande (Letra abaixo):
Canta Modugno:

Tu si’’na cosa grande per me. – Você é uma coisa grande para mim.
‘Na cosa Ca mi fà’nnamurà. – Uma coisa que me deixa apaixonado.
‘Na cosa Che si tu guarda a me. – Uma coisa que você olha para mim.
Me ne moro accussì guardanno a te. – Posso até morrer, assim, só olhando para você.
Vurria sapé na cosa da te. – Queria saber uma coisa de você.
Percchè cuanno te guardo accussì. – Se quando te olho assim.
Si pure tu te siente morì. – Você também se sente morrer.
Nom me o dice a num me fai capi. – Por que então não fala para mim?
Ma percchè. – Por quê?

Esse foi o grande Modugno que eu apreciava tanto, com belíssimas composições e um magnífico cantor. Chegou a vir ao Brasil onde se apresentou em São Paulo e Rio com grande sucesso. Todas essas músicas e astros marcaram o fim dos anos 50 e início dos 60, cuja época vivi, com muita alegria, sentindo, agora, uma saudade imensa dos Anni Moderni.

   


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A Lenda do Negrinho do Pastoreio




AS LENDAS DESSE NOSSO 
PAÍS SÃO AS MAIS VARIADAS.


AO LER O TEXTO SERÁ TRANSPORTADO PARA UMA OUTRA DIMENSÃO


As lendas desse nosso País são as mais variadas; estão mais acentuadas nos lugarejos distantes da nossa selva de pedra. Elas vagueiam pelos rincões, onde existe uma menor concentração de pessoas. O “contador” solta o verbo e a imaginação, fazendo a mente de quem ouve percorrer céus, terras e mares, aumentados pela crendice, perpetuando em seu bojo, caminhos inimagináveis. 

Certa ocasião, em viagem de férias pelo Sul do Brasil, mais precisamente na cidade de Gramado, na serra gaúcha, em uma noite de muito frio, após sair de um concerto musical, eu e a esposa tivemos a ideia de tomar um chocolate quente. Informou-nos uma das pessoas, a existência de um local, em uma rua que é conhecida como “A Rua Coberta”.

Era bem perto e fomos a pé, e logo percebemos a cobertura de telhas em arco em um de seus trechos, onde os turistas aproveitam a bela estrutura, cheia de bares e bistrôs, com um palco, no qual um conjunto de moças e rapazes se exibe, cantando músicas do folclore sulino. Ao lado, tinha uma fogueira; ao redor, fileiras de espetos com aquelas carnes preparadas com muito carinho e bom gosto por aquele povo, amante do churrasco e um bom chimarrão.

O alegre cantor do grupo, com vestimentas próprias da região, em um dado momento, apanhou uma espécie de vara que servia para direcionar o sapateado sobre a plataforma de madeira, e com suas longas botas, fazia um repique maravilhoso, emitindo sons de um sapateado lá dos pampas, arrancando aplausos das pessoas que estavam assistindo. 

Com aquela “vara”, que mais parecia um cajado, veio até uma das mesas e começou a “prosear”, informando que a próxima atração, seria uma música sobre uma lenda conhecida por “O Negrinho do Pastoreio”; afastou-se, em seguida, para reintegrar o conjunto no início da canção.

No decorrer dos versos, lembrei-me que seus integrantes, pareciam aquele famoso conjunto, “Os Farroupilhas”, que tanto se apresentaram em shows, teatros e muito nas redes de televisões, época que ainda existiam esses musicais.

Terminada a apresentação, o cantor, a pedido do público, veio até o centro da rua onde estavam postadas as mesas; foi solicitado então, que falasse mais sobre a lenda contida na canção. Com muita empolgação e todo vestido a caráter, foi falando com aquele sotaque peculiar:

- Olha aqui, moçada, sou gaúcho vindo lá do cafundó da fronteira, terra de índio e bugre bravo.

- Ta bom, eu sei disso, falou uma moça que estava mais perto; - queremos saber de toda a lenda desse menino negrinho, como aconteceu?

- Foi no tempo da escravidão, um senhor muito poderoso e rico, tinha em sua fazenda, uma criação de cavalos que era a sua paixão e também o seu sustento, uma vez que vendia, de quando em quando, lotes para um mercador que vinha de longe buscá-los.

- O filho desse senhor, falou o cantor/contador da lenda, era fruto de uma união com uma moça fina da cidade, que morreu no parto, e muito querido e estimado pelo pai; e ele, de desgosto, não casou mais, entregando para esse filho, tudo o que tinha.

- Mas vou dizendo: era meio que sem vergonha e de pouca vontade na lida com os animais; escolheu um negrinho esperto, em uma noite na senzala, embaixo do casarão, para tomar conta da tropa. 

O contador sorveu uma talagada de chimarrão, cortou um naco de carne do espeto, mandou que trouxesse um copo de pinga, daquelas fabricadas no pé da serra, e virou tudo de uma única vez; o líquido desceu goela abaixo, arrancando um suspiro e um forte urro, despertando os sonolentos no fundo da rua.

Nessa empolgação, colocou mais lenha na fogueira, para aquecer os ouvintes, sentados em mesas próximas ao seu palco iluminado. Contava que o patrão do negrinho, certa vez, comprou uma tropa de cavalos tordilhos, tendo como líder, um belo cavalo baio, que foi entregue ao negrinho para pastorear.

E o filho do fazendeiro, como sempre, para judiar do negrinho, espantava a manada, para ver o pai ralhar com o menino.

No prosseguimento de sua narrativa, contou que um dia o negrinho voltou para o casarão, sem a tropa. O velho senhor já com cabelos brancos, barba comprida e com um chapéu que lhe cobria a fronte, deu um berro da varanda, pedindo explicações por que estava voltando sozinho.

- É patrão, o seu filho espantou novamente os tordilhos, e o baio não conseguiu arrebanhá-los e sumiram pelas coxilhas.

- Seu desgraçado, insuportável de uma figa, venha cá que vou lhe surrar de chicote.

- Ah. Patrão eu não tenho culpa, foi o seu filho que espantou os animais.

- Vou lhe dar um castigo; hoje à noite vamos às coxilhas (campina com pequenas elevações arredondadas) e, se não acharmos os cavalos, você vai ver uma coisa, o chicote vai comer solto no seu lombo, negrinho dos infernos.

Lá nas coxilhas nada foi visto. Então o senhor, cheio de rancor, tirou as vestes do negrinho e o colocou sentado sobre um formigueiro e lascou o chicote, deixando-o todo ensanguentado para ser comido pelos insetos.

Três dias se passaram e o senhor acabou encontrando o negrinho perfeitamente são, por obra e graça de Nossa Senhora, que era a sua protetora. Estava em pé ao lado do formigueiro, tendo ali próximo a tropa desaparecida e o cavalo baio que lhe servia de montaria.

Nasceu, então, essa lenda com o nome de Negrinho do Pastoreio, que se tornou o protetor dos animais e das pessoas perdidas. Sempre que alguém perde alguma coisa no campo, pede-lhe ajuda, acendendo um toco de vela à noite em um local escuro.

De repente, naquele palco iluminado, as luzes se apagaram, o que teria acontecido? Coloquei a mão no bolso e percebi que me faltava a carteira. Rapidamente, solicitei uma vela ao garçom e a acendi, pedindo que eu a encontrasse. Nesse momento, meu pé sentiu algo embaixo da mesa: era a carteira! Seria um milagre? Lógico que não, foi pura coincidência.

Com as luzes ainda apagadas, ouviu-se então um tropel de cavalo, o som vinha em nossa direção e pudemos ver o negrinho montado no cavalo baio. Das patas do animal, no local escuro, saiam faíscas de suas ferraduras no asfalto da rua encantada, momento em que as luzes foram acesas.

No lombo do baio, o negrinho falou comigo:

- Pois é, senhor, encontrou a sua carteira, não é mesmo? Eu ouvi o seu pedido e vim aqui mostrar a minha força mental, para que o povo dessa terra continue acreditando nessa lenda.

Vou sempre ajudar as pessoas que perdem alguma coisa.

- Obrigado, mas de onde você surgiu? Quem é você?

- Faço parte do grupo de teatro que se apresentou lá onde vocês assistiram à peça teatral.

- Boa noite a todos disse o artista, continuem visitando nossa cidade e os encantos de nossa serra gaúcha. E retirou-se num galope aturdido e emocionante, saudando a todos os presentes naquele reduto de emoções, proporcionando, tenho certeza, uma bela noite de cultura, tendo como pano de fundo as lendas de nossa terra.

Foi servido, então, um belo churrasco para encerrar aquela noite maravilhosa; enfiei a mão no bolso e senti que minha carteira estava lá pronta para pagar a conta.

Foi quando acordei de um sonho... Tudo foi fruto de minha fértil imaginação. No criado-mudo, da cama do hotel, estava, ao meu lado, um prospecto de uma empresa de turismo, informando que à noite haveria uma peça teatral e depois todos iriam para a ‘rua coberta’ dar um passeio e tomar um chocolate quente, típico do local.


A nossa cultura é muito rica, os nomes podem variar em algumas regiões, mas as “estórias” e aparições nunca são esquecidas. Temos um grande repertório ligados à natureza, envolvendo pessoas, animais, rios e estrelas. As crendices populares são um tesouro cultural que não podemos deixar que desapareçam. Tudo isso, deveria ser cultuado nas escolas, pois as crianças teriam o que contar para os seus descendentes, não deixando morrer essas lendas maravilhosas.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

OS SAPATOS DO VALDEMAR



SE VOCÊ GOSTA DE CONTOS, ESSE É UM DAQUELES DE FICAR IMPRESSIONADO COM O FINAL.

EM MINHA PÁGINA DE CONTOS, AQUI NO SITE, PODERÁ VER OUTROS DO GÊNERO.
 BOA LEITURA.

Valdemar era um paulistano da gema, uma pessoa muito educada e bem vivida, se trajava muito bem, mantinha sempre a barba e cabelos aparados e unhas cortadas, calçados engraxados e lustrosos. Nas suas viagens como caixeiro-viajante, antes de visitar um cliente, utilizava uma loção, mantendo sempre a postura de uma pessoa bem asseada. Muito gentil, utilizava um vocabulário impecável, devido ao seu bom grau de escolaridade.

Sabia, como ninguém, demonstrar os produtos que representava, colocando argumentos convincentes, resultantes em um belo pedido para a empresa em que trabalhava. Tinha uma ótima clientela espalhada pelo interior do Estado e uma boa parte do sul de Minas Gerais.

Em uma segunda-feira, pela manhã, quando se dirigia para o escritório da empresa, disse para a esposa, que sempre o ouvia com um sorriso nos lábios:

- Olha, hoje à noite, tenho que viajar para o sul de Minas, para fazer toda aquela região e volto na quinta-feira; prepare, então, um bom jantar, que vou sentir falta de sua comidinha gostosa.
Lá pelas vinte horas chegou apressado, querendo jantar, pois logo mais tinha um jogo de futebol do seu amado Corinthians, que seria transmitido pela televisão; e não queria perder, porque o Ronaldão Fenômeno estaria presente.  

Terminou o jantar, beijou Alzira e começou arrumar a mala de viagem; nesse momento, lembrou-se do jogo, ligou a TV que ficava em sua bela sala, toda cercada de cortinas, e a tela abriu com o timão entrando em campo. Foi uma alegria quando ouviu o repórter entrevistando o Ronaldão, que prometeu marcar dois gols.

Deu um sorriso e falou para Alzira:

- Quero ver se ele vai fazer mesmo, está muito mascarado!

Enquanto o jogo se desenrolava, nos momentos de marasmo, corria para o quarto, apanhava as roupas e ia colocando na mala que já estava na sala, para não perder as jogadas. No momento em que estava no quarto, Ronaldão marcou um gol, ele veio correndo para a sala e soltou um palavrão:

- M... Perdi o gol! Será que vão repetir a jogada?

Na repetição, se deleitou com o gol e falou para Alzira.

- Não é que o gordo está cumprindo com a palavra! Só falta mais um.

Num daqueles momentos de monotonia do jogo, pensou: “vou buscar o meu par de sapatos sobressalentes”.

Abriu a sapateira e apanhou um par, quando ouviu a voz do locutor se encher de emoção, porque Ronaldão fez mais um. Veio correndo para a sala, com o par de sapatos na mão e ficou pulando na sala que nem um moleque. Abraçou Alzira, deu uma tapa na bunda e disse:

-Sempre que faço isso dá sorte! Êta bunda boa!

Foi então colocar os sapatos na mala; começou a embrulhá-los com um pano, para não sujar a roupa e percebeu que estavam sujos. Pensou em ir trocá-los, mas, naquele momento, o jogo estava bom e ficou com aquele par na mão. Pensou então: “Vou deixá-los aqui perto da cortina; pego outro e depois eu limpo esse aqui e deixo na sapateira”. Só que o jogo estava emocionante... Ele colocou na mala o calçado limpo, esquecendo-se de guardar aquele sujo, que ficou junto à parede com a biqueira voltada para a sala, e a cortina sobre o mesmo.

Valdemar exclamou:

- Vou embora, me dá aqui um beijo, vou assistir o restante do jogo no rádio do carro; o Ronaldão já fez dois e, agora, é só alegria.
Foi embora para chegar logo pela manhã no local de destino.

Alzira, que já estava meio sonolenta, foi deitar em seu quarto, sem desligar a televisão. Acordou no meio da noite e ouviu vozes... O que seria? Será algum ladrão? E foi, na ponta dos pés, para a sala de onde vinham as vozes. Então pensou: “Aquele maluco foi embora e não desligou a televisão”. Foi mais perto para desligar, quando viu, debaixo da cortina, aqueles calçados esquecidos por Valdemar. Pensou rapidamente: “É um ladrão, e está escondido atrás da cortina; e se ele avançar para cima de mim? É melhor chamar a policia”. 

Ligou para o 190 e pediu urgência, fornecendo o endereço e tudo o mais. Depois de uns quinze minutos, bateram à porta. Foi correndo abrir e deu de cara com um homem corpulento que logo se identificou como o sargento Nepomuceno.

- Pois não, minha senhora, o bandido está ainda aí?

- É, eu desliguei a TV e vi aqueles sapatos que ainda estão lá embaixo da cortina; vá logo para prender o ladrão.

Nepomuceno sacou de seu revólver trinta e oito e foi em direção à cortina na ponta dos pés; removeu-a com um golpe rapidíssimo e... o que estava lá atrás? Ninguém! Foi tudo uma ilusão de ótica da sonolenta e medrosa Alzira.

Ela parou de tremer, ficou calma e começou a agradecer ao sargento que não “tirava” os olhos de seu corpo, uma vez que estava com roupas íntimas e nem tinha se percebido. Começou uma conversa mole do sargento ‘blábláblá’, pedindo um copo de água, que ela foi buscar; e ele viu aquele corpo bonito, coberto apenas por uma roupa transparente, deixando ver todo o contorno de uma pequena calcinha branca, contrastando com o pano preto da capa rendada.

Alzira percebeu, então, a burrada que tinha feito em atender a um estranho com aqueles trajes. Quando voltou, o sargento perguntou se tinha café e estava prolongando a conversa que ela não respondia, transformando-se em um monólogo.

Ela agradeceu e pediu que se retirasse, porque já era tarde e estava com sono. Voltou para a cama e dormiu profundamente até à tarde do dia seguinte. Passado mais um dia, escutou batidas na porta da sala. Ficou temerosa e olhou para o corpo, para ver se estava trajada decentemente e perguntou:

- Quem é?

Do outro lado respondeu:

- É o sargento Nepomuceno; vim trazer os sapatos de seu marido, posso entrar?

Ela, então, percebeu que ele tinha levado os sapatos naquela noite, com o objetivo de retornar, para ver se conseguia algum sucesso em conquistá-la.

Foi quando Alzira falou:

- Pode deixar aí fora que, depois, eu pego.

- Mas eu limpei e engraxei os sapatos, estão brilhando; abra a porta e a senhora vai ver que beleza que ficou.

Apavorada, foi ao telefone, ligou para a Delegacia e denunciou o sargentão conquistador. Quando voltou para falar com ele, percebeu que não havia resposta. Virou a chave e abriu a porta, com cuidado, percebendo que os sapatos estavam na soleira.

A CIÊNCIA ADIVINHATÓRIA

Desde os tempos imemoriais, tem o homem procurado antever os efeitos de origem física, biológica e de inúmeras outras, surpreendendo as leis...