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sábado, 11 de outubro de 2025

GÊNOVA: A DAMA DO MAR QUE NOS ENCANTOU


Há lugares que nos recebem com beleza, outros com história — e há aqueles raros que nos envolvem com ambos. 

"O negrito nas palavras não está ali por acaso — clique e veja por quê."

Gênova foi assim para mim e minha esposa: uma cidade que se revelou aos poucos, como um livro antigo cujas páginas guardam segredos do mar, da arte e da alma italiana. Neste relato, compartilho os momentos que vivemos, as descobertas que nos surpreenderam e as emoções que permaneceram. Uma visita que começou com luzes no porto e terminou com o coração cheio de gratidão.

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Há lugares que nos recebem com beleza, outros com história — e há aqueles raros que nos envolvem com ambos. Gênova foi assim para mim e minha esposa: uma cidade que se revelou aos poucos, como um livro antigo cujas páginas guardam segredos do mar, da arte e da alma italiana. Neste relato, compartilho os momentos que vivemos, as descobertas que nos surpreenderam e as emoções que permaneceram. Uma visita que começou com luzes no porto e terminou com o coração cheio de gratidão.

Durante a manobra de chegada ao porto de Gênova, eu e minha esposa estávamos no lado esquerdo do navio, quando avistamos as estruturas imponentes da feira que sediava o International Boat Show. Logo depois, as luzes que delimitam a entrada do porto começaram a brilhar diante de nós, como se nos recebessem com um abraço marítimo. Naquele instante, me veio à mente um trecho de Francesco Petrarca que traduz com perfeição o que eu estava prestes a viver:

E foi exatamente isso que encontrei. Gênova, conhecida por esse título desde a antiguidade, no auge de seu poder marítimo, revelou-se uma cidade de ecletismo vibrante. O mar é o protagonista absoluto — ele molda a paisagem, a cultura e até o ritmo dos passos que demos pelas vielas medievais, ladeadas por edifícios elegantes dos séculos XVII, hoje transformados em museus e galerias de arte.

Apesar de influenciada pelo multiculturalismo, Gênova permanece firmemente enraizada em suas tradições. Essa dualidade é fascinante. A culinária, por exemplo, é uma celebração de texturas e sabores locais — dos vegetais frescos aos peixes delicadamente preparados — que conquistam até os paladares mais exigentes. E posso dizer com orgulho: conquistaram o nosso.

Revisitamos a magnífica Catedral de San Lorenzo, cuja consagração foi feita pelo Papa Gelásio II. A imponência da arquitetura e a espiritualidade do lugar nos envolveram como se estivéssemos em outra época.

Seguimos para o histórico Palazzo Ducale, antiga sede da República Marítima, onde cada sala parece contar uma história de poder e arte. Na beira-mar, o aquário nos surpreendeu com sua grandiosidade — parecia um transatlântico ancorado, abrigando 70 tanques com criaturas marinhas de todos os cantos do planeta. Ao fundo, uma caravela ativa completava o cenário, funcionando como um museu a céu aberto.

E claro, não poderia deixar de mencionar o pesto — uma das joias da cozinha genovesa. Feito com manjericão fresco, pinólis, sal, azeite extra virgem e queijo parmesão ou pecorino ralado, esse molho é muito mais do que um acompanhamento: é uma experiência. Embora o mundo inteiro o conheça, só em Gênova é possível provar o autêntico, com ingredientes locais que elevam o sabor a outro nível. Nós provamos. E jamais esqueceremos.

 Curiosidade Extra: 

Você sabia que Gênova abriga o maior centro histórico medieval da Europa? São quilômetros de ruas estreitas chamadas caruggi, onde cada esquina revela uma surpresa — desde pequenas lojas artesanais até igrejas escondidas que parecem saídas de um romance renascentista.

Na volta ao transatlântico, observamos o embarque do piloto local, que conduziu o navio com maestria para longe do porto. Era o sinal de que nossa jornada rumo ao sul-oeste, em direção a Barcelona, estava prestes a começar. Mas Gênova... Gênova ficou em nós.

🌊 Até breve, Dama do Mar!

Deixamos Gênova com o coração cheio e os olhos ainda brilhando. A cidade nos recebeu com história, beleza e sabor. E como Petrarca, eu também a enalteço: uma majestosa cidade que se ergue sobre colinas e se lança ao mar com orgulho e graça. Que privilégio tê-la conhecido ao lado da minha esposa.



            “Há lembranças que não envelhecem — apenas mudam de lugar.”

   

         “Entre retratos e ruídos, sigo escrevendo o que ainda ecoa.”


A estrada às vezes é silenciosa, mas vocês sempre estiveram por perto.

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ESTRANGEIROS FUGINDO DO FRIO EUROPEU





 Dubrovnik: Uma Escala Inesquecível no Adriático




Durante uma travessia transatlântica que partia de Veneza rumo ao Brasil, o navio fez uma parada inesperadamente encantadora: Dubrovnik, a joia da costa croata. Conhecida como “a pérola do Adriático”, essa cidade muralhada nos presenteou com história, beleza e situações tão curiosas quanto divertidas. E foi ali, entre monumentos e mal-entendidos linguísticos, que vivemos uma das experiências mais memoráveis da viagem.

O desembarque começou com um procedimento alfandegário incomum — passaportes em mãos, nos separamos do grupo principal, formado em sua maioria por brasileiros, e partimos para explorar a cidade por conta própria.

Logo nos vimos caminhando por ruas estreitas e avenidas floridas, até chegarmos a uma praça ornamentada com flores e monumentos. Um deles nos chamou atenção: uma homenagem aos heróis locais que perderam suas vidas na guerra de independência da antiga Iugoslávia, em 1991.

Enquanto admirávamos o monumento, um casal de estrangeiros se aproximou. A conversa começou tímida, impulsionada pelas sacolas com a logomarca do navio que carregávamos. Com esforço, eles nos contaram que estavam indo para o Brasil, fugindo do rigoroso inverno europeu. O destino final era uma comunidade em Mato Grosso, onde passariam toda a estação quente antes de retornar à Europa para o verão de lá. Era uma rotina anual, motivada pela idade e pela busca por climas mais amenos.

A conversa seguia entre tropeços linguísticos e boas risadas, até que o senhor tentou nos perguntar o nome das “folhas coloridas” que enfeitavam o monumento. Sem saber como dizer “flores” em português, ele balbuciava:

— Como chama esses... folhas colorridas? Como mesma?

Nesse momento, um grupo de brasileiros que também estava no navio se aproximou e, percebendo a dificuldade do estrangeiro, resolveu fazer uma brincadeira de gosto duvidoso. Um deles cochichou para o outro:

— Vamos tirar um sarro desse gringo...

E em voz alta disse:

— É bosta!

O senhor, sem entender o duplo sentido, agradeceu e compartilhou uma história curiosa: quando sua irmã foi operada, ele quis levar um presente ao hospital. E contou, com seu português improvisado:

— Eu cheguei perto da hostitale e comprou um vaso cheio de bosta, para levar parra meu irmon. Chegando na putarria da hospitale, eu falou para a mocinha de recepçon: “Gosta de bosta? Fica com um, está muito cheirroso.”

A gargalhada foi geral. O estrangeiro, percebendo que algo estava errado, lançou um olhar desconfiado ao brincalhão e quase partiu para o confronto. A tensão se dissipou e cada um seguiu seu caminho, ainda rindo do episódio.

De volta ao porto, enfrentamos outro desafio: o pelotão de fotógrafas italianas que aguardavam os passageiros nas escadarias. Mesmo sem intenção de comprar fotos, éramos alvos constantes de cliques e poses. Já cansados, recusávamos com bom humor, dizendo que todas as fotos dos cruzeiros acabavam iguais.

Uma delas, mais insistente, tentou nos convencer:
— Vieni qui, si otterrà un quadro di questo!
E, esforçando-se no português, pediu:
— Faz um sorrisada per foto!
Com 854 brasileiros a bordo, a fotógrafa não entendia por que todos riam tanto. Mas a espontaneidade do momento era irresistível.


 Gran Finale: Risos, Memórias e Marés

Assim terminou mais uma aventura em terra firme. Entre monumentos, mal-entendidos e boas risadas, Dubrovnik nos presenteou com uma história que jamais esqueceremos. E enquanto caminhávamos pelos corredores do navio, tentando evitar reencontros com os gaiatos, os estrangeiros e as fotógrafas, sabíamos que aquela escala tinha deixado marcas — não só nas fotos, mas na memória.
Porque viajar é isso: colecionar momentos que, mesmo improváveis, se tornam inesquecíveis.

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 Toninho Vendramini

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terça-feira, 3 de junho de 2025

O RASTRO BRANCO DE UMA HÉLICE


Vozes no Silêncio da Noite

Os Meus Antepassados...

Vieram de terras distantes, guiados pelo desejo de realizar sonhos e conquistar novos horizontes. A famiglia Vendramini tem suas raízes fincadas em Treviso, na Itália, localizada na encantadora região do Vêneto, próxima à majestosa Veneza.

A Itália Daqueles Dias...

A chegada ao Brasil aconteceu em 1884, num período em que a Itália ainda tentava se recompor da unificação, enfrentando desafios severos, principalmente no que se referia à produção de alimentos. A sobrevivência de seu povo, composto por diversas etnias, era um desafio constante, levando muitos a buscar novos caminhos além-mar.

O Brasil Daquela Época

O Brasil, ainda sob um império vacilante, com D. Pedro II no trono, dependia fortemente da mão de obra escravizada para sustentar suas vastas plantações de café, o motor de sua economia. A necessidade de substituir essa força de trabalho levou à abertura das portas para a imigração, justamente no momento em que o chamado Terceiro Reinado desenhava-se, tendo a Princesa Isabel como figura central de um projeto de "embranquecimento" da população. Assim, italianos, portugueses e espanhóis foram incentivados a migrar e recomeçar suas vidas em terras brasileiras.

O Desembarque da Família

Em 1884, o porto de Santos foi o primeiro solo que sentiram ao chegar ao Brasil. Seguiram rumo ao vilarejo de Banharão, nas proximidades de Jaú, Estado de São Paulo, onde começaram sua jornada como trabalhadores nas lavouras de café.

A vida não foi fácil. Como qualquer outro imigrante italiano da época, enfrentaram dificuldades extremas para se adaptar. Costumes desconhecidos, leis estrangeiras e, acima de tudo, um idioma completamente novo — o português — tornavam tudo mais árduo.

Os primeiros anos foram marcados por contratos injustos, obrigando-os a migrar de fazenda em fazenda na tentativa de encontrar melhores condições. Com o passar do tempo e muita luta, conseguiram comprar suas próprias terras, iniciando seu próprio cultivo de café.

Com o falecimento dos mais velhos, os filhos dividiram as propriedades, traçando destinos distintos na imensidão das possibilidades da vida.

O Chamado das Raízes

Minha afinidade com meus avós sempre foi profunda. Tanto que, em uma noite silenciosa, suas vozes ecoaram nos meus ouvidos, clamando por um retorno à terra que os viu nascer.

Movido por esse chamado ancestral, junto de minha esposa, embarquei em uma viagem de navio rumo a Treviso, carregando nos corações o sentimento daqueles que um dia partiram. Durante essa travessia, nasceu o poema que segue:

Vozes no Silêncio da Noite

Vozes ecoaram na noite,
choro sussurrado ao vento...
Eram meus ascendentes,
com saudades da pátria distante.

Falaram-me das terras abandonadas,
dos campos que jamais colheram,
dos parreirais que sonham rever...
Querem voltar.

Partiram tingidos de vermelho,
manchas de sangue e vinho
em camisas que se despediam.
Mulheres soluçavam,
com crianças em seus ventres.

No porto, águas verdes do Brasil...
Treviso ficava para trás,
Nápoles os conduzia ao mar azul,
na busca de sonhos e conquistas.

A embarcação não trouxe apenas corpos,
mas também a alma da família.

O tempo passou... Passou... Passou...
Agora retorno,
trazendo as cinzas do passado,
dos que viveram e sonharam
na terra de esperanças...

Mar revolto, canções antigas
acompanham o percurso,
na travessia das águas africanas.

Na primeira vista do continente,
solto ao oceano
uma nuvem cinza
guardada em velhas garrafas de vinho,
para marcar o caminho
daqueles que por ali passaram.

É o fim de um verão,
em um colóquio de emoções,
a bordo de um transatlântico branco europeu.
💩

Se hoje meus textos ressoam mais, se envolvem mais, se alcançam mais corações, é porque sigo me dedicando a aprimorar minha forma de contar histórias. E é essa jornada de aprendizado e aperfeiçoamento que desejo compartilhar com vocês!

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sexta-feira, 2 de maio de 2025

TRAVESSIA ATLÂNTICA DESDE VENEZA - ITÁLIA ATÉ SANTOS - BRASIL

 Esse é um relato das primeiras travessias que fizemos ao longo de outras, muita mágica, é uma travessia oceânica, passando do Mediterrâneo, ao fim do cruzeiro ao longo da costa sul da América.

TRATA-SE DE UM TEXTO LONGO, IDEAL PARA APRECIADORES DE VIAGENS TRANSATLÂNTICAS

VENEZA

Bem vindos a a bordo! Era a frase que mais ouviamos quando embarcamos em um transatlântico, saindo de Veneza na Itália, para uma travessia de vinte dias com paradas em alguns paises e finalmente chegando ao Brasil, onde desembarcamos no porto de Santos.

Do alto dos seus 14 andares contemplamos mais uma vez a maravilhosa cidade percorrendo o “Canalle della Giudecca”, visível à direita do navio e prosseguindo observamos a “Ponta della Salute”, com sua encantadora catedral.

Após ultrapassar a ponta do canal apreciamos a vista de um dos simbolos que fazem a Itália famosa; a catedral de “San Marco”, com sua imponente torre, que aparece na praça adjacente ao histórico palácio dos Dogi. Quase na saída admiramos na esquerda, a ilha “San Erasmo”, e a seguir, “Punta Sabbioni”, com sua graciosa praia, todo esse percurso durou quase uma hora, seguindo então nossa navegação em mares abertos para Dubrovnik capital da Croácia onde chegariamos ao amanhecer do dia seguinte.

DUBROVNIK

Chegamos bem cedo e logo após o café da manhã onde vimos todas às manobras de atracamento do navio fomos em direção a cidade, após passarmos pela alfandega tivemos que exibir os passaportes. Constatamos mais vez ser uma jóia de cidade no estilo medieval encravada na surpreendente Croácia que já consta com uma estupenda tradição turistica.

É a pérola da Dalmácia Sulista considerada como parte do patrimônio da UNESCO,  um museu a céu aberto e com um número vasto de restaurantes e tavernas. O clima é do Mediterrâneo e de forma moderado com vistas magníficas.

Percorrendo as ruas e praças naquela manhã de domingo,  pudemos constatar locais de exposição de flores de rara beleza, porém, sentimos um povo com expressão facial carregada de fortes emoções, decorrente das guerras que culminaram com a separação da antiga Yuguslávia, agora em três países, Croácia, Sérvia e Montenegro.

A famosa frase do escritor Irlandês Bernard Shaw é uma realidade quando disse: “Aqueles que procuram um paraiso ou querem o jardim de Éden na Terra, tem que vir a Dubrovnik”. Assim sendo, comprovamos e adoramos todos os encantos da cidade onde pela segunda vez tivemos a primazia de estar em mais um cruzeiro.

La Plaka é uma bonita rua de pedestres que começa desde o principio da Porta Pile e vai até a torre do relógio, quando  entramos por essa porta, admiramos o antigo monastério Franciscano abrigando uma farmácia que data de 1317. Em seguida, apreciamos a Igreja San Biagio, em estilo Italiano Barroco e depois o Palácio do Reitor erguido em 1441. 

NAVEGAÇÃO

Passamos o dia percorrendo inicialmente as dependências do navio e apreciando as atividades a bordo em um clima de 12 gráus. Nosso próximo destino foi a cidade de Cagliari situada no mesmo Golfo da Ilha Italiana da Sardenha, distante de Dubrovnik 752 milhas náuticas. Ainda nesta noite participamos da noite de gala, onde o comandante ofereceu um coquetel apresentando os principais ajudantes de sua tripulação, em seguida fomos ao jantar e depois assistimos a um espetáculo promovido pelos artistas da companhia de show, comandada pelo Diretor do Cruzeiro.

CAGLIARI

Surge no centro do Golfo, é a capital da política da economia e da cultura da ilha Italiana da Sardenha. Sua origem remontam aos Fenícios mas o seu maior desenvolvimento se deu sob o domínio Cartaginês que transformou em um importante centro maritimo comercial graças a sua saída natural para o mar. É hoje uma cidade agitada, durante o dia o vai e vem é continuo em frente às lojas e nos cafés, onde as pessoas se encontram para conversar. Turística por natureza oferece ao viajante um mar transparente e cristalino junto a uma praia entre as mais belas de todo o Mediterrâneo, contendo ainda várias lagunas e oásis naturais únicos.

Contemplamos ainda museus e monumentos e muitas lojas de artesanatos e antiquários.

O bairro medieval de Castello é o simbolo e o coração da cidade com seus grandes muros que ainda hoje cercam grande parte de seu perímetro com as imponentes torres de São Pancrazio e Dell’elefante e o magnífico bastione de Saint Remy a porta dos Leões na Catedral de Santa Maria.

Suas ruas estreitas dão encanto aos palácios antigos como o Real e o Vicereglio onde estão o complexo dos museus, antiquários com seus artesões estando sempre em processo de produtividade em prol da comunidade e para o delírio dos compradores que corriam para suas lojas.

Todas essas atrações foram por nós observados e admirados percorrendo as ruas com um carro tipo van que alugamos no porto juntamente com outros casais.

No retorno descansamos dessa jornada e após o jantar foi oferecido no teatro uma noite com cantores líricos apresentando o show Ligths of Viena.

Fomos dormir contentes e muito cansados e nem vimos à noite passar, mas soubemos que o transatlântico percorreu o largo do Mar Tirreno até encontrar mar aberto com destino a Palma de Maiorca.

 

 

PALMA DE MAIORCA

Durante o nosso quarto dia de cruzeiro estávamos a caminho para essa maravilhosa cidade balneária da Ilha Espanhola onde ficamos por um dia e uma noite, durante o percurso passamos pelo seu ponto mais estreito que é chamado Ponta Salina, de onde avistamos outra Ilha chamada de Cabrera e logo mais, desembarcamos em Palma capital da Ilha e importante porto.

O lugar é de efervescência e magnitude misturando história e cultura, onde o antigo formado por construções medievais é um labirinto fascinante de entradas que evidenciam o seu passado árabe. As entradinhas são estreitas, silenciosas e circundadas por uma série de edifícios muito interessantes, as quais mostram arquiteturas que são comparadas com as das ruas das cidades mais famosas da Espanha. O local ainda oferece aos apreciadores grandes corridas de “toros” além de conter várias lojas onde são vendidos colares de pérolas que são cultivadas nos arredores da cidade propiciando aos artesões magníficas criações.

O centro histórico se estende desde o porto comercial e conta no seu interior importantes monumentos como a catedral e o Palácio Real, construído sobre as fundações de Alcazar e da mesquita destruída quando os cristãos reconquistaram a cidade da dominação dos Moros ou Mouros em Português.

O arquipélago de Cabrera mesmo que distante de Palma é considerado administrativamente parte do município somando-se a tudo, o local tem um afluxo com mais de 22 milhões de turistas ao ano.

Retornando ao navio, fizemos um merecido descanso e posteriormente, fomos tomar o chá da tarde em um nobre salão onde os músicos italianos nos brindaram ao piano e violino com belíssimas canções que ouvíamos confortavelmente em um macio sofá nos permitindo sonhar e quase dormir.

Após o jantar assistimos a um belo show no último andar próximo a uma das piscinas em um local por nome Lady Armonia com um magnífico Buffet Espanhol sob os acordes do conjunto brasileiro Tribrazil Band.

Enquanto dormíamos o navio seguia silenciosamente seu roteiro rumo ao esplendido porto de Barcelona.     

BARCELONA

A rambla é o centro vital da cidade onde se encontram muitas lojas de lembranças, bares e restaurantes típicos de “Tapas e Paella” por lá transitam e se apresentam os famosos artistas de rua que logo após apresentação, “seus assessores” vem arrecadar moedas de euros. Percorrendo pelo local nos deparamos com um mercado como nunca antes vistos por nós, local perfumado exibindo comidas saborosas que degustamos em forma de “tacos” acompanhados de sucos e tambem sangrias. Mas é um local perigoso para os turistas, existem muitos “batedores de carteira”, alguns dos companheiros de viagem foram contemplados.

Visitamos a sagrada família como sendo o ápice do projeto arquitetônico do grande artista espanhol Gaudí, em estilo neogótico que continua em construção com previsão para o término daqui a vinte e cinco anos. É genial e maravilhosa é um hino de fé do arquiteto que a projetou, vimos ainda outras obras do artista, como a casa “Millá” ou “Batló”, coberta de azulejos coloridos. Tambem esteve no roteiro o parque Guell que foi concebido como cidade jardim para 60 famílias mas sómente duas foram vendidas e uma foi adquirida pelo próprio artista, depois fomos até o parque Montjuich e o Estádio Olímpico, onde aconteceram as olimpiadas.

Na praça Catalunha, assistimos o show de águas dançantes, espetáculo de rara beleza com uma fonte jorrando águas coloridas ao som de belas músicas, parecendo um concerto em um teatro.

Durante a noite o navio galhardamente partiu em direção ao continente africano onde avistamos a maravilhosa cidade de Cartagena e continuamos passando pelo Capo de Gata e depois o navio começou a cruzar o estreiro de Gibraltar no aceano Atlântico com o mar Mediterrâneo por onde foi possível ver mais tarde, a costa Espanhola e ao sul Tânger uma cidade Marroquina.

Enquanto o navio deixava de forma definitiva o estreito, fomos curtir mais essas paisagens no mirante e depois assistimos no teatro La Fenice o Hechizo Espanhol com danças em tablados e cantorias com castanholas, pelos artistas do navio.

E assim terminava o oitavo dia de mordomias e alegrias a bordo do robusto transatlântico, levando-nos a seguir, para a cidade portuária da Espanha “Cádiz”.  

CÁDIZ

O navio começou àportar na cidade por volta das 7:00 horas e ouvindo os ruídos do atracamento abrimos as cortinas de nossa janela mirante e pudemos então apreciar a portentosa cidade. Após o café matinal seguimos “solos” pelas ruas e fomos caminhar por Cádiz.

O frio era intenso, doze graus, mas tínhamos nos municiado com apetrechos para enfretá-lo, mesmo assim o vento era quase que cortante em nossas faces. Aos poucos a temperatura foi subindo mas não passou dos dezessete.

Sem dúvidas, foi a melhor maneira de conhecer os seus encantos. Saímos do porto em direção a Praça Espanha, também a da Mina e a rua Ancha e admiramos vários monumentos e palácios, em um dado momento, nos deparamos com a espetacular Praça de San Juan de Dios situada perto do mar, nos sentamos em um banco e ficamos observando o despertar daquela preguiçosa manhã de domingo naquele lugar encantador.

Todos os nossos caminhos levavam àquelas ruelas de estilo medieval, pois a cidade moderna está longe, os “becos” eram elegantes e algumas lojas começam abrir expondo seus produtos. Tratava-se de casas típicas de queijos, “jamones” salames, chocolates e vinhos de marcas deconhecidas para nós, mas muito procuradas no lugar.

Em um momento em uma das pequeninas ruas enxergamos uma loja de aparência muito interessante, parecida com aquelas “vendas” do nosso interior paulista, entramos e nos extasiamos com uma prateleira contendo vinhos espanhóis, uns de fina categoria, outros eram artesanais. A degustação podia ser feita com pequenas taças acompanhadas de queijos maravilhosos. Ao sentir o aroma perfumado de uma marca, sorvi em uma taça, gostei e comprei algumas garrafas. 

No caminho de volta ao porto, passamos pelo parque Genovês, depois a Catedral de 1722 construída em estilo barroco e neoclássico.

Quando retornamos começamos a enfrentar uma navegação em mar aberto por seis dias, sendo o próximo porto o de Recife no Brasil percorrendo assim, 3128 Milhas Náuticas e fazendo os acertos de mudança de horários, de modos que chegamos ao Brasil, com o fuso horário em dia.

NAVEGAÇÃO

No primeiro dia saindo de Cádiz começamos com as mudanças de fuso horário, logo após assistimos uma missa na ponte seis, no teatro La Fenice e depois percorremos outras dependencias, ouvindo músicas das mais variadas conforme a ponte onde nos encontrávamos. Nos detemos mais junto as piscinas onde assistimos shows, tomando saborosos drinks nas espreguiçadeiras e vendo todo o movimento das pessoas em ritmo de alegria e muita festa.

Terminamos a noite com uma apresentação espetacular da equipe de animação.  Fomos ao cassino tentar a sorte  nas máquinas caça-níquel. Nesse momento recebemos à informação que iriamos  atravessar algumas das ilhas canárias como a de Lanzarote e Fuertaventura.

E assim os dias foram passando e na janela dos nossos olhos enxergamos o arquipelago de Cabo Verde e a linha imaginária do Trópico de Câncer, entrando em zona tropical.

Um show em uma das noites apresentaram-se artistas brasileiros que estavam em um navio da Grécia, o capoeira Show, folclore afro-brasileiro que foi muito aplaudido pelos estrangeiros, uma vez que estávamos com 854 brasileiros à bordo, embarcados conosco em Veneza.

As tardes após o romântico chá das cinco iamos ao teatro participar do “Quiz Campeões do Mundo”, respondendo as perguntas e somando pontos onde no final uma equipe Inglesa somou mais pontos e receberu das mãos do capitão o trofeu de vencedores.

E o navio em sua batalha contra as aguas do aceano seguia firme em direção a linha imaginária do Equador que divide a terra em dois hemisférios o do Norte e o do Sul. Depois do jantar fomos ao teatro assitir “Una notte all’Opera com os tenores Italianos.

Chegou então o dia em que atravessamos a linha do EQUADOR. Derrepente alguém travestido de Rei Netuno entrou a bordo para encontrar todos os corajosos viajantes que passaram a linha, foi uma festa de arromba com uma  cerimônia bastante interessante com o pessoal fantasiado circulando e participando do bastismo do Netuno nas  piscinas, nesse momento começamos a ouvir apitos estrondosos como se fosse uma trovoada a cada dez minutos festejando a passagem. Nesse dia recebemos os diplomas do Comandante.

Prosseguindo em nossa navegação, começamos  avistar a Ilha de Fernando de Noronha, distinta ilha turística que faz parte de um grupo insular situado no Oceâno Atlântico cerca de 400 Km distante da Costa de Pernambuco. A Ilha é a única habitada com 1266 pessoas. Sua composição é de origem vulcânica e foi avistada pela primeira vez pelo navegador português  que leva o seu nome. Trata-se de uma extraordinária reserva natural e marinha, compreendendo numerosas espécieis vegetais e animais. Foi sede de uma colonia penal utilizada por Portugal e tambem pelo Brasil. A fauna e a flora é abundante e estende-se até o nordeste do Cabo de São Roque que fazem parte do território Nacional do Brasil e do Estado de Pernambuco.

 

RECIFE

Depois de muito tempo fora do Brasil, onde antes de embarcar em Veneza, fizemos um tour Europeu, aportamos em terras Brasileiras. Já estivemos nessa capital por várias vezes e o panorama não mudou nada, exceto que no bairro onde aconteceu a invasão holandesa com os casaríos em terríveis condições de conservação. Soubemos que está sendo desenvolvido uma ampla reforma e restauração nos casarões para receber turistas por ocasião da Copa do Mundo de Futebol, presenciamos alguma coisa em andamento.

 

Destaca-se ao nosso ver, a cidade de Olinda, tantas vezes por nós visitada, fundada no século 16 pelos portugueses, a história desta vila é estreitamente conexa a produção de cana-de-açucar.

Reconstruída depois de ser saqueada pelo Holandeses, as suas origens urbanas reaparecem no século 18. O equilíbrio harmonioso criado entre os edifícios jardins e as igrejas em estilo barroco, contribuem para o aumento do fascínio todo muito particular desse lugar que tem esse nome em razão dos portugueses quando a descobrirem, exclamarem  Ó linda!!!

 

SALVADOR

Durante toda a manhã começamos a enxergar a costa do estado da Bahia, entramos na Baía de Todos os Santos e  foi possível ver a Ilha de Itaparica e a direita a cidade de Salvador.

A cidade atrai turistas do mundo inteiro, envolvidas por sua história, beleza natural, culinária, miscigenação, sincretismo religioso, arte e algo abstrato, mas percebido por todos; uma energia no ar, o famoso axé.

Como já dizia o poeta, é na Bahia que mora a alegria. Visitamos o centro histórico, seus casarões e igrejas, sem falar das cores do Pelourinho, onde almoçamos no famoso restaurante da Dadá, depois descemos o elevador Lacerda e em seguida o Mercado Modelo, a igreja de Nosso Senhor do Bonfim e o forte Santo Antonio, conhecido como Farol da Barra de Mont Serrat.

O Armonia continua em sua navegação sempre a volta da baía de Buzios. Logo percebemos o arquipélago de Abrolhos e fomos alertados pelos oficiais do navio, enquanto retiravamos nossos passaportes no ponte seis, que algumas baleias faziam evoluções de acasalamento que são rotineiras nesse lugar, nessa época do ano foi espetacular essa visão.

A noite o comandante Giuseppe convidou seus hóspedes para um coquetel de despedida no teatro La Fenice, regado com muita champanhe com um som produzido pelo conjunto Brasileiro e depois veio o jantar de gala, tudo de forma deslumbrante e alucinante com os garçons em trajes de gala e o serviço de mesa foi a francesa com magníficos pratos típicos daquele país. Depois dessa noite de grande magia para os olhos desfrutando de ótima comida e sorvendo vinhos maravilhosos, nos despedimos ao som de uma música que encheu o ambiente do restaurante, com os garçons desfilando pratos com velas acesas no topo tudo a meia luz.

 

BÚZIOS

Pela manhã já foi possível ver a cidade o navio atracou na enseada, uma vez que por lá não existe porto onde ficou ancorado durante nossa estadia em terra. O desembarque foi feito através de lanchas.

Podemos dizer que boa parte do sol local, “pertenceu” a famosa atriz da década de sessenta, a Brigitte Bardot, pois nesse recanto aprazível encontrou o paraíso que já não podia desfrutar em Saint-Tropez.

Localizada a 171 Km da capital com sua origem em uma pequena aldeia pescadora, esta península que mais parece uma ilha, com 8 km de extensão é de uma beleza incomparável, é hoje um sofisticado balneário  com uma agitada vida noturna, que começou com a vinda da atriz. Na baixa estação se transforma em uma atração para os apreciadores da gastronomia, arte, ecologia e bom gosto. 

SANTOS

 

O navio continua sua navegação para esse porto, um dos principais do Brasil, logo pela manhã, passamos por São Sebastião e em seguida ao porto onde embarcou o prático para as manobras de atracamento. E assim concluímos essa mágica travessia oceânica, passando do Metideterrâneo ao fim do cruzeiro ao longo da costa sul da América.

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sábado, 26 de abril de 2025

PALERMO A CAPITAL DA ILHA DA SICÍLIA - ITÁLIA


MAIS UMA TRAVESSIA ATLÂNTICA
Visitamos a encantadora cidade de Palermo, a vibrante capital da Sicília/Itália, marcando a primeira parada de uma emocionante travessia atlântica iniciada em Civitavecchia, um centro vital para o transporte marítimo italiano.

FONTANA PRETORIA

Após desfrutar de uma última vista do hotel, seguimos rumo ao porto, onde nosso transatlântico aguardava ansioso para dar início a uma jornada de 20 dias inesquecíveis. Durante essa aventura, exploramos diversos países até finalmente chegarmos ao nosso querido Brasil, desembarcando em Salvador, Bahia.

O Deslumbrante Porto de Palermo

A costa italiana nos recebeu com braços abertos, revelando sua beleza ímpar. Caminhamos e dirigimos por paisagens de tirar o fôlego, comprovando a fama mundial que a Itália carrega tão merecidamente. Palermo, a maior cidade da Sicília, situada ao sul da "volta da bota" no mapa, é um verdadeiro tesouro cultural e histórico que encantou nossos olhos e nossos corações.

Monte Pellegrino e o Santuário de Santa Rosália

A subida ao Monte Pellegrino foi uma experiência sublime. No topo, nos deparamos com o Santuário de Santa Rosália, padroeira de Palermo, incrustado em uma gruta deslumbrante. A vista panorâmica de lá é simplesmente de tirar o fôlego! Além disso, a história das relíquias da santa adiciona um toque místico ao local.

O Magnífico Palazzo Reale

No nosso caminho, o impressionante Palazzo Reale, também conhecido como Palazzo dei Normanni, surgiu como um marco de grandiosidade. Sede da Assembleia Regional da Sicília, sua fachada renascentista e histórias envolventes reforçaram nossa admiração por este monumento tão importante.

Teatro Massimo: Um Gigante da Ópera

Entre as muitas surpresas, o majestoso Teatro Massimo Vittorio Emmanuele brilhou como uma joia incomparável. Famoso mundialmente e o maior da Itália, sua arquitetura é de encher os olhos. Além disso, o local foi cenário de momentos marcantes do cinema, incluindo uma das cenas mais icônicas de "O Poderoso Chefão III".

Fontana Pretoria: Beleza e Controvérsias

No coração histórico de Palermo, encontramos a elegante Fontana Pretoria, adornada com estátuas nuas que foram alvo de protestos no passado, rendendo à praça o apelido de "Piazza della Vergogna". Um cenário fascinante que misturou história e beleza artística.


Encerramos nosso dia com chave de ouro: apreciamos petiscos deliciosos acompanhados de vinho branco antes de embarcar. Do alto do mirante do navio, assistimos as manobras para deixar o porto, enquanto nos despedíamos da Sicília com vistas maravilhosas e rumávamos à próxima parada: Valência, na Espanha.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

CAMINHOS E ENCONTROS





Viajar contigo é percorrer caminhos de alegrias, que vão ao encontro do esperado e o planejado, para chegar ao paraíso, através de uma nave ou uma estrela.


Viajando assim, vamos conhecendo os espaços de uma rua, avenida, uma praça, um rio, ou um oceano.

Viajar é se abrir para o mundo e conhecer o novo!

Viajar contigo é entrar em um jardim de um castelo medieval, com flores brancas esperando o teu sorriso, contemplando uma bela estação, como faz uma Rainha; e eu, com o coração cheio de alegria, serei o seu Rei.


Qualquer que seja o meio que nos transporta, fico com teus cabelos
em meus ombros, sentindo que sonhas com a brisa no rosto, e a certeza que
despertarás amanhã,
com o calor de um novo dia,
que avistaremos em forma de panorama, através da varanda em nosso leito majestoso do transatlântico, que esparrama ondas, embalando os nossos sonhos de viajantes.

ILHÉUS: ENTRE CACAU E MISTÉRIOS

VOCÊ VAI VER DETALHES DOS BORDEIS DOS CORONÉIS. ´   estátua de Jorge Amado Nossa jornada nos levou a Ilhéus , a cidade que respira caca...

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