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quinta-feira, 31 de julho de 2025

ORDENS CRIADAS DURANTE O IMPÉRIO NO BRASIL




ORDEM DA ROSA


 Heranças do Império: As Ordens Honoríficas e o Legado Vivo da Família Imperial Brasileira


Entre brasões, condecorações e histórias entrelaçadas, o Brasil monárquico deixou um rastro de elegância e propósito que resiste ao tempo. As Ordens criadas por Dom Pedro I não apenas exaltaram momentos marcantes, como também consolidaram valores de honra, fidelidade e reconhecimento. Este ensaio percorre essas relíquias simbólicas e revela como, mesmo após o término oficial da monarquia, o legado da Família Imperial permanece pulsante nas tradições culturais e cerimoniais da nação.

 As Ordens Honoríficas do Império

 Ordem de Pedro I (1826)

Criada em 16 de abril de 1826 por decreto de Dom Pedro I para comemorar a Independência do Brasil, esta ordem era composta por:

  • 100 cavaleiros
  • 50 comendadores
  • 12 grã-cruzes

Os membros da Família Imperial e convidados estrangeiros de destaque eram considerados supranumerários. A insígnia — conhecida como “Ordem do Dragão” — exibia:

  • Dragão com asas vermelhas voltadas à esquerda
  • Coroa antiga esmaltada de branco e perfilada em ouro
  • Escudo verde com as iniciais “P.I.”
  • Fitas verdes com a legenda: “Fundador do Império do Brasil”
  • Ramos de café folhados e frutificados
  • Coroa imperial forrada de verde

No reverso, apareciam as inscrições:

  • Data: “16/04/1826”
  • Legenda: “Ao reconhecimento do Império do Brasil”
  • Faixas verdes orladas de branco completavam a insígnia

 Ordem da Rosa (1829)

Instituída em 17 de outubro de 1829 por Dom Pedro I para eternizar a memória de seu enlace com Dona Amélia de Leuchtenberg. A inspiração teria surgido das delicadas rosas que ornavam o vestido da princesa ao desembarcar no Brasil.

A insígnia civil e militar reunia:

  • Estrela de seis pontas esmaltadas de branco
  • Grinalda de rosas folhadas na cor natural
  • Disco central com o monograma “AP” (Amélia e Pedro)
  • Legenda: “Amor e Fidelidade”
  • No verso: data do casamento (02/08/1828) rodeada por: “Pedro e Amélia”

Durante os impérios de Pedro I e Pedro II, foi concedida a:

  • Professores
  • Empreendedores da indústria e da lavoura
  • Senhores que libertavam seus escravos — reconhecidos pelo “relevante serviço prestado ao Estado e à humanidade”

 A Casa Imperial Hoje

A memória monárquica permanece viva e atuante no Brasil contemporâneo. Após o falecimento de Dom Luiz de Orleans e Bragança em 2022, a liderança da Casa Imperial passou ao seu irmão mais novo:

👤 Dom Bertrand de Orleans e Bragança

  • Trineto de Dom Pedro II
  • Advogado formado pela USP
  • Ativista em prol dos valores monárquicos
  • Líder cerimonial e representativo da Família Imperial

Dom Bertrand exerce suas funções com presença marcante em eventos, palestras e atividades oficiais, especialmente na sede da Pró Monarquia, localizada no bairro do Pacaembu, em São Paulo.

 Gran Finale

Assim como o brasão imperial guarda em seus símbolos o esplendor de uma era, a Família Imperial Brasileira continua a exercer seu papel representativo com discrição, dignidade e paixão pela memória nacional. A presença de Dom Bertrand não apenas reafirma o vínculo histórico entre passado e presente, como também inspira gerações a valorizar o legado monárquico como parte viva da identidade brasileira.

Mais do que relíquias, as Ordens imperiais são testemunhos duradouros da nobreza de espírito que moldou — e ainda influencia — a história do Brasil.

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sexta-feira, 25 de abril de 2025

PORTO SEGURO ONDE NASCEU O BRASIL






A cidade foi, oficialmente, o primeiro local onde aportaram os navegantes portugueses comandados por Pedro Álvares Cabral, quando do descobrimento, em 1500. Possui antigos monumentos históricos, além de paisagens naturais de rara beleza ao longo da costa.

Visitar o sítio histórico da cidade alta foi uma emoção muito grande; trouxe, ao nosso presente, momentos vividos por aqueles desbravadores portugueses, coragem e o discernimento dessa grande aventura chamada Brasil, deixando em seu rastro quase que uma obrigação de defendê-lo, em termos de história, para o meu pequeno neto, o Lucas, que nos acompanhou.

Vimos por lá inúmeros turistas em visita ao Monumento Nacional, instituído por decreto presidencial em 1973. Trata-se do primeiro núcleo habitacional do Brasil; além de ostentar o marco do descobrimento, desempenhou papel importante nos primeiros anos de colonização. Os prédios históricos que visitamos durante o dia são apreciados por muita gente à noite, conforme comentários que ali ouvimos, quando sob efeito de iluminação especial.

Iniciamos o passeio pelo marco do descobrimento de onde se descortina uma das mais belas paisagens do litoral. O marco veio de Portugal, entre 1503 e 1526, e simbolizava o poder da coroa, utilizado para demarcar suas terras. Tudo em pedra de cantaria, de um lado está esculpida a cruz da Ordem de Aviz e, de outro, o brasão de armas de Portugal.

Na mesma área está a igreja de Nossa Senhora da Penha, construída em 1535 pelo donatário da capitania, Pero do Campo Tourinho. Aí estão guardadas imagens sacras dos séculos XVI e XVII, entre elas a de São Francisco de Assis – primeira imagem trazida para o Brasil. Para se ter uma ideia de como era a capitania do século de Tourinho e a chegada dos jesuítas, basta ler alguns trechos das cartas escritas por Manoel da Nóbrega e José de Anchieta, padres da Companhia de Jesus, sobre a espetacular região.

Mais adiante, o Paço Municipal ou a Casa da Câmara e Cadeia, datada do século XVIII, uma das mais belas construções do Brasil colônia, ostentando uma arquitetura invejável para a época. Nesse prédio funciona, hoje, o Museu Histórico da cidade ou museu do descobrimento de onde compilei inúmeras informações para essa crônica. A igreja da misericórdia ou, como é chamada pelo funcionário do museu, “Igreja do Senhor dos Passos”, de estilo singelo, muito bonito, guarda imagens barrocas de um teor de inigualável beleza, destacando-se o Senhor dos Passos e um Cristo crucificado.

Ainda nesse meio de um visual gracioso, está o casario tombado como monumento nacional; e a igreja de São Benedito, ao lado das ruínas da antiga residência e o colégio dos jesuítas, dá um ar de imponência e respeito a um passado recente do jovem país que é o Brasil. Certamente dentro de algumas décadas sem dúvida, será uma das principais potências mundiais.
Em termos de defesa do patrimônio, os patrícios ergueram o primeiro fortim em 1504, edificado sob a égide de Gonçalo Coelho e reforçado no século XVIII.

Outros passeios realizados foram de espetacular grandeza e beleza, destacando-se dois deles: o primeiro no parque das águas, onde pudemos descarregar as emoções e aprimorar a esperteza, pois realizamos grandes aventuras pelas águas “calientes”. Em um dos momentos de caminhadas, constatei uma tribo de índios pataxós exibindo-se sob um imenso quiosque, despertando enorme curiosidade e alegria com suas danças tribais.

O clímax dos passeios certamente foi o da chalana, onde pudemos reunir todos os viajantes. A alegria foi contagiante, tendo como pano de fundo o simpático “tatu”, o homem das mil caras, com seus disfarces e vestimentas espalhafatosas, causando um furor nas pessoas, de dar inveja aos que não fazem o magnífico passeio. Foi entrelaçado de fatos pitorescos, como o “monstro do mangue”, anunciado como um gigante de 2,20 metros que emergia de suas águas barrentas, vindo assustar as pessoas, na embarcação. Mas o que vimos, foi à minúscula figura do Tatu disfarçado de monstro, proporcionando imensas gargalhadas aos presentes.

Outro momento engraçado foi após o almoço, às margens do belo rio, onde todo embarcado pôde ouvir sons do saudoso Michael Jackson. O som foi entrecortado com um anúncio de que ele estaria ali em forma de música e, para o nosso espanto, saiu, do restaurante, uma figura saltitante e com uma vasta cabeleira. Quem era? Oh! Era novamente o Tatu em forma de Jackson, pulando e esbanjando categoria com o “passo da lua”.

Enquanto alguns apreciavam a bagunça, outros admiravam a bela natureza, proporcionando momentos de rara magia em seu panorama verdejante e aquoso, deixando saudades para sempre... 

O clima que nos acompanhou foi sempre de verão, apesar de estarmos no inverno; lá é sempre quente, com picos de 42 graus e ameno no inverno, com média de 25 graus e mínimas de 15. Nos meses de julho e agosto, a possibilidade de chuva é maior, como aconteceu naquela noite no Toa Toa. Deslumbramo-nos também com a Passarela do Álcool e seus famosos drinks “capetas” e lojas de artesanatos, onde as mulheres se deliciaram com o visual e as compras.

Para finalizar, digo que o local conta com um extenso litoral, cerca de 90 km de praias magníficas como a de Trancoso, Coroa Vermelha e Arraial de Ajuda. Sempre com uma areia muito fina e branca e sem nenhum tipo de poluição (que continue sempre assim), está dividido pelo rio Buranhem, que conta com cerca de 500 metros de largura, por onde navegam as balsas.

A cidade é considerada um dos mais importantes pontos turísticos do Brasil, recebendo turistas de todos os estados brasileiros e de estrangeiros.

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