Atualmente tem como denominação o Centro das Artes.
Antigamente
esse espaço abrigou a primeira exposição vitivinícola. Posteriormente passou a
funcionar o novo, (naquela ocasião) Mercado Municipal, porem, com o
desenvolvimento da cidade, a Rua Barão de Jundiaí, uma das principais do
Município, não mais comportava um mercado e então foi desativado, passando a
ser um depósito da Prefeitura.
Somente em Março de 1981 é que foi inaugurada dentro de suas
dependências o Centro das Artes e em seu bojo, à sala de espetáculos Glória
Rocha.
Foi então que acompanhando a evolução dos tempos, acontecida em
todo o espaço tradicional da cidade, que aconteceu a reinauguração, ocorrida em
agosto de 2001. Toda a área interna do prédio foi revitalizada, conta agora com
um espaço para galerias de artes e novos jardins, contendo bancos para os
visitantes acomodarem-se e apreciar o vai e vem das pessoas em busca de seus
afazeres e descanso no qual me incluiu em uma dessas tardes preguiçosas de
muito calor.
Após o seu “aquecimento”, veio os “acordes” de uma canção
completa, enchendo de efervescência, com o som se aninhando pelo ambiente, transformando
tudo em cores naquela tarde, com uma graciosa melodia que penetrava nos ouvidos
e ecoava sobre as armações de ferro que sustenta o telhado, perpetuando um
estilo de arquitetura que foi preservado, dando um ar de imponência, mostrando
como era naqueles tempos.
Não demorou muito chegou um cafezinho para a moça, servido pelo
garçom da lanchonete em frente ao local, parece que era uma espécie de
pagamento pelos belos momentos que todos estavam apreciando e que se desenrolava
com outras musicas. Logo em seguida, veio à voz com uma trilha sonora bem
cadenciada. Terminada a canção, alguém de um dos bancos perguntou:
- Com o é o nome dessa canção?
- É Pássaro de Fogo disse ela, que ficou conhecida na voz da cantora
Paula Fernandes, o autor é o Silvano Sales.
Reproduzo aqui algumas frases que
consegui captar no momento de sua apresentação:
Vai delirar de amor.
Sentir o meu calor.
Vai me pertencer.
Sou pássaro de fogo.
Que canta ao seu ouvido.
Vou ganhar esse jogo.
Amando feito um louco.
Quero o teu amor.
Após responder a outra pergunta de um ouvinte que tinha somente
dezesseis anos, comentou que vinha ali em algumas tardes mostrar o seu talento,
com o objetivo das pessoas ficarem com seu endereço. Disse também que estava na
cidade apenas alguns meses, uma vez que por um desatino, deixou a banda que
participava em São Paulo.
Em outra canção cantou uma frase, “de olhos abertos e por onde
andei” querendo dizer talvez o equívoco dos caminhos percorridos, buscando aqui
na cidade uma nova oportunidade. Qual seria o seu nome? Como não foi dito e nem
perguntado, ficou como a moça da tarde que cantarolou umas músicas em um dos
nobres espaços culturais da cidade.
Quando estava me retirando passei por um painel onde estavam postados fotos comemorativas do centenário do Teatro Polytheama, que a partir
daquela época (1911), apresentava peças teatrais memoráveis.
Trata-se tambem, de um dos destaques de nossos espaços culturais, onde
os Jundiaienses sentem-se orgulhosos por ter recuperado esse patrimônio
oferecendo aos artistas e ao povo um local agradável com conforto e segurança.
Foi reinaugurado em dezembro de 1996, abrigando em suas modernas
instalações, aparelhagem de primeira linha propiciando um som de qualidade, muito
importante na apresentação dos artistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário