O REENCONTRO
Viajar é mais do que deslocar-se no espaço — é mergulhar em histórias, reencontrar sentimentos e fortalecer laços. Esta crônica é um tributo à amizade, à cultura e aos momentos inesperados que transformam simples trajetos em lembranças eternas. Do Cairo a Assuã, passando por Jerusalém, cada passo foi marcado por descobertas e reencontros que merecem ser celebrados.
Após a visita ao Museu do Cairo, seguimos rumo à estação ferroviária da cidade para iniciar nossa jornada até Assuã, lar da imponente represa que empresta seu nome à cidade.
Essa obra monumental, considerada a maior construção em solo egípcio desde as pirâmides, domou o Nilo, controlou suas águas e impôs a lógica humana às certezas da natureza. Um feito que impressiona tanto pela engenharia quanto pela ousadia.
Ao chegarmos em Assuã, fomos informados pela recepção que o trajeto até o hotel seria feito por barco, atravessando o majestoso Nilo até a encantadora Ilha Elefantina, onde se encontra o resort que nos acolheu. Lá, tivemos o privilégio de assistir a um casamento típico, uma celebração vibrante da cultura local.
Foi no desembarque que sentimos a ausência de nosso querido amigo Vanderlan — uma figura cativante, cuja habilidade em se comunicar é marca registrada de sua trajetória profissional.
Durante a viagem, ele nos encantou com histórias de sua amada Feira de Santana, cidade nordestina de gente batalhadora e empreendedora. Segundo ele, foi ali que começou a venda de gado, que mais tarde evoluiu para uma feira, consolidando o nome que hoje honra o progresso da Bahia.
Mas, voltando ao episódio de sua ausência, descobrimos que, por um erro da agência e da recepção, Vanderlan não estava incluído na lista de passageiros daquele trem. Seu nome constava no próximo horário — e assim, ele viajou sozinho.
Imagino os pensamentos que o acompanharam durante a noite. A expectativa do reencontro, a saudade da família, o desconforto de não estar em seu lar, em sua cama, em sua rotina. Mas Vanderlan é um homem de espírito leve e comunicação fácil — ainda mais depois de sua visita a Jerusalém, onde, no Monte das Oliveiras, fez orações pela família e agradeceu pela transformação em sua vida. De proprietário de lotérica a corretor de imóveis bem-sucedido, sua trajetória inspira.
Naquela noite, seus pensamentos devem ter transbordado emoções. E, quando finalmente nos reencontramos, tudo se iluminou. O sorriso, o abraço, a alegria — tudo voltou a pulsar com intensidade.
Eu e minha esposa sentimos que a amizade se fortaleceu ainda mais. Com Vanderlan, Márcia, Thaís e Thiago. Com Elvira, Cícero e Davi. Com Ayala, Mila e o pequeno Miguel. A imagem que guardamos de cada um foi enriquecida por essa viagem repleta de cultura, que nos levou do Cairo a Israel, guiados por Osama, que nos presenteou com conhecimentos preciosos.
Essa experiência criou um elo que não queremos desfazer. E, graças à internet, podemos manter viva essa corrente de afeto e memória.
REFLEXÕES DESSA VIAGEM
Que essa conexão continue firme, como o Nilo que atravessamos, como os trilhos que nos conduziram, como os abraços que nos acolheram. De Jundiaí, São Paulo, enviamos um abraço caloroso, cheio de saudade e gratidão.
O Blog de Toninho Vendramini
Um passeio
por memórias, afetos e encantamentos.
Este meu
blog não tem capa dura nem páginas numeradas.
Ele vive
nas entrelinhas do tempo.
Cada texto
é uma fresta — por onde escapa o que ainda pulsa.
Escrevo
como quem conversa com o silêncio.
Como quem
guarda o mundo em palavras pequenas.
Como quem
acredita que lembrar é uma forma de amar.
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