CHEGADA NO CAIS DO PORTO EM DUBROVNIK - CROÁCIA |
Trata-se
de Dubrovnik que é uma cidade costeira da Croácia, localizada no extremo sul da
Dalmácia e que, pela sua beleza natural, é conhecida como “a pérola do
Adriático”.
Os
cafés e restaurantes fazem do local um destino turístico muito apreciado. A
parte antiga é dividida ao meio pela Placa Stradum, além de diversos monumentos
e edifícios históricos.
Saímos
do navio e nos dirigimos ao porto para os procedimentos alfandegários, conforme
instruções recebidas pela administração do navio, ocasião em que tínhamos que
exibir os passaportes, fato que não ocorreu em outros países.
Acabamos
saindo de forma ”solos” e rapidamente nos desgarramos de outras pessoas na
maioria brasileiros e alguns poucos estrangeiros.
Assim,
começamos a percorrer as ruas e avenidas até chegar a uma praça muito bem
ornamentada com flores nos monumentos, onde nos detivemos em uma delas para
apreciar.
Era
um monumento erguido para os heróis da cidade que perderam suas vidas na guerra
travada pela separação da Yugoslávia ocorrida em 1991.
Logo
se aproximou um casal de estrangeiros, instante em que começamos a “travar” um
diálogo, porque nos identificamos através das “sacolas de guardados”, que
tínhamos nas mãos, com a logomarca do navio.
Com
alguma dificuldade, a conversa rolava e dizia que estava indo para o Brasil,
para fugir do frio Europeu. Seguindo depois do porto de Santos até uma
comunidade de sua raça, localizada em Mato Grosso, ficando por lá até acabar o
nosso Verão. Depois disso, voltava da mesma forma, para o Verão Europeu.
Disse
também que fazia essa jornada por vários anos, fugindo do terrível frio, porque
na sua idade e o da esposa, não conseguiam mais conviver com o clima dessa
estação.
Então
em frente ao monumento, começou a falar de uma situação envolvendo flores, mas
tinha muita dificuldade para traduzir no idioma português. Então começou a balbuciar:
-Como chama esses, folhas colorridas? Como mesma?
Nesse
momento um grupo de viajantes brasileiros que também estavam no navio, chegou ao
nosso redor e começou a apreciar aquela confusão e logo percebeu a dificuldade,
e então “cochichou” para um colega:
-”Vamos
tirar um sarro desse estrangeiro”, e falou em bom som:
- “É
Bosta”.
O
Estrangeiro agradeceu e começou a narrar um episódio acontecido quando sua irmã
foi operada.
-Vocês me sabem, eu cheguei perto da hostitale e comprou um vaso
cheio de bosta, para levar parra meu irmon. Logo que chegou na putarria da
hospitale, eu falou para o mocinha de
recepçon:
- Gosta de bosta? Fica com um,
está muito cheirroso.
Todos
riram, e o estrangeiro percebeu alguma coisa errada e ficou olhando desconfiado
de que a palavra estava mal colocada, lançou um olhar raivoso para o gaiato com
tom de repreensão e já queria brigar.
Separamos
todos e voltamos comentando o fato até chegarmos ao porto, momento esse de
grande sufoco, porque tínhamos que enfrentar o pelotão de fotógrafas que
ficavam aguardando o embarque das pessoas pelas escadarias, até chegar a um dos
elevadores, momento que “desgrudavam”.
Já
tínhamos sido alvos de vários cliks e, mesmo não comprando nenhuma foto,
continuavam com o “assédio” e dizíamos que já tínhamos feito outros cruzeiros e
as fotos acabavam sendo todas com o mesmo formato.
As
fotógrafas eram todas italianas e pediam para fazermos pose. Já estávamos
cansados daquilo tudo e então uma delas veio com uma solicitação diferente:
-
Vieni qui si otterrà um quadro di questo (venham aqui, vocês vão ganhar a foto
de presente).
Quando
nos aproximamos falou no português que ela sabia:
-
“Faz um sorrisada per foto” - isso porque dos dois mil passageiros, 854 eram brasileiros...
Então realmente foi só risada e ela não
entendia por quê.
Terminava,
então, mais uma aventura em terra. Durante o vaivém pelos corredores e mais
outras dependências do navio, ficávamos fazendo de tudo para não encontrarmos aqueles
gaiatos brasileiros, os estrangeiros e as fotógrafas.
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