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terça-feira, 13 de agosto de 2024

A "PRACA"


A PRACA OU PLACA?

Durante muito tempo sempre tive vontade de passar uma pequena temporada em um hotel fazenda. Pesquisei na internet e sites especializados e deparei com uma que estava dentro das nossas pretensões.

Fizemos as malas e rumamos para a cidadezinha a procura do local.

Conforme o panorama ia se mostrando, estávamos sempre olhando o GPS do carro, para acompanhar o trajeto. 

Depois de algumas horas, a tela nos mostrou e com aquela voz feminina informando que deveríamos seguir por uma estrada de terra. 

De repente, encontramos um menino só de calção com uma vara de pescar e paramos para perguntar, - Onde fica o Hotel Fazenda chamado " O Último Berro" - Sei não seu moço, eu só vou pescar no rio ali adiante.  - Não tem por aqui um hotel antigo que hospeda pessoas? - Ospeida? Oque é isso? Não sei, só vou pescar e levar os peixes lá para a dona do casarão, -Vocês vão lá? é tudo mal-assombrado, meu pai trabalhou lá e quebrou as pernas quando saiu correndo com medo do fantasma do antigo dono que na ocasião possuía muitos escravos; era o seu Biguá Dente de Ouro. Agora meu pai trabalha na oficina que conserta carros, é ali mesmo, um tírio de espingarda, onde eu moro.

Demoramos para achar, notamos tudo aquilo muito estranho, seria o local mesmo assombrado? Estava meio deserto.

Antes de chegar passamos por uma pequena propriedade que mantinha na frente uma porteira, mas sem a parte que abre e fecha, somente dois mourões que deveria sustentá-la.

Em cima de um desses mourões, notamos uma placa informando que aquele local "seria" uma oficina de conserto de carros, devia ser do pai daquele menino da estrada.

Achei pitoresco e me atrevi a fotografar pois era de uma aberração incrível. Quando cheguei perto, um cachorro enorme veio em meu encontro e quase me mordeu, corri de volta para o carro e não consegui obter a foto. 

Fiquei com dizeres da placa na mente e agora reproduzo mais ou menos o que eu entendi e guardei na memória.

 A PLACA 



No dia da chegada ao casarão/hotel perguntamos a uma funcionária se sabia daquela propriedade, a placa etc. Lá era o local em que o Coronel Dente de Ouro maltratava os escravizados,  -Vocês viram o Dente, dizem que é ele que vem assustar a noite os nossos clientes, mas também  morreu, por isso, dizem que aqui é mal-assombrado e que o coronel e o seu neto em noites de lua cheia, vem espantar os nossos fregueses com aquele sorrisinho refletindo no dente a imagem do carro que caiu em uma ribanceira e ele morreu, por lá, naquela ocasião, o neto dele  consertava os carros, lá não existe mais ninguém. 

Nota do Autor
Lendas e mitos urbanos são pequenas histórias de caráter fabuloso ou sensacionalista muitas vezes com elementos de mistérios ou também com temas horripilantes, amplamente divulgadas pelos personagens da velha guarda, de forma oral, que constituem um tipo de folclore moderno. 

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Toninho Vendramini Slides - Sergrasan

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

UMA CAMPAINHA EVOCOU EM MIM UMA IMAGEM DO PASSADO

 

A noitinha estava entrando pela minha janela, o dia se foi juntamente com os raios de sol que ainda clareavam e perambulavam minha mente; trazendo pensamentos que não estava acostumado em divagar. 

Repentinamente um som da campainha despertou o meu pensamento, olhei pela janela e enxerguei a imagem de uma pessoa de aparência estranha e todo encapotado, pois o frio já se fazia presente; então, fui ver quem estava lá do lado de fora. 

Chegando ao portão encarei a pessoa; depois de muito puxar pela memória reconheci aquela figura. - Era o Chicão!!! - o que aconteceu? - por que veio até aqui? - depois de tanto tempo da última vez que nós vimos? - éramos tão jovens naquela época.

Foi um tempo de juventude em que formamos esse grupo, denominado dos OITO. Nossa diversão era depois das aulas do ginásio escolar; irmos até o centro da cidade em uma lanchonete de muita concentração de jovens e por ali ficávamos até as portas se fecharem para a alegria do dono, o "Seu DADA", sim, porque ficávamos nos assentos dos seus fregueses e dali não saímos, e para alegrá-lo, pedíamos dois refrigerantes e um misto quente para dividir entre a turma, porque não tínhamos dinheiro a mesada dos pais era baixíssima. 

Na última noite que lá estivemos foi para festejar o encerramento daquele ciclo de estudos; formamos um pacto de nos encontrarmos depois de cinquenta anos, escrevemos o que cada um achava que iria acontecer em uma folha de papel, para analisarmos nessa época vindoura. 

Chicão continuou falando: - Passado esse período comecei a investigar a vida de cada um, constatei que seis haviam falecidos, sobraram somente eu e você; foi difícil saber onde estavam, mas consegui, cheguei até aqui por informação   da Associação dos Escritores. 

- Mas porque somente agora? - lembra-se da lanchonete? - daquele papel que colocamos dentro do lustre?  - Acenei que sim, então resolvemos que no dia seguinte iriamos até aquela cidade que nos viu crescer em busca daquelas "profecias" que escrevemos 50 anos atrás.

Lá chegando verificamos que a lanchonete da praça não mais existia, fora demolida, no local, uma casa lotérica. Perguntamos ao proprietário etc. tal, - Falou que da antiga casa o seu DADA levou as relíquias. - Sabe onde mora? - Acho que na cidade próxima.  

De momento notamos sua incredulidade e a dificuldade de nos entender, perguntamos daquele lustre que estava no salão e que tinha um papel - Sim, o pedreiro me entregou um envelope que estava escrito de uma turma etc., que se encontrariam depois dos 50 anos, está na minha gaveta, achei que vocês vinham a procurar, - Vou buscar. 

O que escrevemos? Já não lembrávamos. Com as mãos tremulas; Chicão abriu o envelope. O Papel estava todo amarelado, amassado e não conseguimos ler nada, estava tudo apagado.


Diante do fato comecei a fazer uma reflexão:


Qualquer assunto vivido por nós em épocas passadas pode tratar-se da ação e do efeito ou um pensamento mais profundo, da mudança de direção ou sentido de voltar o pensamento sobre si mesmo para conhecer-se, indagar como é possível?

 Nos dias de hoje vale a pena refletir sobre acontecimentos do passado? 



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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

ENCONTRO ENTRE BRASILEIROS EM NAVIO EUROPEU

ENCONTRO ENTRE BRASILEIROS EM NAVIO EUROPEU 

GÊNOVA - ITALIA.

Em uma de nossas viagens de volta ao Brasil saindo da cidade de GÊNOVA - Itália, onde estávamos em férias e por planejamento, conhecemos algumas cidades e as vilas famosas de Cinque Terre.

Estávamos hospedados em um hotel próximo à estação ferroviária de onde nos locomovíamos a esses lugares e passando os dias, aguardávamos a chegada do navio que nos transportaria de volta para o Brasil.

Nos acomodamos em uma confortável cabine tipo varanda com uma vista deslumbrante para o mar e com uma excelente embarcação de origem italiana. 

Notamos que estávamos entre as 3500 pessoas a bordo e com muitos tripulantes para atender todo o funcionamento do navio.

Havia muitos brasileiros que voltavam após férias e outros que desistiram da moradia naquela nação e que acabamos por conhecer e nos falaram de seus motivos que não quisemos entrar em detalhes. 

Percebíamos pelo som dos idiomas que muitos falavam pelas dependências, eram brasileiros em sua maioria, com poucos estrangeiros que vinham em férias ao Brasil.

Nos elevadores escutávamos brasileiros falando para nós:- Good Morning, etc., e então para não os desapontar, respondíamos também com essas frases prontas em inglês, rindo por dentro. 

Esse pequeno e momentâneo costume estava nos apegando, e percebíamos que virou uma piada pelos corredores entre as dependências do navio.

Toda a comunicação na embarcação era feita em cinco idiomas, e no embalo, as pessoas ficavam treinando um inglês, espanhol, italiano ou outro, tudo de forma macarrônica.

Em uma das manhãs minha esposa saiu da cabine que fecha tudo de forma automática e com muita pressão. Não se consegue abrir pelo lado de fora a não ser que tenha o cartão magnético que a esposa não levou, ela fora entregar algumas frutas para o nosso camareiro que nos servia com alegria e amabilidade, o camareiro recebeu as frutas e caminhou corredor afora. Era uma pessoa de nacionalidade Indonésia, e com ele, nos comunicávamos em inglês.

Como ela não conseguia entrar, falava lá de fora próximo a porta, em espanhol   "abre la puerta es servicio de habitaciones" 

eu, no chuveiro, achando que era alguém da tripulação, ia respondendo (si, si), ela insistia no linguajar porque a demora já era longa, até que saí do banho e não enxerguei a esposa na cabine, pela voz, percebi que era ela que estava do lado de fora abri a porta e demos muitas risadas.

E assim, foi durante toda a travessia por 21 dias até chegarmos ao Porto de Santos Brasil. 

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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

AS SETE CORES DO ARCO-ÍRIS

 


Na mitologia grega, Íris era a mensageira da deusa Juno. Como descia do céu num facho de luz e vestia um xale de sete cores, deu origem à palavra arco-íris.

Esse simbolismo destaca a ideia de renovação, esperança e proteção divina. É como se o arco-íris fosse um lembrete do amor e misericórdia de Deus, mesmo diante das adversidades. Ele representa a promessa de um futuro melhor, mesmo após momentos de tribulação.

A divindade deu origem também ao termo íris, do olho. 

AS CORES;

Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul e Anil.

"O arco-íris é um fenômeno óptico e meteorológico que ocorre quando há chuva seguida de iluminação solar. Esse efeito acontece devido à dispersão da luz branca em cores do espectro visível da luz.

As gotículas de água funcionam como um prisma, a luz refrata para dentro das gostas, é refletida em um ângulo de aproximadamente 42º e volta a ser refratada para atmosfera, chegando aos olhos dos observadores. Esse efeito demonstra o padrão das sete cores do arco-íris, que, na realidade, é formado por infinitas cores, e aparece apenas quando o Sol está no lado contrário do observador e com uma altura baixa, como no poente."


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