São desaguadouros, ou seja, a parte saliente das calhas e telhados que se destinam a escoar águas a certa distância da parede e que, especialmente na Idade Média, eram ornadas com figuras monstruosas.
Acreditava-se que eram também guardiâs das catedrais e castelos e que, durante a noite, ganhavam vida, e, sob a ordem dos implacáveis detentores das terras, poderiam atacar as propriedades dos camponeses, que trabalhavam sob um regime de escravidão.
O poema construído logo abaixo conta uma situação em que os poderosos utilizavam dessa crença popular para intimidar e assustar os camponeses, obrigando-os a pagar tributos em forma de alimentos, ameaçando destruir suas plantações, colocando-os em situação de penúria.
Assim sendo, para não ver suas plantações destruídas, contribuiam com uma parte de seu celeiro para não ver os cavaleiros dos senhores atacarem na calada da noite.
O PODER E O MEDO
Encravadas nas muralhas seculares
Olhavam para o povo sofrido
Sentinelas do poder e do tempo
Mistura de humanóide e dragão
Guardavam a entrada do castelo
Dos senhores feudais
À noite ganhavam vida e voavam
Mostrando poder e assustando os camponeses nos vilarejos
Que cumpriam com o pagamento de impostos
Levando mantimentos
Para o povo da corte viver na libertinagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário