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terça-feira, 5 de maio de 2015

UMA FLOR CHAMADA HELENA



Na manhã de um dia sem sol, enxerguei no hall de minha casa, o esplendor de um pequeno e robusto vaso de flores de maio, proporcionando para os olhos uma alegria multicolorida e brilhante.

Naquele simples pedaço de terra aprisionado pelo vaso, imaginei como a estação do frio produz seus resultados, ali trouxe flores, mostrando toda sua exuberância, sensibilizando e mexendo com o sentimento das pessoas.

Na reflexão desses momentos, nosso organismo pede uma estratégica retirada para o aconchego do lar. La dentro o calor produzido pela lareira e uma bebida quente, nos remeteu para uma boa leitura, mas antes de abrir o livro, senti um turbilhão de pensamentos distantes, de uma época que já não volta mais.

A flor despertou em mim, um sentimento profundo, e assim sendo, coloco na minha mente a figura de minha mãe, que era eternamente apaixonada por essa flor. Na sua candura de mulher, cultivava-a em pequenos vasos ao redor da mureta da área de nossa casa da Rua Zacarias de Góes, onde crescemos no pensamento e para a vida que temos hoje, levando os ensinamentos para nossos filhos e netos.

O que pensar dela nesse momento? Sinto uma nostalgia muito grande, alegria pela lembrança que a flor trouxe no pensamento, e tristeza por não tê-la mais perto da família.

Se aqui estivesse, certamente estaria cultivando a flor, como fazia nas manhãs do fim de maio e começo do mês de junho, em que chega ao fim do ciclo, deixando de gerar o produto de sua beleza. E assim foi com ela, no mesmo mês chegou o fim a sua jornada, partiu tenho certeza, para sua eterna morada levando com ela a lembrança dessa flor que já não podia ver, pela adversidade da doença.

Sua passagem pela minha vida e de meus irmãos foi de uma dedicação extrema, querendo sempre o melhor dentro do que foi possível. Não media esforços, lutava na sua maquina de costura com afinco, objetivando melhorar a renda da família, com isso proporcionando algo mais, um capricho aqui, outro acolá, solicitado pelos filhos.

Assim sendo, senti uma vontade imensa de levar com o pensamento, um ramo dessa flor, para o pedaço de terra do campo santo, onde se encontram seus restos mortais e agradecer por tudo o que fez pela família. Que sua alma descanse em paz.


2 comentários:

iracema raizer fiamoncini disse...

Essa flor traz recordações da minha infância! Minha avó cultivava com carinho ...
O tempo passou e só agora revejo aqui, e ao olhar, jorram mil lembranças ligadas
a esse texto, e me vejo no tempo tão feliz dos quintais!

Luzia disse...

Vendramini,
Que obra extensa que você tem!?
Ficaria o dia inteiro lendo, qual um bom livro que se abre e não temos mais vontade de fechar.
Pode ter certeza que voltarei mais vezes.
O Coronel Galo Preto foi uma comédia heim?
Bem engraçada...
Parabéns pelo seu blog!
Com admiração.
Luzia Gabriele

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