Aproxima-se o Natal,
data que marca o forte símbolo da cristandade.
É um período em que
estamos com os nossos sentimentos mais apurados e receptivos para encontrarmos
com as pessoas, em especial os nossos entes queridos, que, muitas vezes, estão
separados pela distância geográfica, não dando a oportunidade de reuniões mais
frequentes.
Nesta noite, entre nós,
da família, está o nosso querido primo Arnaldo vindo da distante Goiânia, e sua
companheira, que – maravilhosa coincidência - tem o nome de Amélia, o mesmo de nossa
saudosa Amélia Minutti Gasparotto a qual, com o esposo Giggio, trouxeram ao
mundo três filhos maravilhosos: Neiva, Sérgio e o Arnaldo.
Penso que o momento e a
época nos remetem a um sentimento que deve estar sempre presente entre nós,
fortalecendo a nossa alma e os nossos corações: é a solidariedade para com os
nossos semelhantes.
Tomando como exemplo,
me apego à história que li, em algum momento, de um cego e um paralítico que
viviam na maior pobreza. Quando era preciso, um punha o outro às costas e saía
com ele pelas ruas da cidade. O primeiro podia caminhar, o segundo podia ver.
Então, os dois, alcançavam mais facilmente o pão de cada dia. Esta situação nos
mostra e retrata o símbolo da solidariedade que deve imperar entre os homens de
boa vontade.
Este é o espírito que
deve estar sempre presente, auxiliando uns aos outros, praticando a caridade,
para que tenhamos paz de espírito; fortalecendo a nossa alma, para que possamos
percorrer os nossos caminhos com a crença de cada um, sempre presente nos
momentos de nossas vidas.
E a solidariedade de
que estamos falando é com o núcleo da vida, resultante do produto de gerações
que já se foram: nossos avós e pais, pessoas em que nos espelhamos para a vida,
formando um novo núcleo, de onde recebemos os ensinamentos e pudemos
repassá-los para os nossos filhos e netos.
Rendemos as nossas
homenagens a essa gloriosa geração. E aqueles que ainda têm a felicidade de ter
um ascendente em seu meio familiar, cultuem-no, com fervor, pois depois, só
restará a lembrança.
E o que falar de nós
aqui presentes? A solidariedade de nossa infância e juventude, naquele recanto
maravilhoso, o mundo encantado dos dois quarteirões da Rua Zacarias de Góes...
Lá, passamos momentos
mágicos como jovens inocentes, daquela época. Todos irmanados na solidariedade:
eram avós, pais e tios, um dia, amparados por um; outro dia, por outro; todos
se ajudando em qualquer tipo de dificuldade.
Não tínhamos a noção
exata da felicidade que estava presente. Sinto isso, agora, que vejo os filhos
e netos vivendo em um mundo tão diferente, cheio de inquietações e preocupações
com o futuro tão incerto.
Agora, passados tantos
anos, do alto da nossa vivência, vamos relembrar aqueles momentos que jamais se
apagarão de nossas lembranças; e, juntamente com os anfitriões, oraremos pela
manutenção da família e da saúde que é o binômio da felicidade.
E é nesse ambiente em
que a solidariedade estará sempre presente, proporcionando outros momentos de
alegria e satisfação que, mais uma vez, a cristandade, com a alma enternecida,
entoará seus melodiosos hinos em louvor Àquele que nasceu em uma manjedoura, no
dia de Natal.