A cortina ainda estava fechada.
O espetáculo estava para começar.
Na espera, a orquestra executava melodias imortais.
Então...
abre-se a cortina e tudo principia.
O
maestro deixava transparecer o brilho da alma,
realizando
movimentos ondulantes.
Os
músicos, com uma expressão imponente.
Bailava,
no ar, momentos de êxtase e meditação.
Na
plateia, sentindo-se protagonista, escutava a canção que realizou em louvor a
sua amada, não a tendo mais em seus braços.
A música
transmitia uma profunda calma, mas o remorso machucava seus sentimentos.
A mente produzia os devaneios do romance
perdido.
O
som de um prelúdio nostálgico,
era
executado pelo “spalla” da orquestra.
Então,
a imagem de seu amor distante tornou-se mais forte.
Fecharam-se
as cortinas.
Ele
aplaudiu o espetáculo.
O
ambiente apurou o seu dom singular de cultivar o amor,
Mostrou-lhe
sua capacidade de traduzir os sentimentos.
Levantou-se
e rumou para lugares desconhecidos.
Partiu
em busca da amada, cheio de criatividade lírica,
Levando
uma paixão efervescente de torrentes emoções.